A Vida; Clara e Bela!

A vida é bela, tão bela como Clarabela

Como diz o escritor: “a vida é bela! tão bela como Clarabela que é clara e bela”.

Clara como a neve dos invernos Nebraska e Alpes suíços; como as águas dos rios cristalinos que correm cheios de bailados coreográficos para o deslumbrante e infinito mar azul.

Clara como não se vê no tempo de "hoje", onde a clareza, a transparência é fundamental, como no passado onde o que imperava como uma das qualidades mais marcantes na vida, lembrando uma frase de um antigo comediante quando diz "se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei e pronto".

Não havia o porquê de não existir a clareza, no convívio, na vida diária.

A própria vida exigia essa virtude.

Talvez seja por isso, o escritor usou a Clarabela para figurar essa grande qualidade perdida ao longo dos tempos.

E Bela?

Bela, o próprio nome já diz; bela pela formosura de uma alma clara.

Sem medo; sem medo de ser, ou de não ser, como disse em outras falas e como Shakespeare o "Ser ou não ser, eis a questão".

Para mim, o ser é mais fácil do que não ser, logo o medo de ser é maior que o medo de não ser.

Sim, porque se não sou, não há porque temer, mas, se sou, ai sim é motivo de temor.

Se sou, posso me escorregar e tornar um não sou, causando grandes prejuízos ou danos às vidas ao meu redor.

Diante disso então, caminho lutando, guerreando contra mim mesmo pra que posso ser sempre o que sou; nada a mais, nada a menos conforme diz o Apóstolo "porque nem eu mesmo entendo o meu modo de ser; porque aquilo que eu quero não faço; e o que não quero acabo fazendo”.

O que mostra uma luta que dia e noite reluta em minha alma pra que eu não venha fazer o que quero e sim o que não quero; miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte? Sou o que sou nem mais; nem menos.

Procuro sempre ser bem menos, porque o “mais” está num ponto ainda elevado; mais alto, no pódio, e isso é perigoso.

“Ninguém é digno do pódio se não usar dos seus fracassos para conquistá-lo”.

Muitas vezes a causa da ruína se deve a esse ponto; o tombo é maior;

como diz o filósofo "a soberba é a causa de muitos tombos".

Enfim, novamente bela.

Bela no seu ser, na sua essência, na sua alma.

Maravilhoso pensar assim. Principalmente quando descobrimos que a "bela" não está na aparência física e provocante, que é um desastre para aqueles que fundamentam suas vidas numa beleza exterior que "com o tempo se corrói", mas na interior, na alma, no coração; esta sim, é a beleza que encanta e arranca aplausos da plateia; "que faz do miserável, um rico" e em contrapartida, "transforma ricos em miseráveis".

E outra vez, a vida é bela;

Bela como Clarabela;

Clara como a neve e bela como o bailado dos riachos em direção ao mar.

Ao mar do prazer,

Ao mar da felicidade,

Ao mar do encanto pela beleza dos pássaros e das borboletas azuis;

Ao mar do encanto pelas estrelas nas noites de lua cheia;

Ao mar do encanto pelos poemas apaixonantes escritos ao som das cigarras no seu cantarolar infinito.

Essa é a beleza que encanta...

Bela como Clara-bela.

Assim é a vida, por sinal, na visão do Céu.

Iraldir Fagundes
Enviado por Iraldir Fagundes em 04/12/2018
Reeditado em 19/12/2018
Código do texto: T6518537
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