A Sabedoria e o Conselho
Assim dando continuidade a série " Vilões da Bíblia " e a subcategoria " israelitas rebeldes ", nesse momento escrevendo a décima primeira coluna sobre a sabedoria e o conselho.
Simbolicamente lidar com a chama da sabedoria e procurar representá-la é um processo longo e demorado que exige um certo grau de dedicação e compreensão.
Assim o sábio releva sabedoria a um ponto problemático e saudável onde se pode ter uma certa posição clara acerca do seu mundo, em que tudo precisa ser muito claro e calculado.
Bem o sábio Aitofel dimensiona a sua sabedoria a um modelo de experiência de vida expondo suas lúcidas perspectivas acerca da polifonia da vida.
E sua compreensão cresce á medida que surgem dúvidas e incertezas deleuzianas evidenciam sua sagacidade construída no páthos da solidão adequada a essa forma de reflexão.
Diante dessas evidências concretas, sua sabedoria coexiste com as convicções complexas da sua nação, essa busca da sabedoria mediante a observação.
O sábio Aitofel considera sua sabedoria uma forma de graça absolutamente perfeita diante da Corte Real como um mecanismo da existência bem polifônica. Reagindo sonoramente a sua sequência musical mediante suas certezas.
Raramente poderia desafiar o modus operandi da Corte e naturalmente expunha sua sabedoria mediante a crença advinda da experiência colhida nos caminhos e atalhos.
Inicialmente o sábio Aitofel desconfia que os riscos vem á cavalo, busca mudar seu foco e seu entendimento recriado mediante as verdades existenciais contidas em suas estruturas poéticas da sabedoria.
A visão contida em seus termos providos de sabedoria revelam os detalhes primordiais da experiência adquirida ao longo da existência capitalizada pelo uso do poder.
E ao capitalizar o conhecimento e o distribui em forma esplêndida de conselho na medida que é inquirido ou solicitado seus conselhos e sua experiência como ancião.
O escritor David Foster Wallace como “um virtuose que parece capaz de fazer qualquer coisa”, Infinite Jest não rompeu seu elo com a persona mordaz que os brasileiros só puderam conhecer, até agora, pela publicação de Breves entrevistas com homens hediondos(Companhia das Letras, 2005).
Categoricamente o escritor David Foster Wallace a obsessão é um fantasma que se apresenta de duas formas: além de parecer querer responder a um desafio feito por este no já citado ensaio E unibus pluram —ser um “anti-rebelde” da literatura, um autor sem medo de ser tachado de melodramático e sentimentalóide.
O próprio Wallace ambicionou ocupar a posição, em 1996, com seu enciclopédico Infinite Jest. No entanto, apesar do culto (e inveja) dos seus pares, o livro ainda pode ser encarado como uma sátira e não somente como a história “triste” que o autor estava querendo escrever desde que estreara, como declarou à revista virtual Salon.
Naturalmente como um ' anti-rebelde ' da literatura o escritor David Foster Wallace tinha outra opinião acerca das suas obras:'Há um tipo de ficção, na minha opinião muito boa, que busca deliberadamente ser difícil; obriga o leitor a encarar certo tipo de estratégia, mas eu não escrevo assim, por isso não costumo ser situado no campo dos escritores particularmente difíceis'.
Seriam um novo formato de conselho para um mundo em fragmentos para lidar com questões fundamentalmente complexas e adequadas para sua opinião acerca do sucesso e de outros assuntos.
E esse escritor tem um outro posicionamento sobre a literatura: ' Na narrativa americana surge uma nova geração a cada cinco ou sete anos. Costumo ser associado a gente como William T. Vollmann, Richard Powers, Joanna Scott, A. M. Homes, Jonathan Franzen e Mark Leyner. Todos beiram os quarenta anos, Powers e Scott têm um pouco mais de quarenta, eu tenho trinta e oito' .
Legalmente essa percepção favorece a leitura de suas obras em conjunto e de forma contínua , quando ele mesmo expõe seu ponto de vista: ' Meus livros não são assim. A maior parte dos narradores americanos com quem me relaciono escreve ficção mais difícil e exigente.
Honroso acho que sou dos mais acessíveis, pela simples razão de que ao escrever não procuro intencionalmente complicar as coisas, pelo contrário; procuro que sejam as mais simples possíveis '.
O escritor David Foster Wallace objetivou sua escrita a uma forma de pós-modernismo, tanto o americano como o europeu. ' Estou pensando em escritores como Calvino. Também fomos influenciados por alguns escritores latino-americanos, como Borges, Márquez e Puig. De qualquer forma, acho um pouco desconfortável falar de mim mesmo como parte de um pós-modernismo intelectual de vanguarda '. Convido o prezado leitor a ler como um aporte ao texto, a entrevista “Graça Infinita’ é uma tentativa de entender a tristeza inerente ao capitalismo” pelo jornal ElPaís, realizada pelo jornalista Eduardo Lago.