O Palácio e a Universidade
O momento exige uma saudável reflexão , desta forma dando continuidade a série ‘ Vilões da Bíblia ‘ e a subcategoria ‘ rebeldes israelitas ‘, falando da figura de Aitofel. Na sétima coluna irei comentar acerca do palácio e a universidade.
Por essa razão, irei abordar a importância da sabedoria do sábio Aitofel estar em espaços públicos ou estratégicos como o palácio governamental que assumiu o epicentro do poder.
Assim a longa caminhada de sua casa ao palácio, o sábio Aitofel observa todos os elementos sucessivos ao redor da casa real, como os eventos cotidianos circunstanciais entre comerciantes, clientes nas ruas da enorme cidade de Jerusalém.
Legalmente cada observação exige mudanças de perspectiva ou uma leitura audaciosa dos fatos em um ambiente favorável adequadamente tradicional.
Agora o sábio Aitofel parte de sua casa e retorna ao palácio para expor sua grande sabedoria junto aos cortesãos no palácio real, na verdade era um muito longo caminho. Nisso era necessário cruzar muitas estradas que convergiam no mesmo lugar , e via muitas caravanas rumo a enorme cidade de Jerusalém.
Cada palavra dita por ele naquele momento era um sinal da extrema sabedoria adquirida mediante a presença da experiência atestada e provada em diversos momentos.
Incisivamente o sábio Aitofel soube usar esse espaço público em seu favor como um representante absoluto da sabedoria oriental ampliando os horizontes do monarca.
O sábio Aitofel observou todos elementos que foram favoráveis aos detalhes importantes, esses detalhes servem como escadas ou espelhos convexos que refletiam sua sabedoria.
E estar servindo o monarca como cortesão seria uma enorme honra para sua pessoa, o serviço na Corte lhe dignificava e lhe concedia uma clara percepção da realidade política e comum dos camponeses e comerciantes.
A releitura proporcionada pelo sábio Aitofel permitia claramente ler todas possíveis entrelinhas existentes em cartas e documentos reais advindos das mãos do escriba.
Ultimamente tenho citado com certa frequência a presença do jovem escritor David Foster Wallace em nosso textos e percepções acerca da vida em lugares e dimensões especiais.
Naturalmente o escritor David Foster Wallace expõe sua percepção acerca do mundo fragmentado que vive. Sua escrita revela um fluxo de consciência essa profunda fragmentação.
Isto é água então vamos falar do maior clichê do gênero do discurso de formatura, que é que a educação de ciências humanas não tem o propósito de te encher de conhecimento, mas sim de ensiná-lo a pensar.
Vai outra historinha didática:tem dois caras sentados juntos num bar numa região remota do Alaska. Um dos caras é religioso, o outro é ateu, e os dois estão discutindo sobre a existência de Deus com a intensidade especial que vem depois da quarta cerveja. E o ateu diz: “Olha, não é como se eu não tivesse razões verdadeiras pra não acreditar em Deus. Não é como se eu nunca tivesse experimentado essa coisa toda de Deus e oração. Mês passado uma nevasca terrível me pegou longe do acampamento, eu tava completamente perdido, e não conseguia ver nada, e tava 25 graus negativos, então eu tentei: eu caí de joelhos na neve e gritei ‘Ó Deus, se existir um Deus, eu tô perdido nessa nevasca, e eu vou morrer se você não me ajudar.'”
E agora, no bar, o cara religioso olha pro ateu confuso. “Bem, então você deve acreditar agora”, diz ele. “Afinal, aqui está você, vivo.” O ateu rola os olhos. Não, cara, o que aconteceu é que dois esquimós por acaso apareceram por lá e me mostraram o caminho do acampamento.”
Realmente quero dizer: de onde eles vêm dentro dos dois caras? É como se a orientação ao mundo mais básica de uma pessoa, e o significado de sua experiência, fossem de alguma forma simplesmente impressos nos genes, como altura ou tamanho do sapato – ou automaticamente absorvidos da cultura, como linguagem. Como se a forma em que construímos significado não fosse uma questão de escolha pessoal e intencional. Além disso, há toda a questão de arrogância. O cara não-religioso está completamente certo na sua rejeição da possibilidade de que os esquimós tiveram qualquer coisa a ver com sua oração e pedido de ajuda.
Se a verdade, existem também muitas pessoas religiosas que parecem arrogantes e certas de suas próprias interpretações. Elas provavelmente são muito mais repulsivas do que os ateus, pelo menos para a maioria.
Inicialmente mas o problema do religioso dogmático é exatamente o mesmo do descrente da história: certeza cega, uma mente fechada que representa um aprisionamento tão completo que o prisioneiro nem sabe que está encarcerado.
Diante disso, esse ponto aqui é que isso é uma parte do que me ensinar como pensar significa. Ser um pouco menos arrogante. Ter um pouco de consciência crítica sobre mim e minhas certezas. Porque uma grande porcentagem das coisas sobre as quais eu costumo automaticamente ter certeza é, na verdade, totalmente errada ou ilusória. Eu aprendi isso do jeito difícil, e eu aposto que vocês também vão.
Aqui vai um exemplo de algo completamente errado que eu costumo automaticamente ter certeza: tudo na minha experiência apóia minha crença profunda de que eu sou o centro absoluto do universo, a pessoa mais real, vívida e importante que existe. Nós raramente falamos sobre esse tipo de egocentrismo natural e básico, porque ele é tão socialmente repulsivo, mas é basicamente o mesmo para todos nós, no fundo. É a nossa configuração padrão, impressa nos nossos circuitos desde o nascimento. Pense nisso: você nunca teve uma experiência da qual você não foi o centro absoluto.
Durante a realidade que no mundo como nós o vemos está bem na sua frente, ou atrás de você, ou à sua esquerda ou à sua direita, na sua TV, no seu monitor, ou o que for. Os pensamentos e sentimentos de outras pessoas precisam ser comunicados pra você de alguma forma, mas os seus próprios são tão imediatos, urgentes, reais… você entendeu.
E mas por favor, não se preocupe pensando que eu estou me preparando pra pregar pra você sobre compaixão ou desprendimento ou as supostas “virtudes”. Isso não é uma questão de virtude, é uma questão de eu escolher fazer o trabalho de alterar ou me livrar da minha configuração padrão natural, que é ser profundamente e literalmente egocêntrico, e ver e interpretar tudo pela lente do eu. Pessoas que conseguem ajustar sua configuração padrão natural dessa forma são geralmente descritas como “bem ajustadas”, o que eu lhe sugiro que não é um termo acidental. Ao terminar essa leitura dessa sétima coluna, lhe proponho acompanhar as demais colunas que serão escritas acerca do sábio Aitofel.