"Os Mortos de Abril" - Novo romance nas livrarias
"OS MORTOS DE ABRIL" - NOVO ROMANCE NAS LIVRARIAS
Estimadas amigas, caros amigos,
Meu novo livro, o nono que vejo publicado, já se encontra disponível em algumas prateleiras. A edição é pequena, com tiragem baixa, de apenas 300 exemplares, mas o livro ficou graficamente muito bonito. Pode ser encontrado na Livraria da Editora da UFSC, tanto física quanto virtual (em https://livraria.ufsc.br/produto/874/os-mortos-de-abril--pequeno-diario-higienico), bem como nas lojas material e eletrônica da Livraria Livros & Livros (http://www.livroselivros.com.br/catalogo/busca?dominio=www.livroselivros.com.br&pesquisar=Amilcar+Neves).
Gostaria que vocês soubessem da minha novidade.
Cordialmente,
Amilcar Neves.
SOBRE O LIVRO:
À primeira vista, trata-se de um diário. Um diário com datas precisas: dia, mês, ano e dia da semana. Datas que se sucedem sem lacunas todos os dias. O diário de uma pessoa que está presa. Uma pessoa que sabe que vai morrer no dia 21 de abril. Ignora se 21 de abril do ano corrente ou do próximo ano. No dia 21 de abril essa pessoa começa a escrever seu diário. O diário encerra-se no dia 20 de abril, véspera da sua morte. Ou um ano menos um dia após a sua morte. As angústias desse período de um ano são registradas meticulosamente dia a dia. As angústias de existir. A cada dia, a pessoa dispõe apenas de um reduzido espaço para fazer seus registros diários.
À primeira vista, trata-se de um diário. Mas "Os Mortos de Abril (Pequeno diário higiênico)" venceu um concurso de romance. Promovido pela Editora da UFSC, o II Concurso Salim Miguel de Romance (2017). Por tal motivo, publicado pela própria EdUFSC. Foi a premiação conquistada. Publicado neste Ano da Graça de 2018. Entretanto, a ficha bibliográfica do livro registra-o como "1. Literatura Catarinense. 2. Ficção catarinense". Então, pode ser romance ou não. Talvez seja diário.
O livro estende-se por 183 páginas. Dez por cento delas (19 páginas) são ocupadas pela "Apresentação". Assinada por Dilvo Ristoff, Pesquisador e Professor titular aposentado do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras da UFSC. Mais especificamente, na área de Letras – Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa. Afirma o apresentador:
"O livro de Amilcar Neves [...] não apenas se situa na era da pós-literatura, mas traz inúmeros dos elementos do que poderíamos denominar de demandas formais, psicológicas e artísticas desta nova era. Tanto na forma quanto no conteúdo, tanto na maneira de registrar o mundo à volta quanto no enfoque, na reflexão, nas angústias que atormentam o autor dos registros diários, o seu livro apresenta-se como um novo espécime da família literária."
E arremata, o Mestre, em estado de evidente complacência:
"Para bem apreciar, portanto, o texto de Amilcar Neves, é preciso mais do que observar os aspectos miméticos, referenciais, expressivos e de efeitos sobre potenciais leitores preferenciais, como quer a teoria crítica tradicional. É preciso também ir além dos formalismos consagrados para os diários tradicionais, pois o texto de Amilcar Neves, decididamente, situa-se na era da pós-literatura. Para que a avaliação deste falcão literário não seja mutilada, como mutilado foi o falcão de Nasrudim, para adaptar-se e moldar-se aos nossos padrões tradicionais de gosto, há que se ter consciência de que estamos diante de algo decididamente novo, original e diferente, algo ainda não visto e vivido, apontando para novos caminhos e fronteiras, e que, provavelmente, será apreciado por muitos durante muito tempo."
Uma das epígrafes da Apresentação, de autoria do Professor Dilvo Ristoff, narra a seguinte fábula:
Certo dia Nasrudim encontrou um falcão sentado no parapeito da janela. Ele nunca havia visto um pássaro desta espécie em sua vida.
"Pobre criatura!", exclamou compadecido. "Como puderam te deixar chegar a este estado!"
Cortou as garras do falcão, aparou o seu bico e podou as suas penas.
"Agora", exclamou Nasrudim satisfeito, "agora você está com mais cara de pássaro".
Idries Shah
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Se você votou em Aécio e/ou pretende votar em Bolsonaro, perdoe-me: falaremos de tudo, menos de política. (A.N., ainda outro dia, no Facebook)
Amilcar Neves é escritor com nove livros de ficção publicados. De agosto de 2013 a julho de 2017 integrou o Conselho Estadual de Cultura, na vaga destinada à Academia Catarinense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 32. Por nove anos e meio publicou crônicas toda quarta-feira em jornal de circulação estadual em Santa Catarina.
As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis.
(Umberto Eco ao jornal La Stampa)