PROLIXIA
Essa palavra pouco comum e nem tanto conhecida pelos estudantes, incluindo-se universitários, significa uma dificuldade de comunicação escrita ou oral.
Todos nós conhecemos em nosso relacionamento social pessoas que não conseguem contar um caso cotidiano sem dar uma volta ao mundo.
Da mesma forma, alguns escritores têm dificuldades em relatar um acontecimento usando poucas palavras.
Prolixia – No dicionário: demasiadamente longo, superabundante na expressão até se tornar fastidioso, difuso.
Entende-se que pessoas com pouca instrução não conseguem relatar fatos com facilidade, contudo conhecemos outras que tendo uma instrução mais aprimorada, ainda assim procedem de forma enfadonha desnecessariamente.
Quando dialogamos com amigos prolixos, muitas vezes nos irritamos em ouvi-los e temos vontade de acelerar os seus relatos. Esse tipo de conversa fastidiosa causa-nos irritabilidade e desconforto.
Tal interlocutor que quer contar os “mínimos detalhes” de um acontecimento corriqueiro é considerado na roda de amigos como o “verdadeiro chato” ou ainda “o desmancha prazer”.
Da mesma forma existem escritores que não conseguem transmitir os seus pensamentos em frases curtas e se perdem em períodos longos e desnecessários.
Quantos livros nós começamos a ler e não conseguimos chegar ao final pelo excesso de zelo do escritor em minuciar o seu pensamento?
A prolixia dificulta as comunicações e desencanta o leitor ou o ouvinte.
Mas... Nem tanto ao céu e nem tanto a terra!
Hoje o mais comum é a falta de coerência na colocação das idéias e pensamentos. Por vivermos em uma época onde o tempo é escasso, muitas vezes deixamos de nos comunicar com mais detalhes por saber que os interlocutores não estão disponíveis para nos ouvir.
Prova disso são os e-mails (tipo telegrama) que recebemos ou enviamos. Sabendo da dificuldade de tempo do destinatário nós reduzimos indevidamente a nossa mensagem que muitas vezes deixa dúvidas ou é mal interpretada. Portanto precisamos encontrar um meio-termo para as nossas comunicações.
Curriculum – Quando longos, não são totalmente lidos pelos recrutadores de R.H., e quando curtos, não comunicam as nossas habilidades e experiências.
Então nos perguntamos: Qual a forma ideal? Não existe receita perfeita, mas penso que nas comunicações escritas o mais razoável é escrever com clareza e de forma simplificada ressaltando o mais importante. É relevante reler diversas vezes as nossas comunicações, pois não são raras as vezes que cometemos erros na escrita e passamos por cima também na releitura.
A prolixia oral ainda é mais difícil de ser minimizada ou eliminada. A ajuda de um profissional de fonoaudiologia é aconselhável. Ler diariamente jornais, revistas e livros também são sugeridos, pois a leitura ajuda a coordenação de pensamentos e exercita relatos orais.
Por outro lado a prolixia é inteligentemente usada por profissionais da área jurídica e alguns outros oradores. Alguns Advogados criminais experientes fazem uma oratória prolixa proposital para cansar e entediar os jurados e com isso conseguem obter resultados que são favoráveis aos seus clientes. Também os políticos usam a experiência prolixa do falar muito sem dizer nada.
Assim o que é defeito passa a ser virtude.
Evitando correr o risco da PROLIXIA; finalizo.
25/01/2009
Paulo M.Bernardo
Prezados Leitores
Recebi do ilustre escritor e companheiro da USINA DE LETRAS – Adalberto Antônio de Lima o comentário sobre o texto PROLIXIA e publico com sua prévia autorização o e-mail por ele enviado.
Por: Adalberto Lima - adalbertolimabrasil@hotmail.com
Da cidade : Montes Claros -MG
CARO COLEGA. Permita-me comentar seu texto com outro que discorre sobre o mesmo tema: PROLIXIA: A tecnologia imprimiu maior velocidade à comunicação, de modo que a correspondência comercial e familiar, praticamente “caducaram”. Hoje, passe-se e-mail, torpedos ou comunica-se instantaneamente pelo MSN. Até o telefone, em breve, será peça de museu. A linguagem cria seu próprio jeito de adequar-se à tecnologia: já não se pode mais ser tão prolixo como outrora, mesmo porque, o tempo não para e parece andar à velocidade da luz. Por seu turno, o leitor virtual não aceita ou não se debruça para ler longos textos; prefere a concisão. Ora, por que dizer tão pouco com tantas palavras, se pode-se dizer muito, com poucas letras? E aí, a memória nos remete ao tempo em que se pagava por um telegrama conforme o número de plavaras nele contidas. Será também assim, num futuro bem próximo, quando, provedores passarão a cobrar por palavras lançadas nos emails. Portanto, convém praticar a forma concisa de comunicar-se, até mesmo por uma questão de economia de tempo e dinheiro. Abraços, Adalberto Lima
***
Não deixem de ler o Artigo – LITERATURA DIGITAL escrito e publicado por Adalberto Antônio de Lima – 22/11/2007 (12:19)***
Essa palavra pouco comum e nem tanto conhecida pelos estudantes, incluindo-se universitários, significa uma dificuldade de comunicação escrita ou oral.
Todos nós conhecemos em nosso relacionamento social pessoas que não conseguem contar um caso cotidiano sem dar uma volta ao mundo.
Da mesma forma, alguns escritores têm dificuldades em relatar um acontecimento usando poucas palavras.
Prolixia – No dicionário: demasiadamente longo, superabundante na expressão até se tornar fastidioso, difuso.
Entende-se que pessoas com pouca instrução não conseguem relatar fatos com facilidade, contudo conhecemos outras que tendo uma instrução mais aprimorada, ainda assim procedem de forma enfadonha desnecessariamente.
Quando dialogamos com amigos prolixos, muitas vezes nos irritamos em ouvi-los e temos vontade de acelerar os seus relatos. Esse tipo de conversa fastidiosa causa-nos irritabilidade e desconforto.
Tal interlocutor que quer contar os “mínimos detalhes” de um acontecimento corriqueiro é considerado na roda de amigos como o “verdadeiro chato” ou ainda “o desmancha prazer”.
Da mesma forma existem escritores que não conseguem transmitir os seus pensamentos em frases curtas e se perdem em períodos longos e desnecessários.
Quantos livros nós começamos a ler e não conseguimos chegar ao final pelo excesso de zelo do escritor em minuciar o seu pensamento?
A prolixia dificulta as comunicações e desencanta o leitor ou o ouvinte.
Mas... Nem tanto ao céu e nem tanto a terra!
Hoje o mais comum é a falta de coerência na colocação das idéias e pensamentos. Por vivermos em uma época onde o tempo é escasso, muitas vezes deixamos de nos comunicar com mais detalhes por saber que os interlocutores não estão disponíveis para nos ouvir.
Prova disso são os e-mails (tipo telegrama) que recebemos ou enviamos. Sabendo da dificuldade de tempo do destinatário nós reduzimos indevidamente a nossa mensagem que muitas vezes deixa dúvidas ou é mal interpretada. Portanto precisamos encontrar um meio-termo para as nossas comunicações.
Curriculum – Quando longos, não são totalmente lidos pelos recrutadores de R.H., e quando curtos, não comunicam as nossas habilidades e experiências.
Então nos perguntamos: Qual a forma ideal? Não existe receita perfeita, mas penso que nas comunicações escritas o mais razoável é escrever com clareza e de forma simplificada ressaltando o mais importante. É relevante reler diversas vezes as nossas comunicações, pois não são raras as vezes que cometemos erros na escrita e passamos por cima também na releitura.
A prolixia oral ainda é mais difícil de ser minimizada ou eliminada. A ajuda de um profissional de fonoaudiologia é aconselhável. Ler diariamente jornais, revistas e livros também são sugeridos, pois a leitura ajuda a coordenação de pensamentos e exercita relatos orais.
Por outro lado a prolixia é inteligentemente usada por profissionais da área jurídica e alguns outros oradores. Alguns Advogados criminais experientes fazem uma oratória prolixa proposital para cansar e entediar os jurados e com isso conseguem obter resultados que são favoráveis aos seus clientes. Também os políticos usam a experiência prolixa do falar muito sem dizer nada.
Assim o que é defeito passa a ser virtude.
Evitando correr o risco da PROLIXIA; finalizo.
25/01/2009
Paulo M.Bernardo
Prezados Leitores
Recebi do ilustre escritor e companheiro da USINA DE LETRAS – Adalberto Antônio de Lima o comentário sobre o texto PROLIXIA e publico com sua prévia autorização o e-mail por ele enviado.
Por: Adalberto Lima - adalbertolimabrasil@hotmail.com
Da cidade : Montes Claros -MG
CARO COLEGA. Permita-me comentar seu texto com outro que discorre sobre o mesmo tema: PROLIXIA: A tecnologia imprimiu maior velocidade à comunicação, de modo que a correspondência comercial e familiar, praticamente “caducaram”. Hoje, passe-se e-mail, torpedos ou comunica-se instantaneamente pelo MSN. Até o telefone, em breve, será peça de museu. A linguagem cria seu próprio jeito de adequar-se à tecnologia: já não se pode mais ser tão prolixo como outrora, mesmo porque, o tempo não para e parece andar à velocidade da luz. Por seu turno, o leitor virtual não aceita ou não se debruça para ler longos textos; prefere a concisão. Ora, por que dizer tão pouco com tantas palavras, se pode-se dizer muito, com poucas letras? E aí, a memória nos remete ao tempo em que se pagava por um telegrama conforme o número de plavaras nele contidas. Será também assim, num futuro bem próximo, quando, provedores passarão a cobrar por palavras lançadas nos emails. Portanto, convém praticar a forma concisa de comunicar-se, até mesmo por uma questão de economia de tempo e dinheiro. Abraços, Adalberto Lima
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Não deixem de ler o Artigo – LITERATURA DIGITAL escrito e publicado por Adalberto Antônio de Lima – 22/11/2007 (12:19)***