PROPAGANDA

“O tempo é uma criança e brinca de correr /

Na vida de cada um de nós...”

(Cândido Fernandes Ferreira)

Segundo o ditado popular, “a propaganda é a alma do negócio”. E a alma do negócio pode ser dividida em coragem, repercussão, realização e aceitação.

Coragem: Toda a propaganda tem a hora de ousar e mostrar o produto, com a finalidade de alcançar as metas estabelecidas pelo anunciante.

A propaganda determinada e destemida é conduzida para as pessoas com ideal. Ao ser testado pelo consumidor, ela precisa revelar a importância de se manter dentro dos limites apropriados à fidelidade do produto, para contrabalançar as forças. Nas palavras de Pedro Du Bois, “No gesto humano / da delicadeza / convive / o olhar felino / da conquista...”.

Repercussão: Tudo o que é mostrado na propaganda, ou diz e faz, volta ao consumidor. E, quando retorna, a reação poderá ser de prazer ou desagrado, como as marés que vão e vêm. Para se libertar desse condicionamento o consumidor pode escolher infinitas direções. Machado de Assis diz, “Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”

Realização: A propaganda não é feita para mudar ninguém; apenas tem por objetivo convencer, persuadir o cliente, tentando impor o produto anunciado. Porém, não há como alcançar repercussão que imponha somente a vontade do anunciante. Segundo Gabriel Garcia Marques, “A vida é uma sucessão contínua de oportunidades”.

A criatividade na propaganda é o sucesso do produto. Não se divulga a propaganda alimentando-se falsas expectativas, mas, sim, mostrando a qualidade e a capacidade do produto. Desse modo há chance de que a propaganda flua no cotidiano do consumidor, agindo como novidade, e talvez, para a efetiva compra do produto.

Aceitação: As coisas são como são. Na propaganda os publicitários podem explorar vários caminhos para atrair o consumidor e atender às suas expectativas. Eles, aos poucos, terão a clareza do produto e poderão ter atitude sobre qual direção seguir.

A clareza precisa ser incorporada de maneira sábia, para organizar as opções de acordo com o cotidiano e em função da importância e necessidade do consumidor. Adélia Prado expressa, “Agir contra a convicção é pecado”.

A propaganda é a criatividade colocada em prática; expressa o patamar de consciência que deve se manter em sintonia com o consumidor, no máximo possível. Ela desperta o interesse e a vontade de diversas formas nas pessoas: como a reação, retração ou atração, sempre em função da necessidade de cada um, criando identificação e, quem sabe, ilusão. Desse modo, o consumidor pode ir além da imaginação com a propaganda e entrar no estágio da sensibilidade, com o entusiasmo impulsionando seus atos. O brilhantismo é lampejo de consciência que transcende a razão e atinge o paradoxo: vender o produto.

“Tudo vibra, cresce se expande / Na sonora sutileza interior, /

o íntimo transborda de amor / Quando se tem a alma grande”.

(Daniel Tolfo)