A crítica literária e os novos escritores
Tudo o que é visto como algo novo causa certa resistência àqueles que vivem do tradicionalismo. Não seria diferente em relação à Literatura. Sempre que surge um novo autor com ideais modernos a crítica tradicionalista passa a não vê-lo com bons olhos. O olhar inicial pode até ocorrer, mas com discriminação, repulsa, entre outros métodos que visam unicamente marginalizar e reprovar os novos escritores que não se enquadram nos ditames das academias e aos cânones literários.
Tanto é que um novo escritor encontra barreiras e dificuldades para ser aceito nos círculos literários mais bem conceituados e tradicionais. O caminho é árduo. A marginalização massacra a carreira de novos escritores que apresentam uma literatura revolucionária no sentido de romper com as amarras do tradicionalismo.
Em relação aos leitores, porém, o contato com essas obras acaba por desmascarar a trama e perceber o quanto esses novos escritores podem ter suas vidas e suas histórias parecidas com as pessoas comuns, do dia a dia de qualquer um brasileiro que vive os dias atuais na pele e não o saudosismo de um passado que já não faz mais parte do presente.
O mundo avança e a Literatura e os críticos literários precisam entender que suas críticas não são verdades absolutas. O que faz um escritor ser bom o suficiente não é uma cadeira na academia ou uma crítica virtuosa de algum acadêmico e sim a capacidade que seus escritos têm em despertar no leitor o sentimento de que as suas letras refletem a realidade da sociedade na qual esteja inserido.