Os Dilemas do Deserto
O momento nos convida a uma reflexão exata acerca da figura alegre do quinto vilão bíblico Ismael e seus indecisos momentos perante as dunas de areia no deserto.
Sinuosamente a figura de Ismael assume outros desafios advindos dos palácios reais á soldo de soberanos para destruir possíveis rivais, conspirações palacianas.
Diante das dunas do deserto , ele refletia exatamente sobre as possíveis consequências dos seus assassinatos, porém as perguntas afluíam a sua mente.
Inicialmente um arqueiro passou a dimensionar a importância do seu arco em questões absolutamente políticas e inexatas que mais complicam do que simplificam a vida de um jovem em ascensão.
Legalmente o arqueiro agia respaldado pelos sinetes reais de soberanos interessados em manter as estruturas de poder de foram hereditária e exata.
E cada soberano conhecia de forma moldada seu histórico relacionamento com seu pai, alguns soberanos tentavam argumentar em prol do pai do arqueiro , tais tentativas somente garantiam um maior distanciamento.
Mediante tais fatos , o arqueiro se facultava aprender de forma dinâmica essa outras formas de realidade conforme a observação das dunas de areia no deserto , um pragmático aprendizado.
Agora o arqueiro , o senhor Ismael realmente optou por aprender honoravelmente pela sonoridade produzida pelas areias que andam no deserto que se movem , pois o deserto é vivo.
Simbolicamente o deserto tem muito a nos dizer, o matador de aluguel buscava entender pelo silêncio das areias o mistério exato da vida de sua possíveis vítimas, pode parecer uma ironia cervantina.
Diante de um complexo quadro de valores, os soberanos expunham seus medos de forma psicanalítica acreditando que o jovem arqueiro tudo poderia resolver, os dilemas de um palácio não é realmente para todos os membros da Corte.
O arqueiro articulou um conjunto de pensamentos á respeito deste traçado de poder arquitetado por soberanos e ministros que se apoiam numa estrutura adequada.
Dia após dia vivenciava experiências inauditas com os muitos soberanos realmente frustrados e completamente rejeitados por membros conspiradores que queriam o trono, parecia o drama usado por William Shakespeare em suas peças e tragédias.
E a cada diálogo construído com um soberano , o arqueiro podia claramente perceber a total insegurança acerca do trono e do poder em geral .
Sinceramente esse arqueiro era um ignorante á respeito do jogo de poder exercido por falsos soberanos, e desconhecia a alta política advinda dos palácios, pois a solidão do palácio fala por si só em cada contexto.
E esse arqueiro apenas poderia usar sua especial sabedoria advinda do deserto silencioso demoradamente em paragens cálidas e tempestuosas conforme seu pensamento.
Raramente a sabedoria escoava de seus lábios, era um matador de aluguel altamente confidencial, sabia se apropriar das realidades distintas, mas queria muito o dinheiro.
Talvez sua sabedoria adviesse de terras distantes e dunas nada silenciosas como muitos imaginam, o deserto lhe deu boas lições necessárias para o seu trabalho.
O arqueiro media suas tarefas e os possíveis resultados construídos mediante muito esforço conquistado ao preço de sangue e muitas dúvidas novas que surgiam a cada caminhar.