Análise do discurso
Ao colocar o discurso em análise, percebemos que possui uma força enorme que pode trazer à tona diversos resultados. A priori, discorrer sobre formas de discurso faz necessário analisar alguns termos que, deveras, são importantes para compreendermos como ocorre a propagação de um debate e como este se constrói e se desenvolve em uma determinada época e sociedade.
É necessário se ater a quatro princípios ou questionamentos para se realizar e estabelecer a análise do discurso: o poder, o saber, a ética e a ideologia. Importa-se desses termos alguns questionamentos: quem seriam os detentores do poder e como utilizá-lo para favorecimento social; como usar o discurso como fonte de conhecimento e como colocá-lo em prática como recurso de desenvolvimento de poder; colocar a ética como juízo de valor e como distingui-lo do conceito de moral; e como perceber a ideologia dentro do discurso em que se perceba se há ou não alguma autoimposição de poder e conhecimento como verdade única e inabalável.
O discurso parte do princípio de uma análise subjetiva construída a partir do desenvolvimento do eu enquanto pessoa e indivíduo único dentro de uma sociedade que está em constante mudança ao longo do tempo. Verifica-se que a notoriedade das variações sociais faz parte do crescimento da pessoa em diversas instituições em que ela recebe influências direta ou indiretamente. O discurso está intrinsicamente ligado ao conceito da fala devido à sua proximidade com o alterego do locutor. Pode-se dizer, deste modo, que a dicotomia língua/fala parte da psyché, tendo em vista os conceitos subjetivos do discurso. Em Análise do discurso, Pedro de Sousa (2011) argumentou que “a dicotomia langue/parole é repensada no âmbito da Psicanálise até chegar a examinar como a visão psicanalítica do signo linguístico visando o sujeito é aproveita pela Análise do discurso”. Por conseguinte, devido à língua ser multifacetada – estudada em diversos âmbitos científicos e acadêmicos -, podemos asseverar que o subjetivo e o objetivo estão presentes nos nossos pensamentos resultantes de uma ideologia construída em meio a interação com o meio social que influencia os nossos conhecimentos e nossa formação em quanto indivíduos subjetivos e sociais.
Argumenta-se, nesse sentido, que há uma necessidade de compreendermos como o indivíduo estabelece seus conhecimentos ao longo de seu crescimento natural. Desde a sua origem, o ser humano criou a necessidade de se construir em grupos que, aos poucos, alargaram-se e resultaram sociedades cada vez maiores, complexas e sob um olhar cada vez mais crítico. Colocar o Discurso em prática é vê-lo sob um olhar relativo com o objetivo de compreender como ocorre a formação do conhecimento do indivíduo que obtém a palavra. Percebe-se que o dom da palavra está intrinsicamente ligado ao conjunto de conhecimentos que o falante possui acerca de determinado assunto para que se torne um exímio orador e, deste modo, convencer seu ouvinte em relação ao que está dizendo.
Argumenta-se, a partir daí, como colocar em prática a palavra se existem várias formas de poder que se distribuem diversas instituições sociais, políticas, religiosas, entre outras. Percebe-se, assim, que cada grupo social apresenta visões ideológicas diferentes entre si, as quais podem ainda mostrar maiores diferenças dentro de um grupo devido à existência de subgrupos com características divergentes, fato que contribui com uma análise maior acerca do discurso. Deste modo, assevera-se que quanto mais conhecimento detido em um discurso, mais poder e controle poderá ter uma pessoa ou grupo/instituição social, fato que firma o conhecimento como condição de controle. A condição política, em alguns lugares por exemplo, permite a falta de incentivo a leitura como modo de aquisição de conhecimento e aprendizagem sobre os assuntos e entender os sentidos de cada um.
A análise do discurso mostra como o objeto de estudo – a leitura – permite mostrar como o poder consegue produzir verdades quando se propaga conhecimentos a outras pessoas. Nesse sentido, podemos citar a Alemanha nazista em que Hitler proibia a dispersão de conhecimento através dos livros, tendo mandado – em 1933 - queimar dezenas de exemplares de autores renomados nas mais diversas áreas do conhecimento (filosofia, sociologia, história, literatura), fato que foi (re)materializado no filme Fahrenheit 451 e A menina que roubava livros.
Ratifica-se a veracidade de que o poder e o conhecimento têm uma forte relação de dominação sobre o povo. Exemplifica-se este caso como uma amostra da colonização brasileira após a chegada dos portugueses, mas iniciada de fato em 1530. Podemos perceber, historicamente, a dominação portuguesa em relação aos povos já existentes em território: primeiro, usou-se o poder da força para conquistar e “apaziguar” estes povos para, depois com os jesuítas, haver uma dominação com a retórica, em que as palavras de cunho religioso modificavam a visão de alguns povos indígenas (parte deles ao menos). No entanto, com o decorrer do tempo e da colonização, houve quem agisse de modo contrário: Padre Antônio Vieira que, com seus sermões, criticou a política e a religião da época que dominava cegamente os povos mais fracos.
A partir daí, podemos analisar até que ponto o poder e o conhecimento podem seguir juntos para que haja progresso em diversos pontos de uma sociedade. Usou-se a força na Grécia de Alexandre que obteve avanço cultural, político, por exemplo, no entanto, na Índia de Gandhi, houve certo descompasso, mesmo que com o uso do pensamento através da prática da Satyagraha (junções de firmeza mais verdade) não conseguiu certo desenvolvimento de progresso socioeconômico. Nesse sentido, assevera-se que o discurso, mesmo havendo veracidade e ética, não assegura grande progresso em uma parcela da sociedade, pois a ideologia dominante acaba prevalecendo, às vezes, sob a vontade de uma maioria.
Para finalizar, percebe-se que o discurso se modifica a partir do ponto de vista de quem discorre, de quem tem o poder da palavra. E a história nos mostra o quanto esse poder passou por diversos grupos com suas diversas ideologias (político, religioso, econômico, etc.). Deste modo, o conhecimento torna válido a procura por mais saber, e a análise do discurso nos mostra como este saber pode se modificar por meio do sujeito discursivo e da ideologia.
Ao colocar o discurso em análise, percebemos que possui uma força enorme que pode trazer à tona diversos resultados. A priori, discorrer sobre formas de discurso faz necessário analisar alguns termos que, deveras, são importantes para compreendermos como ocorre a propagação de um debate e como este se constrói e se desenvolve em uma determinada época e sociedade.
É necessário se ater a quatro princípios ou questionamentos para se realizar e estabelecer a análise do discurso: o poder, o saber, a ética e a ideologia. Importa-se desses termos alguns questionamentos: quem seriam os detentores do poder e como utilizá-lo para favorecimento social; como usar o discurso como fonte de conhecimento e como colocá-lo em prática como recurso de desenvolvimento de poder; colocar a ética como juízo de valor e como distingui-lo do conceito de moral; e como perceber a ideologia dentro do discurso em que se perceba se há ou não alguma autoimposição de poder e conhecimento como verdade única e inabalável.
O discurso parte do princípio de uma análise subjetiva construída a partir do desenvolvimento do eu enquanto pessoa e indivíduo único dentro de uma sociedade que está em constante mudança ao longo do tempo. Verifica-se que a notoriedade das variações sociais faz parte do crescimento da pessoa em diversas instituições em que ela recebe influências direta ou indiretamente. O discurso está intrinsicamente ligado ao conceito da fala devido à sua proximidade com o alterego do locutor. Pode-se dizer, deste modo, que a dicotomia língua/fala parte da psyché, tendo em vista os conceitos subjetivos do discurso. Em Análise do discurso, Pedro de Sousa (2011) argumentou que “a dicotomia langue/parole é repensada no âmbito da Psicanálise até chegar a examinar como a visão psicanalítica do signo linguístico visando o sujeito é aproveita pela Análise do discurso”. Por conseguinte, devido à língua ser multifacetada – estudada em diversos âmbitos científicos e acadêmicos -, podemos asseverar que o subjetivo e o objetivo estão presentes nos nossos pensamentos resultantes de uma ideologia construída em meio a interação com o meio social que influencia os nossos conhecimentos e nossa formação em quanto indivíduos subjetivos e sociais.
Argumenta-se, nesse sentido, que há uma necessidade de compreendermos como o indivíduo estabelece seus conhecimentos ao longo de seu crescimento natural. Desde a sua origem, o ser humano criou a necessidade de se construir em grupos que, aos poucos, alargaram-se e resultaram sociedades cada vez maiores, complexas e sob um olhar cada vez mais crítico. Colocar o Discurso em prática é vê-lo sob um olhar relativo com o objetivo de compreender como ocorre a formação do conhecimento do indivíduo que obtém a palavra. Percebe-se que o dom da palavra está intrinsicamente ligado ao conjunto de conhecimentos que o falante possui acerca de determinado assunto para que se torne um exímio orador e, deste modo, convencer seu ouvinte em relação ao que está dizendo.
Argumenta-se, a partir daí, como colocar em prática a palavra se existem várias formas de poder que se distribuem diversas instituições sociais, políticas, religiosas, entre outras. Percebe-se, assim, que cada grupo social apresenta visões ideológicas diferentes entre si, as quais podem ainda mostrar maiores diferenças dentro de um grupo devido à existência de subgrupos com características divergentes, fato que contribui com uma análise maior acerca do discurso. Deste modo, assevera-se que quanto mais conhecimento detido em um discurso, mais poder e controle poderá ter uma pessoa ou grupo/instituição social, fato que firma o conhecimento como condição de controle. A condição política, em alguns lugares por exemplo, permite a falta de incentivo a leitura como modo de aquisição de conhecimento e aprendizagem sobre os assuntos e entender os sentidos de cada um.
A análise do discurso mostra como o objeto de estudo – a leitura – permite mostrar como o poder consegue produzir verdades quando se propaga conhecimentos a outras pessoas. Nesse sentido, podemos citar a Alemanha nazista em que Hitler proibia a dispersão de conhecimento através dos livros, tendo mandado – em 1933 - queimar dezenas de exemplares de autores renomados nas mais diversas áreas do conhecimento (filosofia, sociologia, história, literatura), fato que foi (re)materializado no filme Fahrenheit 451 e A menina que roubava livros.
Ratifica-se a veracidade de que o poder e o conhecimento têm uma forte relação de dominação sobre o povo. Exemplifica-se este caso como uma amostra da colonização brasileira após a chegada dos portugueses, mas iniciada de fato em 1530. Podemos perceber, historicamente, a dominação portuguesa em relação aos povos já existentes em território: primeiro, usou-se o poder da força para conquistar e “apaziguar” estes povos para, depois com os jesuítas, haver uma dominação com a retórica, em que as palavras de cunho religioso modificavam a visão de alguns povos indígenas (parte deles ao menos). No entanto, com o decorrer do tempo e da colonização, houve quem agisse de modo contrário: Padre Antônio Vieira que, com seus sermões, criticou a política e a religião da época que dominava cegamente os povos mais fracos.
A partir daí, podemos analisar até que ponto o poder e o conhecimento podem seguir juntos para que haja progresso em diversos pontos de uma sociedade. Usou-se a força na Grécia de Alexandre que obteve avanço cultural, político, por exemplo, no entanto, na Índia de Gandhi, houve certo descompasso, mesmo que com o uso do pensamento através da prática da Satyagraha (junções de firmeza mais verdade) não conseguiu certo desenvolvimento de progresso socioeconômico. Nesse sentido, assevera-se que o discurso, mesmo havendo veracidade e ética, não assegura grande progresso em uma parcela da sociedade, pois a ideologia dominante acaba prevalecendo, às vezes, sob a vontade de uma maioria.
Para finalizar, percebe-se que o discurso se modifica a partir do ponto de vista de quem discorre, de quem tem o poder da palavra. E a história nos mostra o quanto esse poder passou por diversos grupos com suas diversas ideologias (político, religioso, econômico, etc.). Deste modo, o conhecimento torna válido a procura por mais saber, e a análise do discurso nos mostra como este saber pode se modificar por meio do sujeito discursivo e da ideologia.