QUANDO A LEITURA NOS INTERESSA
Pela segunda vez estou lendo o livro Sagarana de Guimarães Rosa. Fantástica satisfação! Uma verdadeira viagem pelos cenários de Minas Gerais e uma intromissão nos modos de vida de seu povo nas regiões que o autor descreve com impressionante realismo e que posso comprovar a través de gente que nos dias atuais temeu sua rotina aqueles antigos costumes falas e jeito de viver. Se mudar para os livros de Olavo Bilac, Monteiro Lobato, Júlio Verne, Maurice Druon, Marion Zimmer Bradley, Nacionais ou internacionais, apenas para citar livros por mim já lidos temos uma certeza: Seus escritos remetem a uma base forte que nós dá uma vida dentro da obra literária e nos faz, enquanto leitores, esquecer o mundo fora deles. isso, claro, quando a leitura nos interessa.
A escolha começa pelo binômio silêncio e local adequados. Você, afinal, está entrando no livro, entrando na historia. É um observador que não a mudará mas a viverá. Por isso ainda que por período previsível não dever ater-se a mais nada, seu mundo é ali, dentro daquele livro. em Sagarana por exemplo quando o autor Guimarães Rosa descreve o Burrinho Sete de Ouros, os outros animais que com ele convivem e o cenário da fazenda, suas personagens humanas, você está lá e o lado fantástico da coisa é que a narrativa deixa a nítida impressão de que o autor viveu ou conviveu com o muar.
Como as pessoas leem pouco e incluo as daqui do Recanto vou encerrar esse artigo mas, convidando a todo a adquirirem ou voltar ao costume de ler, que sejam trechos curtos, trechos médios ou trechos longos mas com vivo interesse, afinal, nossa vida está lá ou melhor dizendo, muda-se para lá, naqueles momentos que nos dão outra dimensão existente apenas naquelas páginas, possível apenas quando a leitura nos interessa.