SOLHA: a força da Cultura
Ensaio sobre “Os Livros de Arte” de W.J.Solha é pura cultura. Ele se filia a uma versão do real maravilhoso. Ímpeto criativo e rico que, sem sombra de dúvida, se diferencia pela maneira como cria Sobre as Artes, com teor literário, na busca da confluência cultural.
Encantada com o ensaio e suas imagens; com a maneira como ele se infiltra na amplitude das associações de ideias; como ilumina cada situação vivida ao mexer com a memória e lembrar sobre a sua vida. Nós leitores ganhamos com a beleza e a cultura repassadas, que desafiam nossas vidas e, em cada caso, produzem resultados diferentes em circunstâncias diversas, alterando o cotidiano.
Solha descreve a Arte com conotação de metáforas recheadas de incomparável beleza no que lá vemos e lemos, pela sua capacidade de representar a força da cultura através de como ele a representa no papel, o que vai muito além da nossa imaginação.
Grande Solha, a quem o entendimento da arte deve pelo trabalho de mostrar as passagens “poéticas” de importantes autores pictóricos, lembrando-nos da importância que a arte tem em nossas vidas.
O Mestre, ao desafiar o traço, revela a importância da sua arte que, muitas vezes, passa despercebida no cotidiano. Ele nos coloca às voltas com a arte de escrever, ler e pintar ao “desenhar” a força da cultura, fazendo-nos repensar o jogo do passado e do presente como referência da vida. Ainda, estimula-nos a raciocinar além dos padrões convencionais sobre os conceitos, o gosto, o diferente, os tons, o que foi e o que é, como parte do tempo em que os ideais iluminam a história.
Apropriamo-nos da força cultural de Solha, por que a sua riqueza está na conscientização e interesse em mantê-la viva.