*ENSINO DA LITERATURA
Trabalho da pós-graduação


O Ensino da Literatura frente ao mundo contemporâneo: propostas e desafios.

A literatura como matéria prima, a letra, encontra-se no domínio da palavra em qualquer texto que atue em prosa ou em verso. Ocupa imenso espaço desde um haicai ou um tratado ou romamce. Essa arte mostra seu poder no mundo das letras, porém, abrange polêmicas de significados e teorias diversificadas.

Segundo o professor Soares Amora, na sua “Teoria Literária” ela se destaca em duas eras, a clássica e a moderna. Antes o pragmatismo da palavra, que exigia escrita com clareza, correção e harmonia da língua, hoje as ideias se misturam no contexto libertário e acompanha a corrida do tempo em desequilíbrio, pressa, afogando a criação dentro do estilo pessoal de cada escritor.

Temos atualmente escritores, com prêmio Nobel, fora dos padrões gramaticais excluindo à gramática, que é padrão para a escrita culta. Sem pontuação, parágrafos, tudo de um fôlego.
No conceito de Aristóteles, a arte criada pela palavra tem a imitação da realidade. O lirismo, o dramático, o épico era o que predominava na antiguidade. Embora a literatura não despreze estes conceitos, visto que continuam na expressão do cotidiano. Mas a literatura moderna se expandiu com maiores concepções ou desfechos.

Vemos este preceito na literatura brasileira, inglesa, francesa, clássica, literatura romântica ou nos diversos patamares onde a expressão escrita se faz necessária: Literatura bíblica, política, filosófica, médica, e segue alcançando uma extensão maior sem finitude, até onde ela ocupe todo potencial que lhe é peculiar, onde o sentimento e o pensamento se manifestem.

Alceu Amoroso Lima faz este brilhante comentário: “A arte da palavra: Não o neguem nem o filósofo nem o analfabeto.”.
“O homem lúcido não pode permanecer resignado e quieto e vê que seu país deixa cair à literatura”, do texto de Ezra Pound.
O maior desafio do homem moderno, em especial, de professores e escritores é o uso da palavra, em desafio impresso ou oral da manifestação do seu pensamento, ao explorar de modo veemente todo conhecimento adquirido e transmitir como aperitivo essencial à vida e a cultura do saber.

Vemos no romance antigo, o traçado do romantismo, do sofrimento, do trágico. O romance moderno enxerta a consciência dos problemas sociais, e uma consciência não linear da narrativa, mostrando o simbolismo, o concretismo, o idealismo existencial.

O conto linear está desaparecendo dando espaço as frases curtas, ideias confusas, conclusão indefinida. As crônicas se misturam com o conto numa simbiose de entrelaçamento nas descrições
A ruptura dos valores tradicionais e a tecnologia levaram os escritores para uma visão meramente individualista, valorizando o eu literário, a gosto ou contra gosto da censura, expondo as ideias nas redes sociais, nos blogs, nos sites literários, dando vazão a comentários dos críticos com ideias pragmáticas e dominadores do “conhecimento”.

A rapidez do modismo leva o escritor principiante se projetar como terapeuta de si mesmo e o faz com a consciência de direitos preestabelecidos por sua vontade e prazer. A cura da mente está na escrita.

Concurso Buriti Menção Honrosa, 2014.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 26/03/2017
Reeditado em 26/03/2017
Código do texto: T5952532
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.