Tributo ao Mineiro
Ainda no período que cursava o antigo ginasial, lá pelos anos 1960, adquiri uma coleção de livros do Professor Aires da Mata Machado Filho, um eminente mineiro. Com seu atraente título “Escrever Certo”, uma obra com seis volumes, não deixou de ser “um prato cheio” para quem tinha interesse em se dedicar à língua pátria. Já no ensino médio, adquiri outra coleção, também com seis volumes, com o título “Conheça o seu Idioma”, de autoria do poeta, escritor, tradutor e professor Osmar Barbosa, seu vizinho de Estado, o Espírito Santo. Entretanto, o ponta-pé inicial foi o do mineiro, até porque quem nascia às margens do rio São Francisco, dizia-se um pouco mineiro, por banhar-se nas águas vindas das Minas Gerais, onde está a sua nascente.
Na minha trajetória profissional, passando por cinco municípios banhados pelo rio São Francisco, nos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, sentia-me ainda ligado a Minas Gerais, por esse cordão umbilical que mede 2.800 km, de sua nascente até a foz.
Recentemente, depois de mais de quarenta anos, resolvi reler aquelas obras, que, com certeza, foram influenciadoras para que eu fizesse o curso de letras, ainda na condição de morador de uma cidade ribeirinha, minha porta de entrada para Alagoas, a histórica Penedo, conhecida também como “Ouro Preto do Nordeste”. Opa!
Mais um motivo para continuar ligado a Minas Gerais. Portanto, meus caros mineiros, um abraço fraterno deste amigo que se considera conterrâneo.