A Crítica da Crítica Crítica
Pego emprestado o título de um livro de Karl Marx, fora do contexto marxista, para refletir sobre a crítica literária brasileira. Penso existir, basicamente, duas críticas: a comercial e a comprometida, de fato, com a literatura. A primeira está instalada e bem remunerada na mídia empresarial. É a industria cultural. Como existe para gerar consumo e lucro, não tem compromisso em analisar o conteúdo. A questão é convencer o leitor a comprar o livro indicado, como se fosse uma mercadoria como outra qualquer. Vivemos uma sociedade de consumo, capitalista, e “a propaganda é alma do negócio”. O leitor, obviamente, depois de ler chegará a uma conclusão. Como a ideia de que o livro é bom, pois o crítico, habilmente introduziu isso no imaginário do leitor incauto, ele passa a ser mais um elemento de propaganda do livro. Salvo honrosas exceções, os livros são ruins. É uma situação ambígua. De um lado é bom estimular leituras; por outro, pode ter efeito catastrófico. Como, por exemplo, levar o leitor à alienação; de que vivemos no melhor dos mundos possíveis e incorporar valores, que interessam a grupos hegemônicos. Esse tipo de crítico está a serviço do modelo econômico, cumpre seu papel de catalisador. Seus argumentos, em geral, são sofistas. Por isso, os autores e autoras indicados vendem muito no começo, depois caem no ostracismo. São substituídos por outros e outras. O consumidor precisa de “novidade”. Esquecem rapidamente fulano, agora é sicrano que está na moda.
Um crítico sério analisa com profundidade, esmiúça, lê as entrelinhas e orienta o leitor. Existem textos de crítica literária com sabor de boa literatura. Como não pretendo generalizar nem para o bem, nem para o mal, não citarei nomes. O interessante, na maioria desses críticos, é que eles não se apegam à gramática, não desqualificam um autor por isso, pois o que vale mesmo é a narrativa, o conteúdo. São críticos literários, não são gramaticistas, embora alguns apontem erros de concordância, conjugação, etc. Afinal, não devemos maltratar a nossa língua.
Por último, poucos críticos literários conseguiram construir um romance, um conto, um poema de qualidade. Por quê?
Cadernos de reflexão.
Pego emprestado o título de um livro de Karl Marx, fora do contexto marxista, para refletir sobre a crítica literária brasileira. Penso existir, basicamente, duas críticas: a comercial e a comprometida, de fato, com a literatura. A primeira está instalada e bem remunerada na mídia empresarial. É a industria cultural. Como existe para gerar consumo e lucro, não tem compromisso em analisar o conteúdo. A questão é convencer o leitor a comprar o livro indicado, como se fosse uma mercadoria como outra qualquer. Vivemos uma sociedade de consumo, capitalista, e “a propaganda é alma do negócio”. O leitor, obviamente, depois de ler chegará a uma conclusão. Como a ideia de que o livro é bom, pois o crítico, habilmente introduziu isso no imaginário do leitor incauto, ele passa a ser mais um elemento de propaganda do livro. Salvo honrosas exceções, os livros são ruins. É uma situação ambígua. De um lado é bom estimular leituras; por outro, pode ter efeito catastrófico. Como, por exemplo, levar o leitor à alienação; de que vivemos no melhor dos mundos possíveis e incorporar valores, que interessam a grupos hegemônicos. Esse tipo de crítico está a serviço do modelo econômico, cumpre seu papel de catalisador. Seus argumentos, em geral, são sofistas. Por isso, os autores e autoras indicados vendem muito no começo, depois caem no ostracismo. São substituídos por outros e outras. O consumidor precisa de “novidade”. Esquecem rapidamente fulano, agora é sicrano que está na moda.
Um crítico sério analisa com profundidade, esmiúça, lê as entrelinhas e orienta o leitor. Existem textos de crítica literária com sabor de boa literatura. Como não pretendo generalizar nem para o bem, nem para o mal, não citarei nomes. O interessante, na maioria desses críticos, é que eles não se apegam à gramática, não desqualificam um autor por isso, pois o que vale mesmo é a narrativa, o conteúdo. São críticos literários, não são gramaticistas, embora alguns apontem erros de concordância, conjugação, etc. Afinal, não devemos maltratar a nossa língua.
Por último, poucos críticos literários conseguiram construir um romance, um conto, um poema de qualidade. Por quê?
Cadernos de reflexão.
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