O mesmo corpo que um dia alucinou, arrebatou olhares e deslumbrou por ser belo, ainda que altamente diferenciado pelas evidências da ação do tempo, é o mesmo. E meu.
Já sem beleza anterior, agora abraça e afaga com a força de uma ternura amena, conquistada ao longo do tempo.
A mesma boca que falou alhures, demonstrou posições e pontos de vista, discutiu, disputou espaços, conquistou patamares na escalada da existência é a mesma.
É esta mesma boca que agora cala, ao perceber que a agressão alheia tem uma única origem. E dispensa supérfluos comentários. Desse modo, aprendeu! A minha boca, hoje, se aquieta mais do que emite sons...
As mãos que, um dia, com sofreguidão desenfreada, afoitas e voluptuosas, afagaram o amor, trocaram volúpias, espargiram carinho, são as mesmas de agora, tanto tempo já passado. Com leveza, desta vez, afagam as ternuras, espargem carinho em amenizada intensidade. Mas anseiam pela parceria, ainda... embora mais calmas. Mas são aquelas. Sempre serão. Cheias, cheias de buscas.
E neste momento de vida adotam sua maior ilusão para que, hipoteticamente, não percam a própria finalidade...
Os mesmos pés que andaram sobre caminhos das pontiagudas pedras, das areias escaldantes, dos ensolarados solos, de inusitados trilhos, de dimensões e de descobertas doídas são os mesmos.
Os mesmos, sim, que ainda andam escolhendo as metas, cuidando do andar, pensando e pisando de leve, descobrindo caminhos…Os mesmos! Precavidos… Desde o saber das decepções, então. Prevenidos, vão. Mas ainda atrevidos, sim! Atrevidos.
A mesma vontade, aquela que já tantas vezes norteou anteriores diretrizes com a garra e a tenacidade da juventude ao desvendar espaços é a mesma. A mesmíssima que ainda agora identifica novas perspectivas, busca conhecimentos específicos que mais a interessem, abre brechas nas vontades que impulsionam o crescimento, luta por seus desejos. É sim, a mesma vontade. Diferenciada em suas metas, porém…
Identifico, pois! O mesmo EU que foi meu um dia é o mesmo EU do meu agora. Choro sozinha pelo filme à minha frente; sorrio enternecida por qualquer aspecto da Vida; sinto doer demais ver o cão andarilho e sem dono; soluço no escuro a minha decepção pela agressiva palavra de algum incauto e desprevenido ser nas suas falsas identificações sobre sensibilidades do outro; sorrio sozinha por aquilo que ninguém percebeu; falam, minha voz e o meu coração com os pássaros sem que eu me sinta esquisita; amo com a mesma força, demando eventuais reciprocidades e experimento desejos normais e imperiosos de um corpo sadio.
Ainda espero, ansiosa, sempre, sempre, as respostas que, diz meu otimismo, certamente ainda virão.
Escrevo de dia, em meu PC, no Tablet, no Notebook, no Netbook ou em brancas folhas virgens de papel. De noite, dormindo, registra o meu cérebro cada verbo, adjetivo, interjeição, ênclise, mesóclise, bela frase, entre tantas que me chegam sem que eu nem saiba por quê… Abordam elas o meu inconsciente absurdamente receptivo a tudo que mereça a possibilidade de ser reencaminhado ao meu semelhante, por escrito ou oralmente. Por isto eu as registro plenamente para difundi-las, depois!
Nisso reside, com totalidade, a minha intenção mais pura de ampliar alheias sensibilidades e seus bem compreender a vida, suas afetividades e a suas dosagens de amor.
E, mais que tudo, expor as minhas incompetências, tornando-as plurais e vinculadas às de outros seres!
Não, eu não me imagino Deus, não! Longe de minha concepção tal demonstração de supremacia. Ao contrário.
Aprendi por mim, e muito, sem dúvida, ao caminhar pela vida. Fui também ensinada por outros. É inconteste. Sinto que melhorei.
Percebo isto pelas minhas reações vivenciais, pelas minhas atuais ausências do mínimo egoísmo que, eventualmente, um dia tive, pela boa vontade em compreender falhas alheias.
Por continuar chorando e poder, pois isto é imperioso para que meu coração, apoiado por safenas e mamarias, adulterado, não imploda.
E por sorrir bem mais... por me fazer tão bem!
Percebo, sim, que o meu aprimoramento foi se efetivando devagar, ao longo do tempo, pelas situações que enfrentei, pelas decepções que vivenciei, pelas perdas e pelos ganhos que ocorreram em meu caminho.
Devo dividir meu aprendizado. Meu tempo se faz curto. Precisa ser aproveitado para alguma coisa…
Por isto digo a você:
Avalie muito bem cada situação vivida. Receba com calma toda tristeza que chega. Aproveite demais tudo o que vier de alegria. Sorria sempre, chore quando precisar ou, apenas, desejar.
Sobretudo, SOBRETUDO, ande como o Vento. Para a frente e em caminho reto!
E não esqueça, aproveite tudo o que chega a você. Se for algo ruim, que seja para transformar em experiência. Se bom, para ampla e devidamente ser degustado, saboreado, de verdade.
Mas não me pergunte nunca o que é absolutamente certo e o que é errado. Eu só sei o que é meio certo e meio errado! Sou mestra em fazer o meu errado de modo meio certo...e vice versa!
Ou então o que é coerente ou incoerente… Tudo isto terá, eternamente, duas faces. Andei pesquisando dentro de mim, a maior e mais assídua fonte das minhas consultas, atualmente. Não sei, não descobri.
Ou ainda, o que é lindo e o que é absolutamente feio. Algo que também não identifiquei. Parece que se mede por quem os vê. Sei apenas sobre os meus lindos e os meus feios…predominância dos primeiros...
O que é genuinamente bom e o que é ruim? Também não estou certa de saber. Realmente isto é muito difícil de identificar. Encontrei espécimes de ruins para você, que me lê, que foram maravilhosos para minha vida! E bons para você que transtornaram tantas coisas em meu viver…
Principalmente, peço, encarecidamente, que ninguém me pergunte o que é a Vida e o que é a Morte.
Definitivamente incapaz de fornecer a resposta é este meu ser em Vida…Ao menos nesta Vida… Só saberei depois.
Ainda propensa a ensinar, desejo que minhas “aulas” possam continuar por certo tempo…
Enquanto penso e escrevo, estou viva! Bom…
Já sem beleza anterior, agora abraça e afaga com a força de uma ternura amena, conquistada ao longo do tempo.
A mesma boca que falou alhures, demonstrou posições e pontos de vista, discutiu, disputou espaços, conquistou patamares na escalada da existência é a mesma.
É esta mesma boca que agora cala, ao perceber que a agressão alheia tem uma única origem. E dispensa supérfluos comentários. Desse modo, aprendeu! A minha boca, hoje, se aquieta mais do que emite sons...
As mãos que, um dia, com sofreguidão desenfreada, afoitas e voluptuosas, afagaram o amor, trocaram volúpias, espargiram carinho, são as mesmas de agora, tanto tempo já passado. Com leveza, desta vez, afagam as ternuras, espargem carinho em amenizada intensidade. Mas anseiam pela parceria, ainda... embora mais calmas. Mas são aquelas. Sempre serão. Cheias, cheias de buscas.
E neste momento de vida adotam sua maior ilusão para que, hipoteticamente, não percam a própria finalidade...
Os mesmos pés que andaram sobre caminhos das pontiagudas pedras, das areias escaldantes, dos ensolarados solos, de inusitados trilhos, de dimensões e de descobertas doídas são os mesmos.
Os mesmos, sim, que ainda andam escolhendo as metas, cuidando do andar, pensando e pisando de leve, descobrindo caminhos…Os mesmos! Precavidos… Desde o saber das decepções, então. Prevenidos, vão. Mas ainda atrevidos, sim! Atrevidos.
A mesma vontade, aquela que já tantas vezes norteou anteriores diretrizes com a garra e a tenacidade da juventude ao desvendar espaços é a mesma. A mesmíssima que ainda agora identifica novas perspectivas, busca conhecimentos específicos que mais a interessem, abre brechas nas vontades que impulsionam o crescimento, luta por seus desejos. É sim, a mesma vontade. Diferenciada em suas metas, porém…
Identifico, pois! O mesmo EU que foi meu um dia é o mesmo EU do meu agora. Choro sozinha pelo filme à minha frente; sorrio enternecida por qualquer aspecto da Vida; sinto doer demais ver o cão andarilho e sem dono; soluço no escuro a minha decepção pela agressiva palavra de algum incauto e desprevenido ser nas suas falsas identificações sobre sensibilidades do outro; sorrio sozinha por aquilo que ninguém percebeu; falam, minha voz e o meu coração com os pássaros sem que eu me sinta esquisita; amo com a mesma força, demando eventuais reciprocidades e experimento desejos normais e imperiosos de um corpo sadio.
Ainda espero, ansiosa, sempre, sempre, as respostas que, diz meu otimismo, certamente ainda virão.
Escrevo de dia, em meu PC, no Tablet, no Notebook, no Netbook ou em brancas folhas virgens de papel. De noite, dormindo, registra o meu cérebro cada verbo, adjetivo, interjeição, ênclise, mesóclise, bela frase, entre tantas que me chegam sem que eu nem saiba por quê… Abordam elas o meu inconsciente absurdamente receptivo a tudo que mereça a possibilidade de ser reencaminhado ao meu semelhante, por escrito ou oralmente. Por isto eu as registro plenamente para difundi-las, depois!
Nisso reside, com totalidade, a minha intenção mais pura de ampliar alheias sensibilidades e seus bem compreender a vida, suas afetividades e a suas dosagens de amor.
E, mais que tudo, expor as minhas incompetências, tornando-as plurais e vinculadas às de outros seres!
Não, eu não me imagino Deus, não! Longe de minha concepção tal demonstração de supremacia. Ao contrário.
Aprendi por mim, e muito, sem dúvida, ao caminhar pela vida. Fui também ensinada por outros. É inconteste. Sinto que melhorei.
Percebo isto pelas minhas reações vivenciais, pelas minhas atuais ausências do mínimo egoísmo que, eventualmente, um dia tive, pela boa vontade em compreender falhas alheias.
Por continuar chorando e poder, pois isto é imperioso para que meu coração, apoiado por safenas e mamarias, adulterado, não imploda.
E por sorrir bem mais... por me fazer tão bem!
Percebo, sim, que o meu aprimoramento foi se efetivando devagar, ao longo do tempo, pelas situações que enfrentei, pelas decepções que vivenciei, pelas perdas e pelos ganhos que ocorreram em meu caminho.
Devo dividir meu aprendizado. Meu tempo se faz curto. Precisa ser aproveitado para alguma coisa…
Por isto digo a você:
Avalie muito bem cada situação vivida. Receba com calma toda tristeza que chega. Aproveite demais tudo o que vier de alegria. Sorria sempre, chore quando precisar ou, apenas, desejar.
Sobretudo, SOBRETUDO, ande como o Vento. Para a frente e em caminho reto!
E não esqueça, aproveite tudo o que chega a você. Se for algo ruim, que seja para transformar em experiência. Se bom, para ampla e devidamente ser degustado, saboreado, de verdade.
Mas não me pergunte nunca o que é absolutamente certo e o que é errado. Eu só sei o que é meio certo e meio errado! Sou mestra em fazer o meu errado de modo meio certo...e vice versa!
Ou então o que é coerente ou incoerente… Tudo isto terá, eternamente, duas faces. Andei pesquisando dentro de mim, a maior e mais assídua fonte das minhas consultas, atualmente. Não sei, não descobri.
Ou ainda, o que é lindo e o que é absolutamente feio. Algo que também não identifiquei. Parece que se mede por quem os vê. Sei apenas sobre os meus lindos e os meus feios…predominância dos primeiros...
O que é genuinamente bom e o que é ruim? Também não estou certa de saber. Realmente isto é muito difícil de identificar. Encontrei espécimes de ruins para você, que me lê, que foram maravilhosos para minha vida! E bons para você que transtornaram tantas coisas em meu viver…
Principalmente, peço, encarecidamente, que ninguém me pergunte o que é a Vida e o que é a Morte.
Definitivamente incapaz de fornecer a resposta é este meu ser em Vida…Ao menos nesta Vida… Só saberei depois.
Ainda propensa a ensinar, desejo que minhas “aulas” possam continuar por certo tempo…
Enquanto penso e escrevo, estou viva! Bom…