CONJECTURAS SOBRE A LINGUAGEM LITERÁRIA POETRIX

A maior motivação do poetrixta é poder sempre praticar a duplixação, triplixação e a multiplixação na liberdade cibernética da internet em tempo quase real (por OFM, no MIP, em 17-11-2001, sobre pensamento já conjecturado pelo autor).

Seguem-se as conjecturas que este profeta alimentou na internet. Insights bebeu na visualização da grandeza da criação de Goulart Gomes. Também, outras fontes de saber supriram a inspiração de OFM. São as seguintes conjecturas:

Conjectura 1: Se dois poetrix P1 e P2, compostos respectivamente por dois poetrixtas A1 e A2, são duplixados por um terceiro poetrixta A3, que compõe os duplix respectivos D1 e D2, estes o serão elaboráveis também por seus próprios autores, ou melhor, P1 poderá ser duplixado por A1 ou A2 e P2 poderá ser igualmente duplixado por A1 ou A2;

Conjectura 2: Dada a conjectura 1 acima, triplix T1 e T2 de D1 e de D2, respectivamente, são elaboráveis por A1 ou A2 ou A3;

Conjectura 3: Dada a Conjectura 2, multiplix M1 e M2 de T1 e de T2, respectivamente, são elaboráveis por A1 ou A2 ou A3;

Conjectura 4: O duplix é facilitado quando os versos do trístico sugerem complementação ou incremento na abrangência semântica iniciada no terceto unitríxtico ou simplesmente poetrix. (Reticências são e sugerem explicitamente sempre espaços poetríxticos complementáveis, concordam?)

Conjectura 5: A conjectura 4 aplica-se ao triplix relativamente ao duplix;

Conjectura 6: As conjecturas 4 e 5 aplicam-se ao multiplix (ao tetraplix em diante);

Conjectura 7: As conjecturas 4, 5 e 6 mais que justificam a interação cibernética entre poetrixtas internautas do MIP e dos atraídos por esta corrente de versificadores afeitos ao trístico intitulado poetrix;

Conjectura 8: A conjectura 7 mais que justifica a existência do poetrix interativo nas formas de terceto ou trístico uniplix ou poetrix, duplix, triplix e multiplix (tetraplix em diante);

Conjectura 9: O hermetismo no poetrix restringe o universo penetrado pelo mesmo quanto às práticas criativa, de leitura, de recital ou declamação, de duplixação, de triplixação, de multiplixação, pelo menos;

Conjectura 10: O exagero amorfósico e a exacerbação na polimetria, além da ausência ou da colocação indevida das rimas para fugir do padrão do hai-kai clássico pode tornar o poetrix modernoso em demasia, transformando-o em mero lixo literário novíssimo a incorporar-se ao lixão que estar a sujar a literatura contemporânea em língua lusófona, pelo menos;

Conjectura 11: Os versos de todo e qualquer hai-kai, mesmos dos modernos, mas apenas dos trísticos, são versos de poetrix;

Conjectura 12: Os versos de um poetrix poderão alcançar a rigidez do hai-kai clássico; por conseguinte, nem todos os poetrix apresentam versos de hai-kai clássico;

Conjectura 13: Poetrix cujos versos não apresentem número de sílabas poéticas 5, 7 e 5, do primeiro para o terceiro versos, respectivamente, jamais terão versos de hai-kai clássico;

Conjectura 14: Um terceto sem título ou apresentando qualquer dos três versos com mais de dez sílabas poéticas não poderá ser chamado de poetrix;

Conjectura 15: Um poetrix que contrarie qualquer das exigências formativas do hai-kai clássico não poderá ser um hai-kai clássico;

Conjectura 16: Um poetrix piegas em demasia ou sem apresentar ineticidade alguma decorre de carência poética ou é fruto meramente de versificador iniciante, podendo ser melhorada com a prática e a leitura de bons vates pelo poeta em surgimento;

Conjectura 18: O plural de poetrix está concebido de forma errada, mesmo tendo sido democrática a sua escolha dentro do MIP, carecendo de correção no futuro, pelo MIP;

Conjectura 19: Dada a conjectura 18 como verdadeira, os plurais dos neologismos duplix, triplix, multiplix e demais vocábulos com tais sufixos estão igualmente incorretos, devendo o MIP corrigi-los no por vir;

Conjectura 20: O poetrix e as formas derivadas deste servem para aproximar as pessoas através da arte versificada, cibernetizada via net, objetivando o engrandecimento cultural dos homens, da gramática histórica (nascimento de termos novos ou neologismos) e da poesia, ao tempo que deve evitar o uso de formas deletérias na comunicação veloz e apaixonante que encerram, bem como desviar-se do uso da pornografia inconseqüente ou da linguagem dos seres rasteiros ou contrários ao bem-estar na sociedade dos homens justos.

São importantes as seguintes considerações:

Seja Tit-1 e Tit-2 os títulos respectivos de 2 poetrix P1 e P2, então os duplix formáveis com os trísticos dados podem ser:

Possibilidade 1a.:

a) Título do duplix D1: Tit-1 Tit-2 (sem pontuação entre os títulos que se completam semanticamente nesta ordem);

b) D1 composto após escrito P1: P1 P2 (sem coisa alguma acrescentar-se ao P1);

Possibilidade 2a.:

c) Título do duplix D2: Tit-2 Tit-1 (sem pontuação entre os títulos que se completam semanticamente nesta ordem);

d) D2 composto após escrito P1: P2 P1 (sem coisa alguma acrescentar-se ao P1). Então:

Conjectura 21: Um poetrix pode implicar em um duplix das formas D1 ou D2.

Da conjectura anterior, o duplix poderá ser classificado quanto à posição do poetrix que "fecha" o terceto encompridado, ou melhor:

1 - se apenas é conseguido a forma D1 para P1, poderemos chamá-lo de convencional, direto;

2 - se as formas D1 e D2 são atingidas para o mesmo P1, os duplix podem ser referidos como complexos bilaterais ou polivalentes;

3 - se apenas o duplix D2 é formado, então o nome de complexo à esquerda é aceitável.

Nota: se P1 e P2 são iguais, D1 e D2 são também iguais. Todos os 4 poetrix (P1, P2, D1 e D2) são ditos isomórficos e isofônicos.

Como o duplix é ainda um poetrix escrito (quer seja ele escrito por um só versificador (autoduplix), quer seja o produto realizado por dois versejadores (heteroduplix), poderá ainda decorrer de poetrix regulares e ser irregular (polimétrico) ou ser regular quanto à métrica (isométrico para os 3 versos ou gozar de isometria para 2 dos 3 versos). Normalmente, sendo P1 e P2 polimétricos, a chance maior é de D1 ou(e) D2 ser(em) irregular(es) quanto ao metro. As rimas do duplix, por sua vez, poderão ser alternadas, finais, internas, "hai-kaianas" ou os versos poderão ser brancos (como acontece freqüentemente na prática modernosa deste gênero literário), mesmo quando metro apresentarem. Seguem, assim, definições italianas e francesas, de terminologia dominada no mundo dos amantes da versificação. Quanto aos tipos de rimas, são conhecidas as pseudorimas ou fenotípicas, as ricas, as raras e as pobres. Não se deve modificar a terminologia universalizada para as técnicas da versificação (vide as obras de Sânzio de Azevedo, modernamente, por exemplo).

O poetrix poderá ser filosófico, lírico, sociológico etc.

Mesmo sendo considerado nascituro, o poetrix poderá retroceder no tempo quanto se referir a épocas passadas, já mortas ou mesmo quando usar termos fora de uso atualmente no vernáculo (poetrix arcaico) ou simplesmente contemporâneo, quando fizer uso quer de termos da língua culta quer da linguagem coloquial vigentes.

Por comodidade deste escritor, ibidem para o triplix e ibidem para o multiplix.

Conjectura 22: Heteroduplix, heterotriplix e heteromultiplix complexos bilaterais ou polivalentes, regulares, rimados com rimas raras, são os trísticos de criação mais dificultosa;

Conjectura 23: O isomorfismo e a isofonia no versejar em poetrix são de muito baixa complexidade.

As regras relativas à linguagem em apreciação são preocupações de alguns dos coordenadores Tê Soares e Pedro Cardoso, os quais elaboram sério estudo sobre o tema, exercitando um catch-ball democrático dentro do MIP, participando os membros mais devotados e atentos à sistematização do trístico goularteano.

Salvador, 14/04/2002.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 28/09/2016
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