O CHORO E O RISO DA PALAVRA
Do ventre do mistério nascem a farsa e a fantasia. Desta sorte, nos poetas, até o sonho é palpável. O sonhar antológico tem genuína capacidade para produzir o choro e o riso como verdade plena. E o registro perpassa gerações a convalidar (ou não) as sensações e benesses havidas. Cada poema traz em si a geração espontânea da dimensão humana, a partir do coração redescoberto. Porque os valores fixados literariamente são silhuetas de cada era, centúria, geração... Enfim, resultados do tempo de conviver autorais, fatos e circunstâncias deste, acrescidos do talento para perpetuar as farsas e fantasias subjacentes. Muito deles agregam-se ao espírito das gerações subsequentes como tatuagens epiteliais. Através delas, o humano ser recria sua própria condição de palavra e mito...
– Do livro OFICINA DO VERSO, 2015.
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