Livros ou E-books? (A evolução da literatura)
Poderíamos estender este titulo para “ou rochas, papiros, pergaminhos”, e todas as plataformas que, ao longo da historia tiveram um único propósito: acolher as palavras, as frases e os textos, que a partir a evolução da linguagem permitiram aos homens repassar de maneira cada vez mais fiel seus pensamentos e idéias.
É lógico que as pessoas podem preferir uma ou outra plataforma, e enumerar as vantagens e desvantagens de cada uma é desencaminhar uma discussão do seu eixo principal.
A questão central é nos perguntarmos de que maneira todo o conhecimento da humanidade, adquirido ao longo da sua história vai, continuar sendo armazenado e difundido para as futuras gerações.
Acredito ser de somenos importância se perguntar se o livro de papel vai acabar ou não e qual o formato de plataformas que predominaram no futuro.
Quaisquer que sejam elas, (e elas vão continuar evoluindo) o mais importante é que o acervo de idéias e pensamentos seja preservado e que a linha que liga o passado, presente e futuro do conhecimento humano esteja íntegra e contínua, para que este acervo possa continuar a nutrir as gerações vindouras.
O individuo pode escolher para seu deleite e estudo o livro de papel ou o livro eletrônico, e desfilar um rosário de motivos por preferir um ou outro, mas, não podemos fechar os olhos a uma realidade que escancara a nossa frente.
O advento da era digital nos impõe novos paradigmas com relação a escrita e a leitura de textos e obras literárias, isto porque as novas plataformas ampliam a velocidade e a quantidade de informações que são disponibilizadas para o leitor pelas novas tecnologias.
Se antes um aluno de faculdade precisava de horas de pesquisa no meio de montanhas de livros, hoje este trabalho é executado a simples cliques na internet.
A quem defenda que este modelo de pesquisa cria alguns vícios na geração atual, como preguiça de estudar, de usar a memória, e exercitar a análise empírica e o raciocínio matemático.
Podemos fazer uma comparação grosso modo com um sitiante que tendo cuidado da suas plantações com rudimentares instrumentos de agricultura, censura o vizinho pelo uso de modernas maquinas de plantio e colheita.
É conhecido o processo de evolução da natureza humana a partir do uso de ferramentas que ampliavam sua força, velocidade e alcance, liberando o cérebro para novas e mais nobres tarefas.
O que a tecnologia digital faz é liberar o cérebro humano de funções de importância relativa, para que o córtex cerebral possa continuar a se desenvolver sob novas experiências.
Para que perder tempo memorizando dados e informações que podem estar a nosso serviço através de memórias digitais a um simples clique?
Para que perder tempo decorando números e textos, se podemos repassar para nossos servos eletrônicos este trabalho exaustivo?
Se ontem o Homem criou ferramentas que lhe ampliavam a força, velocidade e extensão do corpo, hoje cria ferramentas que lhe ampliam o poder do cérebro e o liberam para novas funções.
Mas afinal quais seriam estas funções inovadoras? Em que direção o córtex cerebral deve evoluir? As respostas a estas indagações não encontra guarida nas ciências exatas. Podemos fazer, no entanto algumas ilações a respeito, e buscar amparo nos filósofos e pensadores que nos precederam e deixaram seu legado.
Voltando as plataformas, mais importantes dos que estes filósofos e pensadores e seus cérebros privilegiados foram a idéias e pensamentos que eles nos legaram.