Apesar de não haver registro de qualquer produção escrita da autoria de Sócrates, a transformação que se sucedeu à sua filosofia, confirma-o de maneira que não tem comparação com os filósofos precedentes. Platão que foi um discípulo de Sócrates menciona as palavras de Sócrates da sábia sacerdotisa Diotima de Mantinéia (Na filosofia socrática, arte de levar o interlocutor, através de uma série de perguntas, a descobrir conhecimentos que ele possuía sem que o soubesse) que sugere que a alma do homem está grávida e quer dar à luz. No entanto, o obstetra, deve ajudar o educando a dar à luz a verdade (aletria).
Nesta filosofia, o mestre não é aquele que enche a mente do discípulo com informações, como se sua mente fosse uma caixa vazia. Na Maiêutica, o mestre ajuda o discípulo a alcançar o conhecimento mediante um diálogo questionador. Foucault (2004) adverte que o mestre não pode mais se limitar a ser “o mestre da memória”, mas o mediador “na formação do indivíduo como sujeito” (p. 160), em que “o ato do conhecimento permanece ligado às exigências da espiritualidade” que vincula este ato à conversão do sujeito (idem, p. 267), condição que será atingida pela prática da aretê (virtude).
Por conseguinte, o mestre de virtudes pressupõe o mestre virtuoso. A virtude segundo ele pode e deve ser ensinada através de exemplos das boas ações que se funda na ética e nasce assim a reciprocidade e o respeito pelas diversidade. "Na sociedade atual a ética se desfez nos hábitos criados na violência e em valores sociais confusos." (M.A.).
Resgatar a ética e os valores transferem aos mestres tamanha responsabilidade em reconstruir uma sociedade mais valorosa, ética e distinta.
O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique).
A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Nessa empreitada de colocar a filosofia a serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época, igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes. Isso significava transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver sua eloquência, que era a principal habilidade esperada de um político.
Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates.
Ao distinguir o mundo concreto do mundo das ideias, deu a estas status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as ideias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.
Para o pensador grego, só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa.
Nesta filosofia, o mestre não é aquele que enche a mente do discípulo com informações, como se sua mente fosse uma caixa vazia. Na Maiêutica, o mestre ajuda o discípulo a alcançar o conhecimento mediante um diálogo questionador. Foucault (2004) adverte que o mestre não pode mais se limitar a ser “o mestre da memória”, mas o mediador “na formação do indivíduo como sujeito” (p. 160), em que “o ato do conhecimento permanece ligado às exigências da espiritualidade” que vincula este ato à conversão do sujeito (idem, p. 267), condição que será atingida pela prática da aretê (virtude).
Por conseguinte, o mestre de virtudes pressupõe o mestre virtuoso. A virtude segundo ele pode e deve ser ensinada através de exemplos das boas ações que se funda na ética e nasce assim a reciprocidade e o respeito pelas diversidade. "Na sociedade atual a ética se desfez nos hábitos criados na violência e em valores sociais confusos." (M.A.).
Resgatar a ética e os valores transferem aos mestres tamanha responsabilidade em reconstruir uma sociedade mais valorosa, ética e distinta.
O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique).
A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Nessa empreitada de colocar a filosofia a serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época, igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes. Isso significava transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver sua eloquência, que era a principal habilidade esperada de um político.
Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates.
Ao distinguir o mundo concreto do mundo das ideias, deu a estas status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as ideias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.
Para o pensador grego, só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa.