Romantismo

O romantismo no Brasil: primeira geração

O romantismo surgiu no Brasil poucos anos depois da nossa independência (1836) com a publicação “suspiros poéticos e saudades” de Gonçalves De Magalhães. A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão.

As primeiras obras literárias eram voltadas em definir um perfil da cultura brasileira, no qual o nacionalismo era o grande marco dessa época.

Exaltação dos sentimentos pessoais;

-Expressa os estados da alma;

-Exaltação da liberdade, igualdade e reformas sociais;

-Valorização da natureza;

-Sentimento nacionalista.

Na primeira geração: indianista, regionalista e urbano.

Romance indianista: Depois da independência surgiu a questão; o que é ser brasileiro? Os escritores romancistas tiveram o compromisso de definir um perfil para a nação, povo, língua e cultura, em busca da identidade nacional, buscaram idealizar índio assim como José De Alencar fez em suas obras o " guarani e iracema", fez um perfil para o indio, um herói da pátria, como um ser puro, inocente. Enquanto no continente europeu os românticos idealizavam o cavaleiro medieval,

nesta nação restava divinizar o indígena. O sentimento de nacionalismo, o amor pela natureza eram características desse romance, esse período contribuiu também nas artes plásticas. Jose de Alencar se destaca com suas obras “o guarani e Iracema”.

Romance regional: O romance regional foi obrigado a construir seus próprios modelos, como consequência disso a literatura brasileira ganhou maior autonomia e o Brasil passou a se conhecer melhor em suas enormes diversidades regional.

Coube ao romance regionalista, à missão de nacionalizar que o romantismo se atribuiu de proporcionar ao país uma visão de si mesmo. Estendendo o olhar para os quatro quantos do Brasil, o romance regional buscou compreender e valorizar as características étnicas, linguísticas, sociais e culturais que marcam as regiões do país e diferenciam umas das outras. O escritor que se destaca nessa época é Visconde de Taunay com a obra prima “inocência: a busca do sertão”

Romance urbano: o romance inicia-se no século XIX. Pelo fato de se tratar das particularidades da vida cotidiana da burguesia, o romance urbano conquistou enorme prestigio entre o publico dessa classe tanto na Europa quanto no Brasil. Em vez de se tratar de temas antigos, relacionados aos gregos e aos romanos, retrava o dia a dia do leitor, pondo em discussão certo problemas e valores vividos pelo próprio público das cidades. Pra a burguesia de então, ver o seu mundo retratado nos livros era uma novidade excepcional, lembrando que nessa a época só os burgueses que sabiam ler, publicados vários contos ainda em folhetins e para o publico interessar-se em ler, tinha que ser algo muito interessante de se ler, sendo assim os grandes autores dessa época usavam ingredientes necessários para satisfazer o gosto do leitor, que são; a comicidade, o namoro difícil ou impossível, a duvida entre o dever e o desejo, a revelação surpreendente de uma identidade, as brincadeiras e estudantes e uma linguagem no tom coloquial.

Por essa razão, o romance urbano, entre todos os romances que se produziram na Europa e no Brasil no século XIX é o mais lido desde o romantismo até os dias de hoje.

No Brasil, a literatura contou um numero considerável de romances urbanos, entre os quais se destacam a “moreninha de Joaquim Manuel de Macedo, memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e Lucíola e senhora, de José de Alencar.

Os mais famosos são a “moreninha e Senhora”. A moreninha foi o primeiro romance, publicado em 1844. E senhora publicado em 1875.