MISSIVA A DIÓGENES
“Sobre a estética/estática do Soneto”
Diógenes de Araújo: Tese - “Não aprecio postar (no facebook) fotos, telas, etc., juntamente com a postagem dos sonetos, especialmente não pertinentes ao tema do soneto.”
Frassino:
Quanto a essa sua última opinião - não sei se se refere à minha actuação - tenho um parecer um pouco diferenciado (embora concorde, genericamente, com a sua ideia) segundo o qual " toda a imagem é parte integrante do conteúdo de um texto, seja poético ou não" e, à partida, estou convicto que deverá estar informado que, na Era Contemporânea, o primado da Imagem é a suma cúpula de qualquer paradigma artístico (Roland Barthes, e não só...).
Este autor encara a literatura, e a Poética em particular, como uma tarefa dignificante, aprofundando o sentido da Arte e ilustrando “o saber com sabor”. As imagens (internas e/ou externas ao texto), os rítmos, as metáforas e a musicalidade verbal, complementam-se para maior valorização literária.
Concluindo, na questão do Soneto (de que o meu amigo é um excelente cultor...) penso que o seu paradigma exige um horizonte mais vasto, indo ao encontro do grande desiderato de qualquer leitor apaixonado.
Não me leve a mal que lhe diga que o «soneto não pode dormir eternamente à sombra da bananeira». Como expressão maior (ainda) da arte poética "o SONETO é quem melhor se situa na vanguarda da epopeia das Letras".
Caro Diógenes, envie notícias, ok? Um forte e cordial abraço do poetAmigo
Frassino Machado
In CAMINHOS DO MEU PENSAR