Casa do Poeta Rio-Grandense, na Feira do Livro de Porto Alegre

A PRESENÇA DA CASA DO POETA NO MEMORIAL

Luciana Carrero*

A presença da Casa do Poeta Rio-Grandense no Memorial

Comemorando os 50 anos de existência, a Casa do Poeta Rio-Grandense (CAPORI) esteve presente, em cenário bastante efervescente, em momento de encontro dos seus pares, autografando a assim denominada: “Antologia” da Casa do Poeta Rio-grandense/2014, na Feira do Livro 60/2014, de Porto Alegre. O livro de 144 páginas, com capa na cor branca da paz, traz a foto “retrô”, em preto e branco misturado com outros meios-tons sépia, de Lupicínio Rodrigues, para retratar a nostalgia da homenagem. Os demais detalhes são em azul forte. Na última capa, uma foto colorida de Mário Quintana, nosso poeta maior de todos os tempos. Uma obra realizada com o máximo empenho em conseguir autores pagantes, comprometendo assim a classificação de “Antologia”. Vemos nitidamente o destaque de Joaquim Moncks em sua lírica denominada prosa-poética e ainda mais outros poemas, que colaborou também na parte editorial, O Poetinha foi de fundamental importância para a “Capori” chegar a este dia, na Feira. Junto ao JM, Alcione Sortira, - Este é um prosador, contista, articulista e assíduo colaborador das causas culturais, com matérias de rara qualidade - ambos com reconhecida qualidade literária, participaram, sempre salvando a pátria dos livros da Caravela. O gaúcho Edegar Soares, atualmente residindo em Santa Catarina, sendo um ativista de renome em seu reduto e prolífico produtor das letras, veio especialmente para o autógrafo. Jorge Peixoto “causa”, com um estilo monckiano (a la Joaquim Moncks), participando com uma página e sendo talvez o primeiro discípulo colado nos ensinamentos do mestre, a surgir publicamente. José Moreira da Silva, que, tal qual Joaquim Moncks, pertence à Academia Rio-Grandense de Letras, esteve presente com suas peculiares prosas poéticas líricas, tecnicamente bem construídas e seu estilo inconfundível que todos respeitam, por generosidade, talvez. Podemos citar ainda o prazer a que nos conduzem os escritos de Maria da Glória Jesus de Oliveira, contista. António Soares e Santa Inèze estão em algumas páginas com seus trabalhos, o primeiro colocando seus trigos no meio do joio para salvar a situação. Aledir Bristot, de Torres/SC., com 44 páginas, foi a galinha dos ovos de ouro da edição, sustentando-a com mais de 40% do custo total, engrossando o livro com muitos poemas intimistas e alguns mais diversificados que tocarão pessoas pela ecleticidade dos temas, se for o caso. Entre tantos divulgados nas páginas, impossível citar a todos os 23 participantes, por motivo óbvio, mas estes deram sua mensagem a contento dos próprios egos e - quem sabe? - A descontento de leitores mais sagazes. A obra, para ser denominada “Antologia” precisava de melhor qualidade literária, ressalvando-se os reconhecidamente, mesmo sendo máximos, que tiveram a humildade de colocar seus nomes para valorizá-la. Espera-se melhoras para a próxima “Feira”. Valeu o trabalho gráfico da “Caravela”.