Fatias Que Ficam Na Memória

Viver é uma senhora peleja, ter coragem de enfrentar o escuro saber chutar os lixo com pés de luva e meias nas mãos. É assim que vive uma certa escala da sociedade. Aponto nos dedos a relação de líderes carismáticos e populares. Ta difícil. No nosso país Lula foi o último líder de massa.

Mas não é de líderes nem da democracia que me refiro e pode ser já que vivemos como num acordo entre pessoas e com cuidado para não falar o que elas não querem ouvir. Pense! Que assistir a sociedade falar de igualdade, seguir a constituição...Será! Sabemos que não seguem, tentam e o restante quando é preciso tem que ser na marra. As condições de atrair, mobilizar, inspirar tá muito difícil nos tempos de hoje para uns, outros não. Já ouvi alguém falar: eu leio a bíblia e sigo a alguns artigos da constituição. Estar muito bom... a bíblia para me ajudar a aguentar a vida e a constituição para saber dos meus direitos. Direitos...Deveres não!.. Deveres deixo para quem é rico.

Barbaridade! Ouvir tamanho besteira é mesmo que acender um candieiro no vento e se olhar no espelho em noites de relâmpagos e trovões, os cabelos estão arrepiados, você olha para a janela a chuva batendo e o clarão no ar, mesmo assim se sente meus ouvidos quando recebe tamanhas asneiras. Pena, medo... Pena! O mundo é tão belo para tá ouvindo absurdos. Medo porque pessoas assim me assusta, mostra que não está vivendo, está passando pela a vida.

Me lembrei da corda de caranguejo que minha madrinha comprou num dia de sábado para fazer um ensopado no domingo, foi trabalhar, dar plantão num hospital, sabe que a vida de médico não é fácil. Me deixou tomando conta dos dois filhos dela, dormíamos todos juntos em um só quarto quando de repente escutamos uns barulhos, eu e os meninos deitamos no chão e fomos olhar por debaixo da porta para vê se víamos alguma coisa, quando encostei meu rosto no chão senti alguma coisa de ponta passar bem na minha orelha. Que medo! Fiquei sem fala. Como o telefone era dentro do quarto a filha dela ligou para a polícia, nisto me recuperei rápido e ela fazia gesto para que eu não gritasse, ficamos todos agarradinhos até chegar os polícias. Chamaram, chamaram... e disseram não tem ninguém ai não. Com muita luta abri a porta do quarto... Vi que os caranguejo tinha se soltado da corda e estava em toda parte da casa. Abrir a porta, falei com os polícias, pedi desculpa. A coisa de ponta que passou na minha orelha foi a pata de um dos caranguejos. Foi outro problema para pegar os caranguejos.

O grasnar a noite que ainda era cedo foi feito só pelos caranguejos.Naquela época meninos dormiam cedo; a filha da minha madrinha tinha 12 anos, eu tinha 14 o menino tinha 11 éramos obediente, seguíamos ordens e eu como mais velha tinha que ter responsabilidade. Com este relato quero falar que desde de cedo devemos saber o que são deveres e direitos. Será que só temos direitos para receber? E nossos deveres! Sempre achei que direitos só deve ser recebidos quando somos assíduos a aos nossos deveres.