CECÍLIA MEIRELES E A EDUCAÇÃO PARA A SENSIBILIDADE
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RESUMO
O objetivo deste artigo é homenagear a escritora e poeta Cecília Meireles. Nele procurou-se correlacioná-la a uma investigação da possibilidade ou não de se promover a educação da sensibilidade no ser humano ou se esta é algo congênito.
A indagação aflorou como fruto de leituras de poemas escritos pela poetisa, direcionados a crianças. Pergunta-se neste trabalho se é possível ou não adestrar a sensibilidade de alguém. Em caso afirmativo, de que forma dar-se-ia essa educação de sentimentos. Para tal averiguação, foram colhidas informações na biografia da escritora, em obras literárias de vários especialistas, em textos de outros poetas e na própria obra da autora.Alguns poemas relativos ao assunto e ao tema fazem parte da explanação. Houve pesquisas em textos filosóficos e científicos que possibilitaram clarear idéias sobre o tema, com intuito de corroborar as conclusões obtidas, as quais resultaram afirmativas.
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Como falar de Cecília Meireles, sem mergulhar na inquietação resultante entre sentimento e razão, inteligência atrelada ao destino e à uniformidade humana; sem ir fundo à verdadeira expressão da natureza por intermédio da alma que espreita e vaticina?
Urge que se fale desta Cecília, que completou 110 anos no dia 07 de novembro de 2011, cuja obra é um exemplo de atualidade que permeia a vida humana, esta que consegue ultrapassar tempestades e atravessar furacões pela janela de olhos que perscrutam, aprendem e ensinam.
Tinha razão Winston Churchill, quando afirmou que somos donos do nosso destino e capitães da nossa alma. Cecília capitaneou a própria alma, todavia ainda hoje leva de roldão a de seus leitores, instruindo-os a enxergar com olhos de sensibilidade.
Pascal dizia que as coisas que instruem o homem são o instinto e a natureza, Cecília mostrou essa verdade, por intermédio de sua arte poética, tão poética quanto inerente e original, tão original quanto congênita.
Pela arte da palavra, a obra Ceciliana cumpriu o papel de transmitir aos outros a plurissignificação dos fatos que estão à volta e dos sentimentos que eles provocam. Corroborando, dessa maneira, a assertiva de Ezra Pound em que dizia “a grande literatura é simplesmente linguagem carregada de significado até o máximo grau possível.”
Educar a sensibilidade é algo que, à primeira vista, causa estranheza à compreensão humana. Pergunta-se, então, se há possibilidade de promover esse tipo de educação. O indivíduo nasce com sensibilidade aguçada ou ela é introduzida nele por uma espécie de ensinamento? A psicologia admite que se possa adestrar a sensibilidade de alguém, a ponto de imprimir-lhe emoções?
Segundo a teoria de Gray, um dos sistemas de comportamento humano é o de ativação comportamental, que organiza as reações a estímulos condicionados, ligadas a um reforço, tanto positivo quanto negativo (não-punição) e que conduz a um comportamento de aproximação, ou seja, à realização do comportamento.
A própria Cecília afirmou: “(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão (...).”
"Eu vim de infinitos caminhos
E os meus sonhos choveram lúcido pranto pelo chão."
(Meireles, Cecília. Herança. In Poesia Completa, p. 302).
"Não te aflijas com a pétala que voa:
Também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
Mortas intactas pelo meu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
Ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
Por desfolhar-me é que não tenho fim."
(Meireles, Cecília. 4o. Motivo da Rosa. In Poesia Completa, p. 524).
Por enxergar além das superficialidades, contrariando a etimologia de seu pre- nome, Cecília Meireles preocupou-se com a educação da sensibilidade infantil para que esta colhesse os frutos na vida adulta. Fernando Pessoa afirmava que “quanto mais aprofundamos, com a vida, a própria sensibilidade, mais ironicamente nos conhecemos.” Ela, Cecília, que ouvia o silêncio ao adentrar a solidão, preocupava-se em transmitir tal transcendência às crianças.
Não foi sem motivos que criou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro e assinou, durante muito tempo, uma coluna de Educação no Diário de Notícias. Talvez quisesse ela que, a exemplo do que disse Pessoa, ao invés de pensarem na palavra sensibilidade, as crianças pensassem com ela (sensibilidade). Cecília entendia e defendia que "a escola deveria ser um instituto pedagógico e não um seminário, um espaço para os educadores idealistas que acreditam nas ideias generosas." (Meireles, Cecília. "A futura Escola Normal". Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, 21 set., 193, p.4).
Sthendal apontava que a alma transforma-se em sensações e “que tudo que no mundo é belo e sublime faz parte da beleza do que amamos.” Desta forma, o amor ao belo e o amor vivificam-se mutuamente.
Ela não fugiu ao coro dos poetas, cujas vozes exprimem os sentimentos do mundo e pedem audição e compreensão, para que a grandeza e a pequenez humanas sejam captadas. Seguem alguns exemplos que comprovam a natureza lírica que corre nas veias dos poetas, natureza esta que explica a alma, a emoção e a temática poética de Cecília Meireles.
Arquíloco, poeta grego, escreveu:
"E não te esqueças, meu coração
Que as coisas humanas apenas
Mudanças incertas são.”
Teógonis, também poeta grego, cantou assim a brevidade da vida:
“Choremos a juventude
E a velhice também
Pois a primeira foge
E a segunda sempre vem.”
Píndaro, como Cecília, versou sobre o sentimento das coisas passageiras:
“A glória dos mortais num só dia cresce,
Mas basta um só dia, contrário e funesto,
Para que o destino, impiedoso, num gesto
O lance por terra e ela, súbito, fenece”.
A poetisa brasileira, Orides Fontela, observou que o mundo é tecido por mudanças e repetições:
“O vento, a chuva, o sol, o frio
Tudo vai e vem, tudo vem e vai”.
Drummond lamentou:
“Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nuda.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.”
Mário Quintana falou sobre o sentimento de renovação e beleza do mundo, da vida e dos seres humanos:
“Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova.”
(In: A Cor do Invisível p.347).
"O encanto
Sobrenatural
Que há
Nas coisas da natureza!
...
Se nela algo te dá
Encanto ou medo,
Não me digas que seja feia
Ou má,
É, acaso, singular...”
(In A cor do invisível, p. 33).
Ovídio, poeta romano, disse, no final da obra Metamorfoses, que em todo o universo tudo flui, nada persiste, o próprio tempo passa, como o movimento contínuo do rio (...) como a natureza renovadora também não descansa e encontra outras formas na forma das coisas.
Cecília Meireles não poderia ser diferente do que foi, nela encontram-se todas as observações dos poetas acima citados. Permanece entre os leitores sempre embevecidos com sua poesia, pois ela ensina que na existência há a essência, que é definida e talhada no correr da vida. Essa essência é a liberdade de reinventar-se e reconstruir-se em cada amanhecer, não obstante as dores e a solidão. "Mas a vida, a vida, a vida,a vida só é possível reinventada."
(Meireles, Cecília. Reinvenção)
Discurso
E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.
Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute?
Ah! Se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?
(Meireles, Cecília. In Poesia Completa)
Empenhada em sua missão de ensinar, Cecília dedicou-se ao magistério e foi diretora de colégio. Tinha, portanto, à frente de seus olhos, uma gama imensa de seres que lhe sugeriam poesia e a quem se entregava em sentimentos. Não se satisfazia com apenas ministrar aulas e administrar escolas. Escolheu caminhos que o coração lhe traçava, produziu poemas com intuitos pedagógicos, para crianças, (sem alertar que assim o eram) e para adultos que se enternecem com a solidão e a espera do que nunca chega.
Com os poemas direcionados à infância, já delineava traços psicológicos, circunstâncias relacionais, conversas simples com a ingenuidade infantil.
Assim emerge a filosofia Ceciliana em textos como Jardins, em que mostra Noêmia como a única menina que não tinha flores em seu jardim, por tê-las dado aos passantes que agora as tinham e, por isso, ela não ficava triste.
Foi uma professora poeta (ou uma poeta professora), dosou em suas páginas infantis a alquimia do imaginário, do humor e da fantasia.
Sabiamente trabalhou a sensibilidade pedagógica, que se tornou atual em qualquer época, posto que se sagrou como uma mulher além do seu tempo. Escreveu "Criança, meu amor", onde ensinou o amor à vida sem exageros fora de contexto e pregou o respeito ao semelhante e à natureza. Mostrou que esta (natureza) pode ser transformada em companheira, se bem observada, em momentos de solidão.
Com recursos expressivos ou com a força da emoção, Cecília era movida pela poesia e buscava a perfeição.
Ora, nada é mais sem fronteiras que o pensamento humano, pois este transporta os seres, em poucos instantes, de um extremo a outro do universo. Nessa viagem sentimental e sensorial, Cecília abre as portas para o encontro da realidade externa com a emoção, possibilitando a entrada da poesia nos sentidos de seus leitores.
O pensamento é criador. Cecília Meireles deixa essa idéia muito claramente exposta em seus poemas, quando neles se percebe que o pensamento atua nas pessoas e gera palavras, com as quais se constroem edifícios de vidas presentes e futuras e modela almas. O pensamento produz formas, imagens frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes. A alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se (Denis, Leon).
Desta forma, tem-se a resposta ao questionamento sobre a possibilidade ou não de se educar para a sensibilidade. A própria poetisa revelou que fez de suas desventuras
a área mágica de sua vida e que, com as perdas sofridas que teve, docemente aprendeu as relações entre o Efêmero e o Eterno, compreendeu a transitoriedade de tudo, cuja verdade foi fundamento de sua personalidade.
Não limitou sua aura de mestra às escolas infantis, pois lecionou Literatura Brasileira e disciplinas correlatas nas universidades federais do antigo Distrito Federal e do Texas (EUA).
Teve o mérito reconhecido por Portugal (antes mesmo que o Brasil o fizesse), dedicou aos portugueses a obra Viagem.
Segundo Antônio Cândido, a obra Ceciliana “é um todo uniforme e linear, presidido por três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão (Cândido, Antônio e Castello, J.A.)”. A poetisa capta a realidade reinventado-a liricamente, com impressões sensoriais, limiares, névoas e sugestões; valoriza a linguagem metaforizada e as sinestesias. Além do rigor formal, Cecília Meireles preocupava-se com a seleção de vocábulos, versos curtos e paralelismos sintáticos. Eis o exemplo no poema a seguir:
Primeiro Motivo da Rosa
Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.
Meus olhos te ofereço:
espelho para face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.
(Meireles, Cecília. In Poesia Completa)
Em diversos momentos assemelhou-se ao Arcadismo pela busca da simplicidade, pelo emprego freqüente da ordem direta. Tinha predileção por versos brancos.
Lembrança rural
Chão verde e mole. Cheiros de relva. Babas de lodo.
A encosta barrenta aceita o frio, toda nua.
Carros de bois, falas ao vento, braços, foices.
Os passarinhos bebem do céu pingos de chuvas.
Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem na história
Do mundo. Sentam-se à porta as mães descalças.
É tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é triste.
A roupa da noite esconde tudo, quando passa...
Flores molhadas. Última abelha. Nuvens gordas.
Vestidos vermelhos, muito longe, dançam nas cercas.
Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de bronze.
Debaixo da ponte, a água suspira, presa...
Vontade de ficar neste sossego toda a vida:
Para andar à toa, falando sozinha,
Enquanto as formigas caminhavam nas árvores...
(Cecília Meireles)
Fugiu da característica intimista para publicar, em 1953, Romanceiro da Inconfidência, narração poética em que fundiu história e lenda e nela escreveu o mais eterno dos valores _ a liberdade _ uma das mais belas estrofes da nossa literatura.
"Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda."
Tinha, presente em seus poemas, a musicalidade como característica fundamental que lhe conferia esmero técnico, sem prejuízo da mensagem. Assim falava da saudade, tão presente em seus poemas.
De Longe te hei de Amar
De longe te hei de amar,
- da tranqüila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
é parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.
(Cecília Meireles – in Canções)
Cecília dizia que o sentido provém das palavras que têm poderes contraditórios: libertam ou prendem, são frágeis e, ao mesmo tempo fortes, transformam, condenam e perdoam:
(...)
Ai, palavras, ai, palavras
Que estranha potência a vossa!
Éreis sopro na aragem...
_ Sois um homem que se enforca!
(Romance LIII ou das palavras aéreas. In Meireles, Cecília. Obra Poética. Rio de Janeiro, Aguillar, 1958, p. 793-795)
Escreveu poemas de fundo simbolista, depois, deixou-se influenciar, de certo modo, pelo Modernismo, embora tenha resistido a romper com o passado.
Em sua evolução poética, juntou-se em determinada fase ao grupo espiritualista do movimento Simbolista-Modernista. Todavia, dona de uma poética extremamente pessoal, nunca esteve filiada a nenhum movimento literário. O que lhe confere associação ao Néo-Simbolismo é a presença constante em sua poesia de elementos temáticos recorrentes, como a insuficiência do amor, a dificuldade da própria existência, o vento, a água, o mar, o ar, o tempo o espaço, a fugacidade do tempo, a liberdade, a solidão, o espiritualismo, tudo com muita musicalidade, fundindo o ser humano e a natureza. Tais elementos dão um caráter fluido e etéreo à obra Ceciliana. Além do rigor formal, Cecília Meireles preocupava-se com a seleção de vocábulos, versos curtos e paralelismos sintáticos.
Assim foi Cecília Meireles, uma alma feminina com suas nuanças, cujos caminhos estéticos percorriam mais ligados à evolução pessoal que a movimentos.
Deu lições de como aprender com os vãos da vida e fazer vingar, através da literatura, qualquer tipo de semente neles jogada a esmo. De que, onde menos se espera, florescem a resistência e a poesia.
Fez do ato de escrever um movimento pra frente, por onde se transita com o desconhecido e se incorpora em seu sentimento o material existente e o intelectual, amalgamados à espiritualidade.
Educou sensibilidades, sim, e fez com que crianças e adultos fossem capazes de refinarem seus sentimentos, através de idéias emotivas.
Escreveu:
"Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está em minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento.
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor
e, do outro, esquecimento."
Concluindo a ideia inicial deste artigo, podemos inferir que a sensibilidade humana pode ser educada, pois como a própria Cecília disse, "não obstante o estado geral de tristezas, brotam coisas novas". Dizia que "todos os caminhos se transfiguram e que, em vez de se desenharem no chão, estavam escritos entre as estrelas."
(Meireles, Cecília. O espírito victorioso. Rio de Janeiro. Ed. Anuário do Brasil, 1929, p. 102).
Transferiu aos leitores a sua sensibilidade de mulher afeita à observação do entorno, com olhar poético. Entretanto, não se limitou a esse aspecto subjetivo de abstração, mas "pôs a mão na massa" e tomou atitudes concretas, desenvolvendo atividades e trabalhos relacionados à educação infantil, visando o desenvolvimento do intelecto e da grandeza de espírito humano de cada um. Afirmou que tudo que se relaciona com educação e ensino - desde a escola primária até a universidade - para ela foi objeto de preocupação. "A criança ama a natureza; amontoam-na em salas fechadas; quer brincar; fazem-na trabalhar" (Ferrière).
Escreveu em "A imaginação deslumbrada da criança: "Em toda criança preservada ainda dessa opressão dos preconceitos que sobre elas costuma exercer a deformadora tirania dos adultos, em toda criança que vem evoluindo livremente de dentro de si mesma com essa misteriosa orientação que faz plantas romperem as sementes para, atravessando o duro solo, realizarem em pleno sol a intenção do seu destino, mora uma alma deslumbrada, enfrentando a ida como um grande espetáculo mágico, e elaborando, diante de cada coisa que contempla, o sonho silencioso das suas próprias interpretações."
Apoiou-se em Anatole France para trazer à superfície o mundo encantado da infância. Dizia que "as belas invenções da infância são a realização de sua própria vida interior; a prática de si mesmas". Nessa prática, descobre-se que é possível abstrair sonhos entre terrenos revestidos de concreto.
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FONTES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperamento_(psicologia)
http: //www.omensageiro.com.br/cursos/csde/55.htm.
http: //www.citador.pt/textos/a-alma-transformase-em-sensações-stendhal.
HTTP://WWW.citador.pt/textos/sensibilidade-no-tom-certo-fernando-pessoa.
MEIRELES, Cecília.Obra Poética. Aguillar, p. 793-795. Rio de janeiro, 1958.
MEIRELES, Cecília. Poesia completa. Vol. I. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1997.
LÔBO, Yolanda/ Cecília Meireles. Ed. Massangana. Recife, 2010.
MARILENA, Chauí. Convite à filosofia. Ática. São Paulo, 2000
MEIRELES, Cecília. Poesias completas. 2a. Ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1976.
CASTRO, Maria da Conceição. Língua e Literatura. 3a. Ed. Saraiva, 1995
CEREJA, William Roberto/ MAGALHÃES, Thereza C. Português Linguagem. Atual, 2003.
MEIRELES, Cecília. Criança, meu amor. Nova Fronteira, 1977.
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Eis minha homenagem a Cecília Meireles, neste ano em que completaria 110 anos de vida, na segunda-feira próxima, 07 de novembro.
Dalva Molina Mansano
Novembro de 2011.
Postado por Dalva Molina Mansano às 14:17
Não, nenhum pacote, nenhuma surpresa!
Flores cor-de-rosa nem pensar, nenhuma surpresa, já disse!Porque sei que você não gosta delas.
Sim, claro, o sol. Os raios do sol, que são seus companheiros nesta viagem. São seus todos os dias e, especialmente, hoje. E, pela Providência Divina, as palavras que iluminam seus caminhos, pela verdade delas: “Eis que eu enviarei o meu Anjo, que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho, e te introduza no lugar que preparei”. (Ex. 23, 20-23).
Porque você é poeta, trago-lhe de Cecília Meireles, como se fosse um presente por ela antecipado, brilhando como os raios de sol, costumeiros em seu viver:
“Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre a mesma.
Sempre outra.
Mas sempre alta.
Sempre longe.
E dentro de tudo.”
(Cântico XIII – Cecília Meireles)
Assim, deixo a você os meus parabéns pelo dia do poeta.
Dalva Molina Mansano
2012
Postado por Dalva Molina Mansano às 22:24
REPUBL. EM 20.09.2103
23:37