A primeira impressão é que fica.

Ninguém é dono da verdade e nem todos nós somos exímios executores da língua pátria. O português exige de todos nós conhecimento amplo de todas as suas regrinhas para que possamos escrever com perfeição. Mas, convenhamos, se não cursamos a área de letras e não nos dedicamos na ocasião do ensino básico, precisamos rever nossos conceitos sobre a gramática. Sucede que não raras vezes acabamos por cometer pequenos erros que em certos casos arruínam nossa comunicação.

Eu, por exemplo, não me considero erudito nessa área da gramática, mas comungo da ideia de que temos de conhecer o mínimo necessário para não cometermos equívocos, já que a recepção de nossos pensamentos depende muito da primeira impressão sobre o que escrevemos.

Tenho visto aqui no Recanto alguns errinhos que, a princípio, parecem inofensivos, mas, no fundo, causam alguns traumas para o autor ou autora da escrita.

O objetivo de todo escritor é agradar e cativar o leitor. Temos a necessidade de encontrar boa recepção em nossas ideias. Para que isso aconteça é preciso ter alguns cuidados. A gente acaba não seguindo em frente na leitura de determinado texto quando ele anuncia um estilo, mas foi escrito em outro. Por exemplo: Alguém publica um verso na seção de aldravias. A pessoa tem de saber que tal tipo de poesia tem o seu formalismo próprio. Assim, uma aldravia só pode conter seis palavras. Mais do que isso não é aldravia. A pessoa pode publicar o texto apenas na seção poesias.

O mesmo ocorre quando alguém insere aqui no Recanto uma crônica. Evidente que a crônica difere de um artigo, por exemplo. É necessário fazer essas distinções, porque se a pessoa que conhece o estilo abrir uma crônica e achar uma poesia, ela vai se desinteressar, de imediato, quanto ao conteúdo daquele texto, visto que isso passa a impressão de que a pessoa que publicou a matéria é desqualificada pelo fato de ter feito essa confusão.

Gosto muito de contos. Para mim são estes que me despertam quando procuro aleatoriamente algo para ler aqui no Recanto. Entretanto, algumas vezes fico frustrado porque a pessoa inclui seu escrito na seção de contos e na verdade ela escreveu uma crônica.

Reputo que este cantinho virtual é muito rico para todos nós que gostamos de escrever. É aqui que a gente deixa nossa mensagem através de palavras, frases, dissertações, relatórios e muitos outros meios de expor nossa opinião sobre o cotidiano ou sobre algo que desejamos externar como ensejo literário. Não se exige que o escritor seja profissional e nem que domine a língua nacional. Isso é coisa para Academias de Letras etc. Mas, temos de ter um mínimo de atenção com relação ao estilo do texto que queremos publicar. Quando há alguma dúvida é fácil fazer uma pesquisa fazendo comparações em sites literários. O resultado é que esse cuidado nos levará ao estilo em que se encaixa nosso texto.

Não tenho pretensão alguma de menosprezar o trabalho de muitos que não trilham dessa premissa. Reconheço que algumas pessoas não tiveram a oportunidade de aprimorar seu aprendizado no que diz respeito ao formalismo da escrita. Isso não é coisa para muitos. A língua portuguesa é complexa e exige muita dedicação para que haja perfeita sintonia entre todas as regrinhas gramaticais. Levamos anos aprendendo e a cada dia aprendemos algo novo.

A dica é apenas no sentido de que os escritores deste site saibam distinguir o estilo da escrita que vão postar para a leitura. Acho que todos tem o direito de registrar seus escritos. Porém, não devemos olvidar que todos nós dependemos da recepção do leitor. Assim, é conveniente, no mínimo, que tenhamos o discernimento de postar nossos escritos dentro do estilo correto.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 11/07/2013
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