NOS NOSSOS DIAS, PODE-SE VIVER SEM LIVROS? DA RESPONSABILIDADE DE QUEM ESCREVE
“ Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.”
Mário Quintana
Poderíamos pensar à primeira vista, que os livros sejam perfeitamente dispensáveis num mundo dominado pela tecnologia, cada vez mais capaz de espalhar as ideias, as informações e ainda com uma excelente qualidade.
Mas a leitura de um bom livro é um verdadeiro lazer!
Ora o leitor é tomado pelo conteúdo, ora é ele encantado pela forma de escrever, modo de dizer, pelo estilo do autor.
A responsabilidade dos escritores e dos poetas é a de colocar seu instrumento de trabalho, a palavra, a serviço de uma boa causa. E eles devem estar sempre em guarda. Sua missão é a de não transigir com a mentira, a vulgaridade e a falta de conhecimento de seu idioma. Há que dominar a técnica, sem todavia, abandonar a linguagem do coração que, verdadeira, emociona e transforma.
Como viver sem livros? Eles estão sempre ali. Sem a precipitação do automatismo moderno. São eternos companheiros e colocam ao nosso alcance o passado histórico, nossos ancestrais, tudo enfim, que queiramos conhecer, mas de uma maneira menos apressada, mais amadurecida.
Além disso, eles estimulam a pesquisa e ativam o raciocínio, ajudando na formação de juízo.
Podem despertar em nós, gostos adormecidos ou mesmo nos convidar à meditação. Podem ainda trazer doçura a vidas amargas, divertir, contestar, enternecer, informar. E muitas vezes, comover como uma música ou um quadro.
As facilidades do progresso jamais substituirão o desfrutar de um bom livro. Sempre presente, sempre pronto, perenemente à nossa espera.
É por isso que, apesar de tantas leituras virtuais, às vezes, me vejo assaltada por uma saudade enorme daqueles antigos livros que na adolescência , eu manuseava , me deleitando tanto com o que lia.
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