Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê
Não posso deixar de tecer uma crítica pelo desinteresse da leitura que existe por parte da sociedade de um modo geral. Talvez, a palavra nem seja desinteresse pela leitura, mas, pela arte literária e os escritores.
Estive num evento literário, Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, que já está na sua VIII realização. Um evento muito bem organizado, com inúmeros patrocinadores e com muitos convidados (escritores, filósofos, críticos literários, musicais, etc.). Enfim, um evento de grande divulgação nacional e importância para a literatura brasileira no geral. Vários estandes com diversas editoras brasileiras.
Pode ser coincidência, mas, o dia em que fui visitar era num sábado a noite e neste dia o convidado foi o escritor João Ubaldo Ribeiro. Para aqueles que não o conhece deixo abaixo uma breve biografia deste escritor:
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (Itaparica, 23 de janeiro de 1941) é um escritor, jornalista, roteirista1 e professor brasileiro, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras. É ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.2 Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha.3 É autor de romances como Sargento Getúlio, O Sorriso do Lagarto, A Casa dos Budas Ditosos, que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos,4 e Viva o Povo Brasileiro, tendo sido, esse último, destacado como samba-enredo pela escola de samba Império da Tijuca, no Carnaval de 1987.5 É pai do ator e VJ da MTV Bento Ribeiro.
Pois bem, o que me chamou atenção foram dois pontos:
Primeiro; um número inexpressivo de público, isto é, num sábado a noite, onde normalmente, as pessoas saem com suas famílias para o lazer, penso natural que a feira estivesse um número expressivo de visitantes, o que não constatei.
Segundo; o pequeno número de pessoas na plateia durante a palestra do então, escritor João Ubaldo Ribeiro, com vários acentos vagos. Diga-se de passagem, que o convite para participar da palestra foi doação de um livro por pessoa, independente o preço. Porém, mesmo assim, o teatro não atingiu o número máximo de público com muitos acentos vagos.
Diante deste quadro a interrogação que fica é: Como anda nossa literatura?
Fiquei imaginando, se ao invés de um escritor ou feira do livro fosse um festival de musica e lá estivesse um cantor na qualidade proporcional ao escritor João Ubaldo, como seria a participação? No teatro, caberia espaço para tanta plateia?
Enfim, esta é a realidade literária brasileira, uma arte que a meu ver precede a maioria das artes. Pois, considero a literatura, matéria prima para as mais diversas artes como a musica, o teatros, cinema, etc. No entanto, tão desestimulada e ignorada pela sociedade.
Como desejar construir uma cultura literária no Brasil nestas condições? Onde observamos um total desinteresse da sociedade e aqui destaco os educadores, e tantos outros profissionais dos diversos segmentos que estão ligados diretamente com a educação e conhecimento literário.
Monteiro Lobato já dizia que a "Um país se faz com homens e livros". Mas, como então, construir um país se ele ignora seus escritores e não se interessa pelos livros? Monteiro Lobato também diz: Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê. Como desejar um povo independente, democrático sem uma cultura literária?
Portanto, é fundamental que o país, repense e crie projetos que visam sua sociedade e ler mais. Conhecer seus grandes escritores desde aqueles de outrora como os contemporâneos. Conhecer tantos os famosos que tem muito a ensinar a esta geração de novos escritores quanto os que estão iniciando na arte literária e possuem grandes obras, porém, são ilustríssimos anônimos. Estes projetos não devem apenas estimular as crianças nas escolas, mas sim os alunos nas faculdades, principalmente, os cursos cujo objetivo é a formação educacional dos alunos como os profissionais da Educação (professores, pedagogos).
Em suma, termino novamente com a frase de Monteiro Lobato “Um país se faz com homens e livros” Monteiro Lobato.
Não posso deixar de tecer uma crítica pelo desinteresse da leitura que existe por parte da sociedade de um modo geral. Talvez, a palavra nem seja desinteresse pela leitura, mas, pela arte literária e os escritores.
Estive num evento literário, Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, que já está na sua VIII realização. Um evento muito bem organizado, com inúmeros patrocinadores e com muitos convidados (escritores, filósofos, críticos literários, musicais, etc.). Enfim, um evento de grande divulgação nacional e importância para a literatura brasileira no geral. Vários estandes com diversas editoras brasileiras.
Pode ser coincidência, mas, o dia em que fui visitar era num sábado a noite e neste dia o convidado foi o escritor João Ubaldo Ribeiro. Para aqueles que não o conhece deixo abaixo uma breve biografia deste escritor:
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (Itaparica, 23 de janeiro de 1941) é um escritor, jornalista, roteirista1 e professor brasileiro, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras. É ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.2 Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha.3 É autor de romances como Sargento Getúlio, O Sorriso do Lagarto, A Casa dos Budas Ditosos, que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos,4 e Viva o Povo Brasileiro, tendo sido, esse último, destacado como samba-enredo pela escola de samba Império da Tijuca, no Carnaval de 1987.5 É pai do ator e VJ da MTV Bento Ribeiro.
Pois bem, o que me chamou atenção foram dois pontos:
Primeiro; um número inexpressivo de público, isto é, num sábado a noite, onde normalmente, as pessoas saem com suas famílias para o lazer, penso natural que a feira estivesse um número expressivo de visitantes, o que não constatei.
Segundo; o pequeno número de pessoas na plateia durante a palestra do então, escritor João Ubaldo Ribeiro, com vários acentos vagos. Diga-se de passagem, que o convite para participar da palestra foi doação de um livro por pessoa, independente o preço. Porém, mesmo assim, o teatro não atingiu o número máximo de público com muitos acentos vagos.
Diante deste quadro a interrogação que fica é: Como anda nossa literatura?
Fiquei imaginando, se ao invés de um escritor ou feira do livro fosse um festival de musica e lá estivesse um cantor na qualidade proporcional ao escritor João Ubaldo, como seria a participação? No teatro, caberia espaço para tanta plateia?
Enfim, esta é a realidade literária brasileira, uma arte que a meu ver precede a maioria das artes. Pois, considero a literatura, matéria prima para as mais diversas artes como a musica, o teatros, cinema, etc. No entanto, tão desestimulada e ignorada pela sociedade.
Como desejar construir uma cultura literária no Brasil nestas condições? Onde observamos um total desinteresse da sociedade e aqui destaco os educadores, e tantos outros profissionais dos diversos segmentos que estão ligados diretamente com a educação e conhecimento literário.
Monteiro Lobato já dizia que a "Um país se faz com homens e livros". Mas, como então, construir um país se ele ignora seus escritores e não se interessa pelos livros? Monteiro Lobato também diz: Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê. Como desejar um povo independente, democrático sem uma cultura literária?
Portanto, é fundamental que o país, repense e crie projetos que visam sua sociedade e ler mais. Conhecer seus grandes escritores desde aqueles de outrora como os contemporâneos. Conhecer tantos os famosos que tem muito a ensinar a esta geração de novos escritores quanto os que estão iniciando na arte literária e possuem grandes obras, porém, são ilustríssimos anônimos. Estes projetos não devem apenas estimular as crianças nas escolas, mas sim os alunos nas faculdades, principalmente, os cursos cujo objetivo é a formação educacional dos alunos como os profissionais da Educação (professores, pedagogos).
Em suma, termino novamente com a frase de Monteiro Lobato “Um país se faz com homens e livros” Monteiro Lobato.