CARTÃO de NATAL

O Natal é lembrado através de vários sinais marcantes e, entre eles, destaco o cartão, que expressa os nossos sentimentos. Sendo tantos os sentimentos presentes é difícil imaginar o Natal sem ele.

A introdução do cartão de Natal se deu na Inglaterra, por volta de 1845, através do artista W. C. T. Dobson que, no Natal daquele ano enviou aos amigos litografias como mensagens e felicitações alusivas ao evento. O cartão foi criado com a finalidade de expressar o pensamento através de mensagens que representam o sentimento natalino. Nas palavras de Pedro Du Bois, “Poesias/ transcendem / palavras: // amizade / realização / amor / esperança/ perdão...”

Trocar cartões no Natal é a forma mais gentil e elegante de desejar boas festas aos amigos. Até hoje exibimos os cartões recebidos, uma maneira de demonstrar o quanto gostamos de receber as mensagens dos amigos e parentes, como demonstra Ivo Gomes de Oliveira, “Feliz Natal //... Que a harmonia seja sentida / No instante vivido / No poema da vida...”

A nossa contribuição cultural deve ir além, procurar conhecer e respeitar as regras existentes para envio e o recebimento dos cartões, para o que contamos com as especialistas Maria Ana Forbes e Cláudia Matarazzo, que mostram a forma correta de enviar e retribuir os cartões, sem cometer gafes. Elas aconselham que o envio do cartão seja feito a partir do dia primeiro de dezembro e até dez dias antes do Natal. Os cartões devem ser remetidos apenas para os familiares e os amigos mais próximos. É importante responder a todos os cartões, mesmo os recebidos na antevéspera do Natal. A mensagem de retribuição vale até 15 de janeiro e não deve ser feita via telefone e internet..

Quem recebe o cartão percebe a vida em dimensões diferentes, em outro patamar de demonstração de carinho, de amor ao próximo. As palavras causam as melhores intenções e são sensíveis ao olhar, e nelas acreditamos. A magia do Natal está nas palavras, elas iluminam os nossos corações.

Precisamos das palavras para perceber o quanto elas nos encantam, porque no Natal abrimos nossos corações e nos permitimos sentir a alegria e o amor. E ainda, acolher e compartilhar com o próximo o segredo de amar de maneira sincera e desinteressada, que é antes dar para depois receber.

Investimos na cultura do Natal para iluminar ainda mais o todo em todos, como em Giuseppe Ungaretti, “... Acolho este / dia como / o fruto que se adoça...”