A Esfinge Clariciana...
Ainda inebriada de prazer,me ponho a escrever esse texto,que será muito curto e ao mesmo tempo longo de argumentos.Não venho falar de nada muito pouco visitado,ao contrário,venho falar de algo que é tão bem visitado que parece está sempre disposto a mais.Na verdade não é um algo,mas sim,um alguém,para ser mais precisa,uma mulher.Uma mulher no amplo sentido no termo,que soube ser feminina até nos pequenos detalhes,nos mais simples,nos menos significativos.Uma mulher de tamanha força e atração,que enlouqueceu até os mais equilibrados,ou que achavam que fossem.Me refiro nessas linhas modestas a mais brilhante escritora de todos os tempos, a Dama das letras brasileiras,ao símbolo maior de mistério de que se tem notícia,me refiro a figura emblemática e avassaladora de Clarice Lispector.Já o seu nome provoca impacto,algo forte,seco e fluído.Uma escritora com tantos atributos,com tantas nuances e tantos sentimentos,só deveria ter um nome assim mesmo,que fosse tão forte e conciso quanto sua vida.Clarice teve uma vida que vez ou outra,se misturava a sua literatura,por isso,não se sabe ao certo,se era a vida que bebia da arte ou arte que bebia da vida,ela nunca deixou isso claro.O que se sabe sobre o assunto é o que a própria disse: “Sou tão misteriosa que não me entendo”.Assim era,misteriosa,atraente e fascinantemente mulher.Vaidosa como todas e com o mesmo desejo de amor que as mulheres “mortais” nutrem.Clarice era um mistério sem nome,uma esfinge,um ser tão difícil de traduzir que chegava a ser atraente.Que homem não gosta de um bom mistério?Que homem não gosta de ter a sensação de está pisando em terras desconhecidas?Talvez tenha sido isso que transformou Clarice num ser cultuavel,num ser adorado.Clarice foi e sempre será uma lenda,um mito e um objeto de desejo.Eternamente Clarice Lispector.