VICIO E VIRTUDE.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Vício não é virtude. Neste sentido, há conceitos interessantes e objetivos, senão vejamos: Vício começa pelo prazer e termina com a dor; virtude começa pela dor e termina com o prazer. Deste modo, a gente pode compreender melhor as expressões que nos enchem os ouvidos no dia-a-dia, principalmente quando se tenta dar outros contornos ao conceito. Há quem diga que há diferença entre vicio e hábito. Não vemos assim, porque de certa maneira, o próprio vício adquire um componente habitual, senão não se estabelecia. Nesse mesmo viés, há quem diga que vício é um mau hábito e, deste modo, o hábito estaria condicionado a ser bom.
Essa confusão conceitual é uma prova de como nosso idioma se permite às diversas interpretações terminológicas para um mesmo fato, ou emprega vários fatos para uma mesma interpretação do termo. É o caso do vício que nem sempre se concebe ruim – “Fulano é viciado em trabalho”. Não há mal em que alguém seja muito trabalhador, mas esse conceito desta forma é equivocado. Por outro lado, o alcoolismo é um vício legítimo, pois começa pelo primeiro gole que dá prazer e se agrava, entrando paulatinamente na dor. Há uma canção popular que diz “meu vício é você”. Pode ser que essa pessoa, de fato, tenha virado um vício no sentido real da palavra, ou seja, começou dando prazer, mas agora só dar dor de cabeça. No caso de ser um vício no pseudo sentido bom, tá errado.
Assim, podemos conceituar em acordo com Margaret Mead, ou seja, dentro do que anteriormente já nos referimos, pois é essa a conceituação defendida por essa importante Antropóloga. O que acrescentamos é o hábito. Pra Margareth há o vício e a virtude. Acrescento que a virtude pode ser alternada pela expressão hábito. Dito diferente: todo vicio é ruim, toda virtude é boa, tal qual o hábito que só existe se for bom. Sendo mal é vício.
Deste modo, embora entendendo as dificuldades da língua, não podemos nos prender aos conceitos como forma de retratar uma realidade concreta. Mas, sem os conceitos a gente não pode definir nada, cientificamente. Talvez o que seja preciso é a ênfase no fato de que um conceito é um campo teórico, mas “nada mais prático do que uma boa teoria”...
Essa confusão conceitual é uma prova de como nosso idioma se permite às diversas interpretações terminológicas para um mesmo fato, ou emprega vários fatos para uma mesma interpretação do termo. É o caso do vício que nem sempre se concebe ruim – “Fulano é viciado em trabalho”. Não há mal em que alguém seja muito trabalhador, mas esse conceito desta forma é equivocado. Por outro lado, o alcoolismo é um vício legítimo, pois começa pelo primeiro gole que dá prazer e se agrava, entrando paulatinamente na dor. Há uma canção popular que diz “meu vício é você”. Pode ser que essa pessoa, de fato, tenha virado um vício no sentido real da palavra, ou seja, começou dando prazer, mas agora só dar dor de cabeça. No caso de ser um vício no pseudo sentido bom, tá errado.
Assim, podemos conceituar em acordo com Margaret Mead, ou seja, dentro do que anteriormente já nos referimos, pois é essa a conceituação defendida por essa importante Antropóloga. O que acrescentamos é o hábito. Pra Margareth há o vício e a virtude. Acrescento que a virtude pode ser alternada pela expressão hábito. Dito diferente: todo vicio é ruim, toda virtude é boa, tal qual o hábito que só existe se for bom. Sendo mal é vício.
Deste modo, embora entendendo as dificuldades da língua, não podemos nos prender aos conceitos como forma de retratar uma realidade concreta. Mas, sem os conceitos a gente não pode definir nada, cientificamente. Talvez o que seja preciso é a ênfase no fato de que um conceito é um campo teórico, mas “nada mais prático do que uma boa teoria”...