O segredo para degustar boa quantidade de sal junto à pessoa amada (o).
Pedreiros e serventes faziam uma melhoria no muro do lado de um vizinho, em minha casa, na colocação de uma piscina. Em comum acordo, decidimos aumentar a altura do mesmo e edificação de mais segurança. Em minha visita de inspeção do serviço, surgiu à conversa sobre relacionamentos de casais. Divórcios separações e as complicações oriundas destas situações.
O servente de pedreiro, um senhor já idoso, e pai do pedreiro chefe, ilustrou a conversa com um caso interessante que presenciara ao longo de sua vida que consta: Um amigo seu desde os tempos de infância, contara que vivia um casamento há 50 anos, e nunca houvera a menor briguinha possível, e vivendo todos estes anos em completa harmonia, sem o menor desentendimento.
Era comum vê-los não só em casa, como em qualquer lugar que estivessem se notar um completo chamego e um verdadeiro casal de pombinhos. Eram fumantes e quando o marido tinha vontade de fumar e acendia um cigarro, depois de algumas fumadas, passava para a esposa, que completava a tarefa. Quando tomava café ou outra bebida, faziam o mesmo, deixando a metade um para o outro o que se dava quando degustava qualquer iguaria, um repartia com o outro. Demonstravam completa felicidade por estarem juntos harmoniosamente, juntos, numa completa cumplicidade e exemplo, não só para os filhos, como para todos que o cercavam no cotidiano da vida.
Certa feita o casal foi indagado. Todo este tempo e vocês nunca tiveram desentendimentos? Sim não tivemos. Qual o segredo então? Olhe oportunidade de desentendimentos houve, porem aprendemos tolerar um ao outro. Quando ela demonstra estar nervosa e propensa a discussões eu abaixo o meu tom, desconverso e saio e ela também o faz, assim vice e versa e quando os ânimos estão mais em calmaria, conversamos numa boa e resolvemos a questão harmoniosamente, conforme os ditames do bom senso, do equilíbrio, conforme quer o nosso pai Maior, Deus.
Lembrei que também os meus pais, viveram casados harmoniosamte 50 anos e alguns meses, não chegaram a tanto como este casal do exemplo acima, porem chegaram perto. Não sei onde a minha mãe encontrava tanta energia, pois tinha o habito de fazer o café da manha e levar na cama para o meu pai, que tomava o café, seguido de um cigarro, ao despertar. Incrivelmente durante todos esses mais de 50 anos que viveram juntos e de casamento, ela era quem fazia o prato do meu pai, tanto no almoço como no jantar, levando-o na mesa. Eles tinham total entrosamento e sensibilidade, ou transmissão de pensamentos, que ao confeccionar o prato, sem falar nada saia do jeito que era do seu agrado e gosto.
Os casais modernos, muitos com nervos a flor da pele, às vezes, desmancham futuros brilhantes, deixam os filhos desalojados, complicam relacionamentos que poderiam ser duradouros, por simples caprichos ou pequenas minúcias, pequenas falta de tolerâncias, em favor não só brilho e alegria dos filhos, melhor engajamento como também da saúde, prosperidade e bom viver do casal. Não esquecendo ainda que juntos a prosperidade fossem maior e poderiam muito bem auferir mais vantagens, juntos, na condução da prole.
Frutal/MG, aos 02 de junho de 2012.
José Pedroso