Esse ditado popular da Bahia serve ,especialmente,aos escritores.
Todos aqueles que sonham escrever um livro ,vivem mergulhados num emaranhado de dúvidas,algumas saudáveis,outras paralisantes,mas,ambas muito preocupantes no sentido de tolher a realização.
Existe uma diferença muito grande entre o desejo e o sonho.
Quem sonha em fazer seu livro ,fica eternamente dominado pelo “vamos ver”,quem sabe?” ,eu queria”,”talvez”, “dará certo?” e todas essas correntes que castram a ação paralisando o futuro provável escritor que acaba não fazendo nada porque,Deus não ajuda o homem que não age.
Já quem deseja fazer seu livro e torná-lo público – ou seja publicá-lo –une o pensamento á ação.
Primeiro, busca recursos,aperta o orçamento,diminui as cervejas das sextas feiras,corta viagens,começa a se vestir nas lojas populares de custo mais baixo que as “griffes”, enfim,se programa, faz um orçamento.
Após medir o tamanho do seu bolso sai em busca de editoras, cujas propostas coincidam com o que pode gastar.Os orçamentos das editoras que trabalham recebendo um pagamento dos autores têm orçamentos , serviços e condições de pagamento diferentes e, dentre esses ,algum há de lhes servir.
Igual a tudo na vida é importante dar o primeiro passo.
Livro é um negócio, uma mercadoria e,como tal,tem riscos. A gente nunca vai saber se daria certo se não tentar.
Para os diversos gêneros literários existem leitores;ficção, poesia,contos,crônicas,artigos,livros científicos ou didáticos,literatura infanto – juvenil, terror,eróticos,há público para todos.
Escolha seu segmento e vá em frente.
Muitas vezes a falta (ou excesso) de confiança do futuro escritor ,atrapalha um pouco.
Há quem queira começar imprimindo 1000 exemplares.
Quando me bato com um assim sempre lhe pergunto:
- Você tem família grande?
Parece jocoso ou cruel ,mas,é necessário para evitar riscos desnecessários.
Conheço centenas de pessoas que fizeram muitos exemplares os quais,hoje,encontram-se encaixotados debaixo da cama.E o cara desistiu de vez da literatura.Traumatizado!
Como a primeira fornada de um livro é a mais cara – pois entra diagramação,capa,copydesk,ISBN –aconselho os autores que me procuram a fazer,de início,20 a 50 livros.
A segunda remessa se torna mais em conta,pode-se praticar um preço mais acessível e,esgotado o estoque,fazer outros,que,na Pimenta Malagueta será entregue em 15 dias.
E,você,amigo, já pensou no impacto psicológico entre seus amigos e parentes?
- Puxa, o livro de Fulaninho esgotou no primeiro dia!
Não é uma frase gostosa de se ouvir?
Agora,deixa eu te falar de um mico pelo qual todo internauta passa; confiar nos amigos,leitores e seguidores na Net.
Ao contrário do que a gente pensa internautas não compram livros; pelo menos,os nossos livros.
Eu até vendi alguns para leitores cativos,mas, não pensem que é fácil.
Se fosse ,eu que tenho milhares de leitores na rede –entre sites,jornais e blogs – seria hoje um best-seller.
Aqui ,na Pimenta, procuro ajudar nossos autores a vender suas obras,mesmo porque,apesar de sermos pagos para isso,só publico os livros que eu mesma compraria.
Então,coloco os livros nas livrarias,apresento-os nos eventos literários, nas escolas e universidades,feiras e bienais (apesar de considerá-las apenas uma vitrine),estou criando uma loja virtual e ,sempre que possível ,quero aparecer nos lançamentos na cidade dos autores.
Mas, o livro é um produto que precisa ser trabalhado.
Pode ser bem aceito pelo público ou não; mas,só saberemos se nos arriscarmos a publicar.