Análise do poema "Uma taça feita de um crânio humano" do Lord Byron.

Uma taça feita de um crânio humano

[O título parece celebrar a morte do ser humano, um ser mesquinho e ganancioso, que só serviu para alguma coisa, depois de sua morte. Seu crânio servil pelo menos de taça de vinho para alegrar a vida de quem está tedioso deste mundo].

"Não recues! De mim não foi-se o espírito...

Em mim verás - pobre caveira fria -

Único crânio que, ao invés dos vivos,

Só derrama alegria.

[Como um crânio, uma caveira que é sinal de morte, pode derramar somente alegria ao invés de quem está vivo?

“Não foi-se o espírito”, a caveira ou o crânio não estão mortos?

O Fato de o crânio derramar alegria para os amargurados de espírito, aqueles que vão as tabernas beber para esquecer de suas amarguras, sofrimentos. Pois o crânio leva a bebida, o elixir que traz alegria para essas pessoas ].

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte

Arrancaram da terra os ossos meus.

Não me insultes! empina-me!... que a larva

Tem beijos mais sombrios do que os teus.

[Eu sou como você apesar de não possuir um corpo, eu vivi como você, amei e bebi, ou seja, eu curti a vida do jeito que você curte agora. Quando morri, fui tirado da terra para servir de taça para você, não me xingue, pois não tenho culpa, eu não sou mal como os homens. É melhor servir como taça para seus lábios que apesar de imundos, não são tão nojentos quanto das larvas].

Mais vale guardar o sumo da parreira

Do que ao verme do chão ser pasto vil;

[ Mais vale na terra ter algum valor, guardar aquilo que lhe é importante e quem tem merecido valor, servir de alguma coisa, do que não ter valor algum nem para o verme que comerá a sua carne].

- Taça - levar dos Deuses a bebida,

Que o pasto do réptil.

[Melhor beber, curtir a vida, do que no fim só servir de comida para os vermes, algo que não tem tanto valor].

Que este vaso, onde o espírito brilhava,

Vá nos outros o espírito acender.

[Que eu, mesmo depois de minha morte, seja lembrado, isso me lembra as conquistas de Tróia. Byron queria ser lembrado assim como Aquiles , que foi lembrado na guerra de Tróia. Só que Byron lutou na guerra da Grécia, afim de ter seu nome perpetuado].

Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro

...Podeis de vinho o encher!

[Que meu crânio sirva pelo menos como taça para tu tomardes vinho e celebrar-lhes a tua vitória. Pois já que não tem nada mais dentro, que pelo menos te sirva de taça].

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,

Quando tu e os teus fordes nos fossos,

Pode do abraço te livrar da terra,

E ébria folgando profanar teus ossos.

[Faça isso enquanto é tempo, pois a morte também virá para ti e os teus companheiros e quando vocês forem para a cova e algum bêbado também profanar os teus ossos, como vocês fazem com os meus agora].

E por que não? Se no correr da vida

Tanto mal, tanta dor aí repousa?

É bom fugindo à podridão do lodo

Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!... "

[E qual o sentido da vida, se há tanto mal, tanta dor dentro de você, a morte é um refúgio para aqueles que em vida não serviram para nada e agora enfim, você servirá para alguma coisa].

Análise, Dayana Silveira.

Obs.: Esta análise, é meu ponto de vista sobre o texto. O que o autor disse, não tenho como saber nem por voodoo.

Um texto literário sofre várias interpretações, não é um texto fixo.Portanto, cada um que ler este poema vai entender de outra maneira ou de forma semelhante.

Dayanabsilveira
Enviado por Dayanabsilveira em 03/05/2012
Reeditado em 03/05/2012
Código do texto: T3647611
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