caminhos da vida

Estava ali diante de mim, lado a lado, no vidro espelho das montras das lojas, apreciava as modernidades, sem meios para satisfazer obrigaçoes nem obrigatoriedades e, quem me dera desejos...quando logo, uma companhia destas que agente nao espera surpreende-me.

Na lentidao do devagar, na pressa da presença ao destino me apressava nas conversitas banais, encurtando o desejo de palavrear mais assuntosque interessasem. De repente, antes de pensar em pensar uma realidade desleal para o lumiar da adolescencia. Dessas atiradas para a rua como consequencia do divorcio de seus pais e, sem ter que ficar com a mae ou o pai, ficou parente das avenidas, lembrei-me facilmente daquela carra pois, mesmo no escuro das noites em que brincavamos as escondidas consseguia destinguir.

Nem o tempo me fez esquecer aquela companheira de infancia, vivia mesmo na minha rua, la para os bairros de semi-latas, semi-urbana de vedaçoes de lata e caniço, la no areal e na poira, onde a luz electrica é a lua.

O pai já velho, mais do passado do que do presente, herdeiro de memorias do temapo colonial. O pai fora iluminador de bilhetes nas salas de cinema, conhecia os quatro cantos da sala "Charlot" palelidamo-lo de Charles para desviar seu entendimento e possiveis represarias. Sustentava sua familia organizando fileiras e separando os maiores dos menores de dezoito anos até a era em que as salas de cinema viraram salas de cultos religiosos.

Da mesma maneira que o bilhete, cortou o amor, as filhas escolheram a mae e o pai em simultaneo até nao escolherem nehum dos dois e a rua tomou conta do sustento dos rebentos.

As vezes o que esperamos da vida nao sao so esperanças, mas tambem surpresas, o destino as vezes passa por quadrantes que esculpem a minha mente de maneiras pouco decentes.

Disse-me que era a segunda, a criança que trazia no colo, a outra estava nao sabia onde, a que ví andava de pé a pique, tinha os dedos cheios de matequenhas. Oprincipio da vida daquela criança mostrava logo que o divorcio continuava a se fazer sentir mesmo nos netos. Defendo a vida, mas ha coisas tristes que nos fazem pensar noutros destino

Albano Jone
Enviado por Albano Jone em 24/02/2012
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