Narizes empinados

É interessante observarmos atentamente certos tipos de comportamentos que às vezes levam determinadas pessoas – não todas - ao cúmulo da bizarrice, pra não dizer acima daquela total e inimaginável babaquice... – E olha que essa antissocial doença denominada de macaquice poderia pegá-lo desprevenido, ou seja: de calças curtas. Ah, como o...!

Porquanto, somente lhe antecipo: - Que tome muito, mais muito cuidado mesmo, viu! Recomendo que as deixe pulularem à copa de uma pacobeira e sintam o fruto dessa nanica bobeira... – Estou falando do fruto da bananeira, ok? - Aquela -, é claro! Mas, por favor, não pense tamanha besteira!... Pois, sou um sujeito pra lá de sério e sequer ouso por aí ficar falsamente dando rasteira... - Não vivo de sacanagem e nem fico à beira... - Guarde este meu pensamento só para os pagodeiros... Só não vale comentar o improvisado conteúdo a terceiros, quiçá aos badalados fofoqueiros... Deixe-me agora continuar com o raciocínio, se não eu o perco... “Aí ó! ’...

Não contente com tudo isso, tais gentalhas ainda andam pelas vielas da vida de narizes empinados com os rostos totalmente esbugalhados... Pelas marquises da tão nobre e efêmera existência desfilam-se ostentando a realeza da insana ignorância transparecendo mais doutoras da prepotência do que da própria impertinência...

Pra dizer a verdade, tenho pena desses beija-flores que volitam de galho em galho como se fossem a última “bolacha do pacote”, pois a qualquer momento terão os seus empinados bicos inteiramente por um jacarandá florido quebrados. Ah, se terão... – Não é praga, não!... - Ao contrário: desejo sorte e ainda rezo por elas... É fato! - Acredite se puder...

Não almejo tamanha aspiração a ninguém. Explico: - É porque à medida que elas alçam o alto voo das ilusórias disparidades, mais falsas aparências por aí não só espaventam umas apavorantes displicências, como também borrifam ao léu as suas malfadadas e irresolvidas indecências...

Metamorfoseiam-se aos descompassos do cinismo. Aos pescoços umas melancias, ao meu jugo, deveriam dependurar... Eriçam as belas plumas à sociedade alternativa que para si maquiavelicamente cunharam, quais cisnes à lagoa da penumbra se vestem de uns nodosos palhaços nas mais difusas e brutais de todas as cores...

Podem até embelecê-la afastando a cor natural da morbidez do espelho d’água. Porém, jamais ocultariam as fraquezas do espírito que ora os olhares mais refinados com uma irreverência inaudita ao bel prazer as enxergariam e, em conluio com as brisas mais fragrantes, às narinas desavisadas bem depressa o mau cheiro as despertariam...

O que diria o abstrato cotidiano, quando ao púlpito divino o barulho da sentença do martelo sobre o tablado a urdida sentença alcançá-las e assim a máscara à realidade do picadeiro descaradamente vir à baila?... Lembrar-se-ão, com certeza, do tempo em que comeram de dia às escondidas o pútrido “ovo” e à noite abertamente arrotaram aquele enfastioso “caviar”... Oh, que tristes sombras!... Oh, que pálidas almas!...

A este preâmbulo sem mais delongas a cortina fecho e, às pressas, o findo antecipando-lhe, desde já, que não sou um terapeuta ou psicólogo para desvestir tantos santos e nem sequer me aventuro neste exato momento a deflagrar uma guerra santa vestindo outros tantos... Para mim chega de Freudismo... Deixo também de lado todo este desfolhado Behaviorismo..., embora mantenha essa aviltante verdade a você, leitor, para que expurgue com jeito do seu messiânico dicionário recheado de experiência totalmente inundado de ‘ismo’ e abandone todos no mar da escuridão os adeptos deste salpicado e sufocante histerismo...

Pálido poeta
Enviado por Pálido poeta em 13/01/2012
Reeditado em 24/04/2012
Código do texto: T3439109
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