SÍMBOLOS DO NATAL: de onde vêm essas tradições?

Decorar a casa com arranjos natalinos é demonstração de carinho para com os familiares e os amigos. As crianças, desde cedo, aprendem a cultivar essas tradições. A hora de montar e escolher os enfeites é momento de reunião e magia. Mas, de onde vêm essas tradições? Sandra Siciliano, estudiosa da simbologia, diz que os objetos e adereços natalinos tem significados especiais e explica as origens dos sinais mais marcantes do Natal:

Dezembro: o solstício de inverno (no hemisfério norte). A estação representa o começo do ciclo e a preparação para o nascimento do rei sol, que traz luz.

Árvore de Natal: eram utilizadas para reverenciar as divindades, na mitologia grega. Conta a lenda que havia três árvores próximas ao presépio: uma oliveira, uma tamareira e um pinheiro. A oliveira ofereceu azeitonas; a tamareira, suas tâmaras; mas o pinheiro não tinha nada para ofertar. Lá do alto, as estrelas desceram do céu e pousaram sobre os galhos do pinheiro oferecendo-se como presente.

Velas: o fogo é usado por diversos povos para exorcizar os maus espíritos.

Guirlandas: representam a mandala, um diagrama de círculos e quadrados, considerada a chave para que o homem se conscientize das qualidades que o pendem ao eterno ciclo de nascimentos e mortes.

Folhas: o azevinho, utilizado para simbolizar o flagelo de Cristo; o visco e a hera eram considerados plantas mágicas pelos druidas, antigos sacerdotes gauleses e bretões, porque se mantém verdes em pleno inverno.

Estrelas: simbolizam a luz permanente.

Presentes: durante a festa em honra ao rei Saturno, dos romanos, em dezembro eram distribuídos presentes ao longo do mês.

Cores: o ouro ou os metais dourados são associados ao Sol. O verde é a renovação, a cor que tem o poder de regeneração e de se transformar em energia vital. O vermelho está associado ao fogo e ao amor divino.

Papai Noel: o ancestral do Papai Noel é São Nicolau, que foi bispo de Myra, no século IV. Era um homem bondoso que se comprazia em presentear os pobres. Foi o cartunista Thomas Nast, no século XIX, quem criou as feições rechonchudas e o figurino que conhecemos hoje.

Cartões de Natal: foram impressos pela primeira vez na Inglaterra, por volta de 1845, pelo artista W.C.T.Dobson. No Natal daquele ano, ele enviou aos seus amigos litografias com mensagens de felicitações.

Presépio: o verdadeiro significado do Natal retrata o nascimento de Jesus.

As tradições natalinas enfeitam as festas com o toque dos arranjos, transformando a casa num espaço mágico. No Natal reúnem-se a alegria e a celebração que encantam o mundo. E, cada pessoa, cada família comemora o Natal através desses símbolos que, em poucas palavras, demonstram que:

Natal é reflexão

Natal é espírito lúdico

Natal é encontro marcado

Natal é dar e receber

Natal é paz e alegria

Natal é amar e ser amado