Templo de Salomão - Maçonaria

Na acepção maçônica, este templo e místico. É a imagem e representação de Universo e de todas as maravilhas e perfeições da criação, e a Maçonaria o tomaram como protótipos para ministração de seus ensinos e aplicação simbólica de suas doutrinas. Na Bíblica, é o templo que o famoso rei de Israel mandou erigir em Jerusalém, sobre o monte Moriah (II. Crôn. 3:1), e cujos dados Arquitetônicos a Maçonaria adotou para a formulação e perpetuação de seu simbolismo. Este templo compreendia três partes: o pórtico ou vestíbulo, onde se erguiam as duas colunas Jachin (“Ele estabelecera”) e Boaz ou Booz (“Força Interna”); o Santuário onde se achavam o candelabro, , a mesa dos pães e o altar de ouro para os perfumes. E o Oráculo ou lugar Santíssimo que guardava a Arca. As duas ultimas, portas de madeira de oliva, das quais pendia uma cortina de varias cores e com desenhos de querubins e flores. O lugar Santíssimo era uma pequena câmara quadrada, iluminada apenas pela luz que ali penetrava pela porta de entrada e tendo instaladas duas enormes figuras de querubins feitas de ouro e colocadas uma em cada lado da Arca, que cobriam com as suas asas. (Cf. I. Reis, caps. 6 e 7; Mistérios Judaicos.)

Templo de Zurubabel, ou Segundo Templo. No ano de 536 a.C., Ciro, rei da Pérsia e conquistador da Babilônia, permitiu aos expatriados judeus regressarem ao seu pais e ali reedificarem o seu Templo. Como a destruição deste tenha sido total, tiveram de edificar um segundo, cujas dimensões eram o dobro das do primeiro. Esta edificação durou vinte e um anos, por causa da oposição levantada contra os reconstrutores pelos samaritanos, dessentidos dos judeus desde a divisão de seu reino em 976 a. C.. (Reis 12: 16-20; Esdras, caps. 1 a 6). Toda a lenda do cativeiro e libertação do povo judeu e da construção do segundo Templo é alegoricamente perpetuada no 4º e ultimo grau (Santo Real Arco) da Maçonaria do Santo Real Arco, e incorpora misticamente, um ensino ou etapa superior ao da lenda da construção do primeiro Templo, o de Salomão. Alguns autores também atribuem á fase de reconstrução do Templo em meio de lutas contra seus obstrutores samaritanos, a origem do duplo símbolo da espada e trolha usadas pelos recipiendarios, ao prestarem seu Juramento, da Real Ordem da Escócia, agora mais conhecida como Ordem Real de Heredon de Kilwinning, bem como em outros rituais escoceses, simbolizando a busca da “Palavra inefável há longo tempo perdida”. No entanto, dado o seu significado místico, é bem mais antiga a origem desse duplo símbolo, pois a Trolha significa a pacifica e nobre edificação de nosso caráter no ápice de nossa natureza superior, e a Espada, a perpetua luta que para isso temos de travar valentemente contra a sistemática oposição e rebeldia de nossa natureza inferior e mortal. (Cf. Mistérios Judaicos.).

Então o nosso templo é representado por um quadrilongo, obedecendo a priori as medidas bíblicas que cita 40 côvados de comprimento (17,8 m) por 20 côvados de largura (8,9 m) e 30 côvados de altura (13,4m), porem mais simbolicamente, estruturalmente e arquitetonicamente, já que hoje nossos espaços e finanças, restringem as aventuras de fazer replicas do Templo de Salomão, conforme detalha a Bíblia em Reis, e nossa historia Maçônica.

Sempre costumo dizer da importância do simbolismo dos nossos templos e da importância que eles representam cujas medidas simbólicas vão do norte ao sul e leste a oeste e do centro da terra aos confins do Universo.

Estamos no templo, um lugar Santo de recarregamento das nossas energias, nos reencontros meditativos e sob as bênçãos do G A D U. Ao falarmos e conferirmos que o templo representa o Universo, então fora dele também é um templo. Espiritualmente sabemos que o nosso corpo é um templo de Deus, o G A D U.

As auroras das manhas, o ocaso do sol, as belezas naturais das nossas plantas, as florestas, as belas edificações, o cantar dos pássaros, nos induz a meditar e elevar os mistérios da Vida, fazendo o Criador o melhor medico do Mundo, quando propensos, livre das desarmonias, eliminando ódios, temores, alegres, cabeças erguidas, e também propensos, a perdoar a quem nos tenha ofendido, como perdoamos nossos devedores. Estarmos sempre se edificando em sonhos como fazem as crianças, e fazendo sempre algo em beneficio do próximo, nem que seja um mínimo por dia.

Alguém falou assim “somos um pouco animal e um pouco Divino”. Mas para que compactemos esta idéia de estarmos vivenciando, participando, vivendo este templo Universal, deste onde estamos, deveremos estar constantemente vivenciando o Divino, ou seja, estar considerando, e com certeza conferindo vivendo o Paraíso já presente aqui e agora, em nossa vida.

Frutal, 26/09/2011

José Pedroso

Inicialmente contei com a ajuda do livro “Dicionário de Maçonaria” de Joaquim Gervásio de Figueiredo.

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 26/09/2011
Reeditado em 08/07/2023
Código do texto: T3242784
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