EM CAUSA PRÓPRIA (crítica literária)
EM CAUSA PRÓPRIA
Hoje, 19 de setembro de 2011, para comemorar dois longos/curtos anos de permanência e 990 textos postados aqui no Recanto das Letras, que atraíram à minha página pouco mais de 24.900 leitores, estou postando uma crítica feita ao meu livro infantil.
Vasculhando em meus alfarrábios, num recorte de jornal guardado, encontrei um artigo escrito pelo escritor Silvério da Costa (o Português), exímio poeta e crítico literário, que, em dezembro de 2010, escreveu na sua coluna “Fronte Cultural”, num dos jornais diários locais, o seguinte texto:
“ VISCOSA, MEXEMEXE E SERELEPE – EIS O TRIO !...
Li, embevecido, o livro “Fábulas de Ligório”, do chapecoense Afonso Martini, que reúne três histórias infantis (VISCOSA, a trairinha; MEXEMEXE, a minhoca e o regato SERELEPE).
Como diz o próprio título, é um conjunto de fábulas, gênero que começou lá pelo século VI a.C. com o legendário ISOPO. Ele tinha um aspecto estranho, muito semelhante ao do QUASÍMODO, aquele personagem do livro Nossa Senhora de Paris (O Corcunda de Notre Dame), que imortalizou Victor Hugo. ISOPO, porém, tinha o dom da palavra! Depois de libertado, já que era escravo de Xanto, rei de Tebas, ele pôs sua habilidade em prática e nos deixou grandes fábulas, como, por exemplo, “a Raposa e as Uvas”. ISOPO teve grandes discípulos, entre eles o famoso La Fontaine e, agora, Afonso Martini.
“Fábulas de Ligório” é um livro encantador que tem como leitmotiv a natureza, atentando para a sua preservação. O autor passeia pelos cenários, como toda a naturalidade, mexendo com o imaginário infantil, e deixando, em estado de alerta, os adultos, já que as narrativas, que fazem os leitores ficar ligados, o tempo todo, no desenvolvimento das histórias, revelam grandes ensinamentos.
Os personagens são pequenos animais (peixes, formigas e minhoca e um regato maltratado que, desgostoso, junta-se às águas poluídas de um rio maior para morrer junto com ele) que, às vezes, entram em conflito, porque são seres diferentes, mas com objetivos comuns, que é conviver em harmonia e trabalhar pela sobrevivência, sem agredir a natureza.
O autor vale-se da linguagem coloquial para nos mostras exemplos de vida, de cunho moral, como requerem as fábulas, a serem seguidas por todos nós, crianças e adultos.
As ilustrações são da artista plástica Ingrid Antunes, que soube como interpretar e complementar, com competência, as fábulas de Afonso Martini. Aos dois, os meus parabéns e sucesso.”
190911 - Afonso Martini