Prosa no Bar do Lorota

Não sou muito fã de ficar frente a uma televisão assistindo aos deboches de uma virtual e desenfreada porcaria, quanto mais perdendo tempo com aqueles programas chinfrins que mais os neurônios emburricam que esticam... E olha que não são poucos...

Quer um belíssimo exemplo, então à cadeira se segure... Mas, antes de ler o que à frente vai escrito, um frasal alerta a vida de graça uma certeza lhe dá: - Cuidado para não ser contaminado pela radiação da ignorância, da ociosidade, da prepotência e da maledicência... Lá vai: - Um deles é o tal do Reality show... Quer outro... Banana, pra você! Não vou falar... Escrever... Ou sequer ao final deste preâmbulo assinar o atestado de burrice... Eu, heim!... Estou esperto: - Não sou louco, tonto e muito menos um ser bem pra lá de apatetado... Pois se eu assim o fizer, ainda há de aparecer aqueles, aqueles, - aqueles!...

Por favor, não vamos por cá entrar em detalhes, afinal de contas... Ah, ‘cê sabe, né’! Não finja de morto, vai... Ajude-me a adornar ainda mais o quadro dos fofoqueiros de plantão com as pinceladas da ilusão... Ou melhor: - Da alusão... Só não vale se metamorfosear de camaleão e a primeira mosca à língua à boca levar e mordiscar, porque até nestas horas em que as falácias se fragmentam facilmente na atmosfera daqueles que supostamente se acham ou sequer se julgam os deuses dos veredictos, corre-se o risco de nela se perder e, por consequência, se enroscar naqueles afrescos repletos de uns enormes espinheiros... Melhor: vespeiros...

Hum, deixe isso pra lá... Esqueça... É complicado expor todo esse carinhoso desabafo, ‘né’?! Ainda mais assim: - regado a todas às letras... Aliás, complicado não: - é perigosíssimo até demais... Porque estaríamos expondo a própria pele às vassouradas dos candinhos e candinhas, que, de manhã, acordam e se reúnem nas esquinas das alheias vidas para desabafarem a última desse bizarro e grotesco programa e ‘de outros tantos’... Aí, ó: -‘Pernas, para que te quero’...

Hei, psiu! Acorde: - O comentário já está terminando... Não me comprometa com esse assunto ou sequer ao final destas entrelinhas pense e os lábios seu ao mundo abram... O tópico é delicado por demais... É nitroglicerina pura... Atrai para si até inquérito... Desculpe-me: processo... Isto se não deixar o Doutor Tiranossauro Rex todo possesso... De raiva, é claro!

Bom, é melhor dar por encerrado esse caso; e, ao final deste enorme babado, convidá-lo (a) a molhar a garganta ali na esquina do lado, no bar do ‘Lorota’, com aquela cervejinha, pinguinha, bem como colocar os ‘diz-que-diz’ em dia... Aqueles!... ‘Intão, bamus’? Já ‘tô indu’... Fui...

Pálido poeta
Enviado por Pálido poeta em 27/04/2011
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