SOBRE RIMAS (a quem interessar possa)
Descobri que uso rimas toantes, utilizadas pelos trovadores dos séculos XV e XV, que foram anteriores às rimas consoantes, e que reapareceram no século XVII, por conta da influência espanhola, mas que hoje são consideradas imperfeitas, por vários estudiosos.
Muitos as consideram " apenas consonâncias".
Não citei as fontes pesquisadas, afinal, isto não é um artigo de Teoria Lietrária, e também por que há abundância de fontes na internet e qualquer um as encontrará, inclusive com conceitos divergentes entre si.
Segue uma pequena mostra do que aprendi:
CONSONÂNCIA:
s. f.
1. Reunião de sons que formam harmonia agradável.
2. Uniformidade de sons na terminação das palavras; rima.
3. Fig. Concordância; acordo.
4. Harmonia.
CONSONÂNCIA:
Termo da prosódia, originário da música, onde designa a harmonia de sons que se combinam entre si, e que se aplica em poesia para descrever a correspondência sonora de consoantes:
“Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!”
(Martin Codax).
Neste caso, porque a homofonia inclui vogais e consoantes, diz-se que a rima consonântica é completa.
Se ocorrer apenas entre consoantes, diz-se então simplesmente consonântica (ou rima incompleta consonântica):
“Do século das letras lusitanas,
e nas páginas férteis dos latinos.”
(Almeida Garrett).
Quando ocorre apenas entre as vogais, é chamada de toante:
"Sem propósito de sonho
nem de alvoradas seguintes,
esquece teus olhos tontos
e teu coração tão triste."
(Cecília Meireles, Obra Poética, p. 516).
E AGORA, CONCLUINDO:
A mim, não é indispensável a rima, mas gosto muito dela, quando escrevo. Esepcialmente no formato dos versos decassílabos e dos sonetos italianos (4-4-3-3), ou ingleses (4-4-4-2).
Até já tentei uns dodecassílabos, na minha ousadia esntusiasmada!
Tenho recebido ajuda de autores do Recanto que me foram e ainda são indispensáveis para as tentativas de construções poéticas em que me aventuro, e nas quais encontro um prazer inexplicável, comparado ao de devorar uma caixa de chocolate sozinha elentamente ou de beber forró bor numa floresta coberta de neve, acompanhada.
A quem ela é indispensável, inclusive quando comenta os textos alheios, aconselho uma rápida pesquisa no Google, sobre conceito e classificações.
Esta pesquisa não demora muito, se o que se pretende é apenas aprender o que é e quais os tipos e sob que aspectos a rima pode ser calssificada e construída, para que, nos comentários, não se fuja muito do âmbito do estudo e não se passe ao campo dos achismos, preferências ou simples necessidade de demonstrar algum conhecimento do assunto que ainda não se possui.
A minha pesquisa continua, estou apenas começando, e é um aprendizado que me dá muito prazer, mas me dá, também, uma poética dor de cabeça!