Arte X Pornografia
As expressões artísticas estão cada vez mais invadidas por uma paranóica representatividade pornográfica, seja na literatura escrita, oral e visual. E o conceito de arte, que já não é algo tão fácil, passa a ser cada vez mais difícil sua definição.
A sensualidade poética nas palavras, o erotismo expresso na pintura, na escultura, na fotografia, e nas outras demais expressões como no teatro e no cinema, é corrompido por uma expressão vulgarizada da arte. O linguajar emporcalhado utilizado mais intensamente nos blogs e na musicalidade, as figuras escarnecidas da sexualidade... Isso tudo nos remete a um pensamento sórdido daquilo que é belo em sua natureza...
O instinto sexual no ser humano não pode ser contemplado como algo totalmente selvagem, mas como uma manifestação bela das sensações do corpo homem e mulher... O sexo quando banalizado em sua atuação torna-se uma expressão feia e perde seu valor erótico... – que é sua essência.
A banalidade das coisas traduz em natural o que é de fato escarnecimento. E termina por mostrar o masoquismo como uma manifestação coerente ao instinto dos gêneros... E a feiúra das manifestações pornográficas ditas por arte termina por consumir em momentos de selvageria a beleza autêntica do ato sexual.
Não podemos negar que este impulso selvagem é parte integrante da nossa natureza, mas não é nossa identidade. Somos controladores do nosso instinto na medida em que o conhecemos na sua essência... E é essa essência do instinto a centelha que nos fazem belos.