O CASO DOS "CEM MELHORES CONTOS BRASILEIROS DO SÉCULO"
Dia desses eu postei aqui nesse espaço, minha admiração frente a uma reportagem televisiva, até certo ponto meio hilariante, e que nos informava da incrível repercurssão numa pequena cidade do interior de São Paulo quanto à leitura dum conto de Ignácio de Loyola Brandão, pertencente à antologia de contos do meu título, indicado aos estudantes de ensino médio duma escola Estadual, e que tanta indignação provocou nos pais e na cidadezinha em questão.
Só depois que escrevi sobre e fui pesquisar, é que percebi que na realidade não era algo pontual ocorrido apenas na cidade de URUPÊS, o fato teve grande repercurssão, de abrangência mais universal aqui no Estado, porque o livro foi distribuido pela SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO talvez por ser a referida obra indicação de livros para os exames de vestibular.
Na realidade o fato já estava nos grandes jornais de circulação do país, e gerou polêmicas estratosféricas, mobilizando a indignação de vários seguimentos da sociedade.
Pois bem, o fato também chegou dentro das igrejas a inflamar o pensamento dos padres e pastores.
Hoje, recebo um mail no qual me chega uma opinião muito lúcida a respeito do ocorrido, gostei tanto que tomo a liberdade de informar o endereço do blog para quem tiver interesse em lê-lo.
Ali percebi que não é apenas o texto de Loyola que está na berlinda da pornografia.
http://conhecaaredencao.blogspot.com/2010/09/pornografia-e-um-genero-literario.html#comment-form
Esclareço que divulgo o BLOG que recebi, apenas a título de debate e conscientizações social e literária, não partindo de mim qualquer intenção teológica ou de religiosidade.
A referida opinião do escritor do Blog, um pastor, vem sedimentar o que eu acredito: Existe, com toda certeza, uma indústria interessada em vender livros às escolas. Tanto os didáticos como os literários.
O grave é que se compra e se distribui tais livros em alta escala, com o dinheiro público, sem que ao menos se conheça o conteúdo do que se propõe aos alunos.
Deve ser por isso que vez ou outra vemos descarte duma infinidade de livros pelos containers...
É certo que Literatura é veículo de consciência e realidade. Porém, há que se ter alguns mecanismos pedagógicos para se colocar a realidade nas letras e fornecê-las aos alunos.
Há que se ter a premissa de se lançar a arte das letras sem alterar a frágil psicologia dos adolescentes em formação.
De fato, uma derrapada inconsequente dos educadores responsáveis pela condução das gerações em formação, em todo o Estado de São Paulo.
Soube que tentaram recolher o livro das escolas, fato me relatado por alguém da área, mas parece que foi tarde demais.
O fato talvez tenha feito marketing para a referida obra e aguçado a curiosidade da garotada.
Leiam, vale a pena o texto de opinião do blog em questão.