O João de Barro e o Rio...
Ao filosofar os personagens, “o João de Barro e o Rio”, os dois nos oferecem uma riqueza de ensinamentos para a nossa vida diária e muitos exemplos. Citando inicialmente o João de Barro, como um pássaro pequeno, porém muito talentoso, pois com seu pequeno bico e de viagem em viagem constrói uma verdadeira mansão para morar com sua companheira e dar guarida e segurança à sua prole. Ele usa as mais modernas tecnologias de arquitetura e materiais, obedece até aos pontos cardeais e faz também câmaras e compartimentos para dificultar invasores, retratando a segurança, especialmente da prole que irá nascer.
Quando paramos para pensar e falar dos nossos problemas da vida, principalmente quando delineamos que há descidas e subidas e por outro ângulo, vimos que as coisas não são tão difíceis. As pessoas é que complicam suas próprias vidas, deixando de usar as facilidades que ela oferece e complicam as coisas, começando por colocar muito rigor e preocupação na cobrança de si mesmo, como exemplo: ficar sempre exagerando nos trajes, excessos de preocupação de como os outros nos vai enxergar. E assim por diante. Outra expectativa que me fez lembrar foi de comparar o homem com o João de Barro, o qual um pequeno pássaro com as condições físicas muito aquém de nós, os humanos, em que percentagens avançadíssimas não dão conta de construir sua própria morada, embora com condições muito mais avantajadas do que aquele pequeno pássaro. Sendo tudo questão da mente e de aprender a usar a sua capacidade infinita.
Todos nós temos também alguns problemas. E é o que faz parte da vida. Já pensou a vida sem problemas? Desde tenra idade me foi ensinado que os problemas devem resolvidos e combatidos de frente. Seria como dizer não fugir deles. Todavia, os rios nos ensinam uma lição maravilhosa com relação a eles. Veja que os rios mansamente seguem o curso de suas vidas não fugindo dos problemas. Aproveita a sua elasticidade e os contorna, seguindo sua caminhada incessante e sem cansaço, rumo à sua reta final, o oceano.
Paramos então para pensar em nossas ações, exemplificadas pelas caminhadas dos rios, onde temos a grande lição em que muitos percalços que aparecem não adianta bater de frente, com discussões desnecessárias, inquietações por isso ou aquilo e, sim, sermos flexíveis, contar até dez, refletir e, se achar difícil, não deter a marcha e sim fazer igual aos rios, dar a volta e prosseguir rumo à vitória.
José Pedroso
Frutal/MG, aos 27 de julho de 2010