Bandeira, de uma vida inteira!
Há 124 anos nascia na Rua Joaquim Nabuco, em Recife/PE, Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho.
Ele é considerado um dos grandes poetas da nossa literatura: atuou como ensaísta, crítico e historiador literário, tradutor, cronista, crítico de Artes Plásticas, conferencista e professor universitário. Foi eleito em 1940 para Academia Brasileira de Letras.
Identificar a obra bandeiriana é imediato, pois sua forma de falar da infância, família, cotidiano, amor e até da morte, traduz o homem que foi com suas verdades explícitas e marcantes: um homem à frente do seu tempo. Praticava “todos os ritmos, sobretudo os inumeráveis”, disso, não temos a menor dúvida.
Assim, falar de Manuel Bandeira, hoje, é falar de um amigo que soube nos ensinar mais que poesia; ele nos ensinou a prova de viver; em outras palavras, a arte de viver. Mostrou-nos que é possível, sim, ser enfermo sem ser fraco; erudito sem precisar ser colocado num pedestal; grande e revestido da humildade característica dos verdadeiros mestres; acessível a todos e se fazer entender; sorrir quando o coração chora. Morrer para viver eternamente.
Hoje, quando olhamos Bandeira, não precisamos erguer nossos olhos para o alto, pois, por opção do próprio autor, ele se coloca ao nosso lado. Basta, apenas, um gesto de atenção e em poucos instantes ele estará falando ao pé do nosso ouvido…
Em síntese, seus textos refletem uma alma incansável na busca de conhecimentos que serviram de precioso material para calçar o caminho futuro: o belo caminho que nos deixou em forma de versos e prosa. Parabéns Manuel Bandeira!!
Ele continuará vivo em nossa memória e nossa história. Não se tornou imortal ao entrar para a Academia Brasileira de Letras, nasceu imortal em 19 de abril de 1886, para ser em nossa literatura – Bandeira, de uma vida inteira!