Literatura e venda de livros no Brasil
Quando falamos em literatura e leitura, ao meu ver, precisamos abordar dois fatores importantes: um está ligado à leitura em si, ou seja, ler muito ou pouco e o outro fator está relacionado à venda de livros no Brasil.
Pois bem, segundo o meu ponto de vista, o brasileiro lê muito e com o advento da internet passou a ler mais ainda, isto é comum ser percebido nas redes sociais, como nos sites de relacionamento e em grupos diversos na internet. Graças a esta ferramenta importante que é a internet, a cultura literária do Brasil tem se enriquecido através de novos escritores e poetas, ainda que sejam considerados anônimos em nível nacional.
Pois bem, quando a questão é venda de livros, existe uma enorme contradição entre o brasileiro ler muito e comprar pouco. Certamente, este é um fator que causa grande frustração naqueles que escrevem.
Sempre construí um pensamento de que o mercado editoral (editoras) é perverso com os novos escritores em não proporcionar meios para que publiquem seus trabalhos. É um mercado extremamente seletivo, mas ao mesmo tempo com uma política apenas mercantilista, isto é, sem compromisso com a cultura, mas sim com a venda, independentemente do lixo cultural que publiquem. Em suma, uma política descomprometida com a cultura, isto é, se a sociedade compra lixo,vamos publicar lixo.
No entanto, hoje já mudei um pouco esta visão em relação às editoras, após ver alguns comentários de grandes nomes da mídia e também da literatura, constatando a pequena venda de seus trabalhos publicados. A partir desses relatos, acredito que as editoras por um aspecto, precisam manter ativas suas empresas e neste sentido, precisam faturar. E como agir diferente? Ou seja, como publicar grandes autores sabendo que seus livros ficarão nas gôndolas das livrarias? Sendo assim, acabam produzindo livros, chamados "Literatura das massas", ainda que muitos deles sejam lixos culturais.
Devido a pouca venda de livros no Brasil, as editoras que mais têm publicado e adquirido espaço no mercado editorial, são aquelas que fazem publicações independentes, isto é, aquelas que prestam serviço publicando poucas tiragens, deixando todo o trabalho de divulgação por conta do autor. Muitas destas editoras usam os recursos do computador, reduzindo o custo de produção. Desta maneira elas atingem vários objetivos: realizam o sonho do autor; têm a possibilidade de conquistar muitos clientes e por fim, reeditam várias vezes pequenas tiragens.
Ao refletirmos sobre a venda de livros no Brasil, precisamos analisar quatro categorias distintas de literatura: literatura clássica; literatura técnica que também pode ser clássica; a literatura de auto- ajuda e por fim, a espiritualista, pois em cada tipo de literatura ocorre uma variação maior ou menor de vendas, por exemplo, a clássica é a que menos vende, por exigir um público mais qualificado e também porque se direciona àqueles que têm como hábito este tipo de leitura, no entanto, os mais vendidos são os de auto-ajuda, espiritualistas e os técnicos. É preciso frisar que a literatura técnica é bem vendida, por ser exigida tanto no ensino como por ser necessária à formação e à capacitação profissional.
Finalizando, se não houver uma política em nível de Estado que incentive a venda de livros, específicamente a literatura clássica, este tipo de literatura tende a se manter restrito, fazendo que o Brasil cada vez mais perca a sua identidade literária, vivendo apenas dos escritores do século passado, não que tais escritores não devam ser lidos, mas porque sem a atualização de sua literatura, o País enquanto Nação instituída empobrece, ainda que as pessoas continuem lendo cada vez mais.
Revisão:
Vera Lucia Cardoso
Quando falamos em literatura e leitura, ao meu ver, precisamos abordar dois fatores importantes: um está ligado à leitura em si, ou seja, ler muito ou pouco e o outro fator está relacionado à venda de livros no Brasil.
Pois bem, segundo o meu ponto de vista, o brasileiro lê muito e com o advento da internet passou a ler mais ainda, isto é comum ser percebido nas redes sociais, como nos sites de relacionamento e em grupos diversos na internet. Graças a esta ferramenta importante que é a internet, a cultura literária do Brasil tem se enriquecido através de novos escritores e poetas, ainda que sejam considerados anônimos em nível nacional.
Pois bem, quando a questão é venda de livros, existe uma enorme contradição entre o brasileiro ler muito e comprar pouco. Certamente, este é um fator que causa grande frustração naqueles que escrevem.
Sempre construí um pensamento de que o mercado editoral (editoras) é perverso com os novos escritores em não proporcionar meios para que publiquem seus trabalhos. É um mercado extremamente seletivo, mas ao mesmo tempo com uma política apenas mercantilista, isto é, sem compromisso com a cultura, mas sim com a venda, independentemente do lixo cultural que publiquem. Em suma, uma política descomprometida com a cultura, isto é, se a sociedade compra lixo,vamos publicar lixo.
No entanto, hoje já mudei um pouco esta visão em relação às editoras, após ver alguns comentários de grandes nomes da mídia e também da literatura, constatando a pequena venda de seus trabalhos publicados. A partir desses relatos, acredito que as editoras por um aspecto, precisam manter ativas suas empresas e neste sentido, precisam faturar. E como agir diferente? Ou seja, como publicar grandes autores sabendo que seus livros ficarão nas gôndolas das livrarias? Sendo assim, acabam produzindo livros, chamados "Literatura das massas", ainda que muitos deles sejam lixos culturais.
Devido a pouca venda de livros no Brasil, as editoras que mais têm publicado e adquirido espaço no mercado editorial, são aquelas que fazem publicações independentes, isto é, aquelas que prestam serviço publicando poucas tiragens, deixando todo o trabalho de divulgação por conta do autor. Muitas destas editoras usam os recursos do computador, reduzindo o custo de produção. Desta maneira elas atingem vários objetivos: realizam o sonho do autor; têm a possibilidade de conquistar muitos clientes e por fim, reeditam várias vezes pequenas tiragens.
Ao refletirmos sobre a venda de livros no Brasil, precisamos analisar quatro categorias distintas de literatura: literatura clássica; literatura técnica que também pode ser clássica; a literatura de auto- ajuda e por fim, a espiritualista, pois em cada tipo de literatura ocorre uma variação maior ou menor de vendas, por exemplo, a clássica é a que menos vende, por exigir um público mais qualificado e também porque se direciona àqueles que têm como hábito este tipo de leitura, no entanto, os mais vendidos são os de auto-ajuda, espiritualistas e os técnicos. É preciso frisar que a literatura técnica é bem vendida, por ser exigida tanto no ensino como por ser necessária à formação e à capacitação profissional.
Finalizando, se não houver uma política em nível de Estado que incentive a venda de livros, específicamente a literatura clássica, este tipo de literatura tende a se manter restrito, fazendo que o Brasil cada vez mais perca a sua identidade literária, vivendo apenas dos escritores do século passado, não que tais escritores não devam ser lidos, mas porque sem a atualização de sua literatura, o País enquanto Nação instituída empobrece, ainda que as pessoas continuem lendo cada vez mais.
Revisão:
Vera Lucia Cardoso