A essência poética

Do século XII ao século XVII,construíram-se e foram consolidadas várias formas de poesia escrita adequadas às línguas modernas.No século XIX,essas formas eram consideradas como "naturais".Com o decorrer do tempo, foi se percebendo que as formas tradicionnais,eram apenas tradicionais,mas não eram essenciais à poesia.Os poemas gregos e latinos não eram rimados.A rima é uma invenção medieval adequada às línguas modernas.No século XIX,a rima estava tão associada à poesia,que, o que não fosse rimado,corria o risco de não ser considerado poesia,enquanto que,um conjunto de versos rimados

eram por isso,tomados como poesia.Era atribuído à rima o poder de produzir poesia.

O modernismo do século XX,deu preferência aos versos ditos brancos

ou sem rima.Inicialmente era questionado se tais versos podiam ser considerados poesia,porém a qualidade da maioria desses versos,tornou impossível negá-los enquanto poesia.Sabe-se, que o poema solicita todos os recursos do poeta,tais como: intelecto, sensibilidade,imaginação,intuíçao,razão,experiência,emoção,vocabulário,conhecimento,humor etc.

Diante disso,podemos constatar que nenhuma forma é essencial à poesia.Isso significa em princípio,que não há receita de como deve ser um poema,mas é importante lembrar, que a preocupação com a estética não pode ser puramente formal,vazia ou indiferente a qualquer conteúdo.

Podemos afirmar que a verdadeira essência poética não se reduz à forma.A vanguarda cumpriu a missão de mudar a direção desse olhar e nos deixou o progresso cognitivo e a liberdade da qual se beneficia a poesia atual.

Diulinda Garcia

Natal,17 setembro de 2009.

Diulinda Garcia de Medeiros
Enviado por Diulinda Garcia de Medeiros em 17/09/2009
Reeditado em 17/03/2014
Código do texto: T1814929
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