BANQUETE EXÓTICO: DE PANGOLIM À PANDEMIA

*Sineimar Reis

Aqui vou falar dos alimentos mais incomuns que existem fortemente na China, alguns são conhecidos no Brasil, mas não são consumidos com frequência. Para início de conversa, deixo com vocês um pouco sobre minha formação, sou historiador e não cientista, todos os meus textos são frutos de pesquisas baseadas em livros, e fontes bibliográficas confiáveis. Como disse adiante, não sou cientista, mas sim historiador, sendo assim o papel do historiador é sobretudo investigar e interpretar criticamente os acontecimentos, buscando resgatar a memória da humanidade e ampliar a compreensão da condição humana.

Meu trabalho se baseia, principalmente, em pesquisa de documentos, como manuscritos, impressos, gravações, objetos e ou fotos. Depois de selecionar, classificar e relacionar os dados levantados, arquivos, entrevistas ou estudos analisados de tal fato ou objeto, confiro a autenticidade e analiso a importância e o significado para a compreensão do encadeamento dos acontecimentos. Possuo aqui neste espaço mais de 40 textos produzidos para o leitor de forma clara e segura, mas esse texto pode haver alterações de novas descobertas futuras, por se tratar de informações do presente.

Atualmente, leciono em duas escolas da rede pública de ensino do Estado de Minas Gerais e, nas horas vagas gosto muito de pesquisar e escrever, então, sempre você irá encontrar novidades de minha parte por aqui. Conforme mencionei logo acima, estou somente levantando dados para possíveis descobertas no que pode ter causado a pandemia e a crise que afeta a humanidade, no qual pode ter relações ao Pangolim e ao Morcego, sendo assim, não há evidências concretas de que eles tenham mesmo passado o novo coronavírus para os humanos, mas sabe-se que eles hospedam vírus parecidos e desde que a pandemia de Covid-19 começou, no ano passado, cientistas de todo o mundo vêm tentando descobrir qual foi o animal que passou o vírus para os humanos. Nesse meio tempo, um bicho ganhou as manchetes como possível candidato: o Pangolim, um pequeno mamífero asiático que também é o animal mais traficado do mundo, por sua vez o animal está sendo ameaçado de extinção. Sabemos que a China é um maiores consumidores de animais silvestres do mundo, bom, nos países asiáticos essa prática é muito comum, há alimentos exóticos na Tailândia, Filipinas, Koreia e no Japão com larga escala de consumo. Tenho certeza que muitos dos leitores já tenham vistos imagens ou vídeos de pratos alimentares chineses de Cobra entre outros não é mesmo? Devemos tomar cuidados com fake News e o respeito dos habitos alimentares chineses, sendo assim, nem todos os vídeos com manuseios de cobras são feitos na China, pois na culinária chinesa este pratos são preparados rigorosamente bem e tem uma crença entre eles, as sopas preparadas com pedaços do réptil (Cobra), são indicados por muitos cientistas e que pode curar varias doenças, dentre elas, Bronquite, Artrite, Problemas Renais e até melhorar a libido masculina. E aí, você teria coragem de experimentar uma sopa de Cobra?

Também, existem pratos que digamos incomuns, os chineses preparam em seus mercados, além da Cobra o Jacaré assado, que tem a função e crença no combate à Asma, tenho certeza que você já deve ter visto ou conhece alguém que já saboreou um pedaço de carne de Jacaré.

Existe também na China, sopa de ninho de pássaros, espetinhos de aranha e de escorpião, dizem que é bem crocante e saborosos. Pode ser encontrado facilmente nas feiras o Bicho da Seda para serem fritos e ingeridos como comida, muitas mulheres chinesas saboreiam com os Testículos de Frango, acreditam elas que ao comer o alimento frito ou cozido tem a missão de melhorar sua pele tornando-a mais bonita, são preparados também alimentos vivos, tais como o Camarão bêbado curtido no Baijiu, em mandarim, é uma das bebidas com o maior teor alcoólico da China. A bebida é destilada do sorgo e seu processo de produção é complexo e longo, com o armazenamento chegando a um ano, assim como o Camarão o mesmo processo serve para os frutos do mar Lula e o Polvo servidos vivos, entre outros. Se você não gostou de nenhum destes pratos, talvez pode gostar do pênis de carneiro. Isso mesmo, existe na China um restaurante especializado em servir pênis de animais, o nome do restaurante, é Guo Li Zhuang, traduzido, o nome quer dizer, Força Na Panela e é isso mesmo que a casa promete. Força e saúde pela ingestão de pênis de animais que, segundo séculos de sabedoria da medicina tradicional chinesa, fazem bem a todo o corpo.

O primeiro restaurante Guo Li Zhuang em Pequim foi aberto em novembro de 2006. Desde então, restaurantes foram abertos em vários locais em Pequim. O nome do restaurante é derivado de homófonos do nome de família de seu fundador (Guo), o nome de família de sua esposa (Li), bem como o apelido de seu filho (Zhuang).

O principal restaurante da família, encontra se numa casa restaurada nas margens do lago Leste de Pequim, toda a decoração do restaurante se esforça por passar um ar de tradição e saúde. A decoração é gênero é retiro campestre, com um pequeno lago com carpas ao lado de mesas antigas.

De acordo com pesquisas realizadas, a gerente do restaurante explica que: O cardápio servido dos testiculos de animais possuem nutrientes que tornam os rins mais fortes. E os rins fortes tornam o pênis forte porque, de acordo com a medicina tradicional chinesa, a maioria dos problemas do pênis humano, incluindo a impotência, têm origem nos rins.

Para quem quer ter uma ideia de todas as especialidades, a gerwnte recomenda os cozidos. Chegando a cndonr 1988 reminbi (1478, 43 Reais) no qual trata-se de um sortido de seis tipos de pênis que vêm para a mesa crus e cortados, ou às fatias, ou salteados ou às tiras longitudinais, (a pessoa escolhe) e que o cliente mergulha até cozer numa panela quente com caldo de galinha.

Segundo a gerente Li, o mais importante, para os clientes, não é o sabor, isso vem em segundo plano. O mais importante são as propriedades nutricionais, a mesma indaga, o prato preferido que a clientela mais pede é o pênis de boi, que custa 268 reminbi (198,32 Reais), que tem pelo menos um metro de comprimento depois de cozido, segundo a gerente faz bem aos rins dos senhores e à pele das senhoras.

Após conhecer sobre a cultura e a culinária chinesa, voltemos agora ao caso Pangolim muito consumido na China, tendo estudado Mil amostras de animais selvagens, os cientistas determinaram que os genomas das sequências de vírus estudadas no Pangolim eram 90% idênticos aos dos pacientes infectados pelo coronavírus de Wuhan. Segundo informações dos especialistas a semelhança parece muito, mas ainda é pouco para afirmar que o Pangolim será a origem da doença espera-se uma semelhança superior a 99% para afirmar isso, mas não estando totalmente descartados.

Esse novo vírus apareceu em dezembro passado, em um mercado da cidade chinesa de Wuhan, no centro do país, onde muitos animais vivos são comercializados, alguns deles selvagens, como o Pangolim que possui diversos vírus em seu corpo, o morcego foi descartado a sua venda no mercado chinês, apesar de não serem frequentemente na alimentação deles, os morcegos costumam abrigar uma série de vírus nocivos aos humanos e tudo indica que um desses mamíferos voadores tenha infectado algum bicho exótico, ou seja, provavelmente foi transmitido de morcegos para o Pangolim.

Portanto, muitos pesquisadores, ativistas e lideranças de todo o mundo vem pedindo o fim do comércio de vida selvagem, o governo chinês proibiu a venda e o consumo de animais exóticos no país no dia 24 de fevereiro, (a China já baniu a prática recentemente, após pressão internacional por conta da Covid-19, mas outros países asiáticos ainda mantém esses mercados). Quanto menos contato a humanidade tiver com os animais principalmente exóticos como forma de alimentação, menos as chances de um vírus mortal sobrevirá entre nós, problemas como os que estamos enfrentando estão se tornando mais prováveis à medida que o ser humano invade os habitats de animais selvagens.

Abraços, Sineimar Reis!!!

Sineimar Reis
Enviado por Sineimar Reis em 18/04/2020
Reeditado em 18/04/2020
Código do texto: T6920598
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