Slow Food: Movimento para uma alimentação mais prazerosa e sem pressa
Na agitação da vida moderna, nos queixamos constantemente da falta de tempo. Às vezes, não damos muita importância a algo tão fundamental como nossa alimentação. Em um mundo onde os prazeres do gosto nem sempre se aprendem ou podem ser desfrutados durante as refeições, devemos fazer um esforço consciente para explorar, questionar e experimentar. Essa é a filosofia do movimento, conhecido como Slow Food.
O Slow Food foi fundado pelo jornalista e sociólogo italiano, Carlos Petrini, em resposta à chegada do fast-food norte-americano em Roma na década de 1980. A sede da associação fica na cidade de Bra, Itália. Atualmente, possui mais de 100.000 membros e escritórios na Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido. A associação tem apoiadores em mais de 150 países.
Ele é uma corrente que necessita de diversos apoiadores que possam contribuir para ampliar o movimento internacional. Por isso, a participação dos seus membros funciona através de uma rede democrática de representantes locais, conhecidos como convivia. Conforme consta no Manual Slow Food, “Convivium” é uma palavra Latina que significa “um festim”, “entretenimento”, um “banquete”. O Slow Food utiliza este nome para designar suas organizações locais. No momento, existem mais de mil convivias espalhados pelo mundo.
O Slow Food é um referencial, para uma vida sem pressas, começando na mesa. Segundo Petrini: É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo as coisas. Considero muito relevante o firme empenho do Slow Food na defesa de uma vida mais tranquila, ao sugerir que devemos tentar frear “a loucura universal da vida rápida”.
O movimento nós convida a arranjarmos mais tempo e desacelerarmos para desfrutarmos de algo que tem um papel tão central em nossas vidas. Percebo que pequenas atitudes, podem contribuir para tornar o cotidiano de muitas pessoas mais satisfatório. Mas, a ideia do slow life, não pode ficar limitada pelas escolhas individuais dos consumidores. Apesar da importância da escolha consciente daquilo que consumimos, a questão é bem mais ampla.
Por isso, a missão de seus apoiadores é a defesa de uma alimentação justa para toda a sociedade; ao respeitar tanto o meio ambiente quanto os produtores locais. Além disso, o movimento crítica a padronização de alimentos proporcionada principalmente pela indústria dos alimentos e defende o direito dos consumidores a estarem mais bem informados sobre os processos alimentares que vão do campo à mesa. Portanto, o Slow Food é um convite para uma alimentação mais prazerosa, com consciência e responsabilidade socioambiental.
Fonte: https://comidajusta.wordpress.com/
Mais detalhes: www.slowfoodbrasil.com.br