Depende do ponto de maturação do fruto e do modo como é preparado.
Para falar do verdinho verruguento antes plantei alguns pés, em casa, colhi vários frutos e preparei pratos diferentes.
Assim, posso discorrer com propriedade: isto não é um "control C" + "control V".
Quem não conhece e provou apenas uma vez pode se enganar - e em geral se engana. Ele é muito amargo verde e cru, em especial se cortado em fatias mais grossas, mas perde o amargor se cozido ou refogado ou se deixado de molho antes do preparo.
Característica do nigauri é a crocância, mantida ainda quando cozido, mas o amargo é marcante enquanto verde: o sabor se torna mais suave conforme o fruto amadurece.
Tanto é assim que os frutos maduros e amarelos são disputados, no mato, por crianças e passarinhos.
Não poderia ser diferente, se minha sobrinha (Cris, mulher do Fábio) tinha saudades e adora nigauri, pois comia quando criança (sua avó fazia).
Se encontrar o melãozinho em mercados ou feiras livres ele será, sempre, verde; portanto, muito amargo. Mas crocante. O amargo a gente pode trabalhar, mas a crocância do legume é única.
Nigauri, melão de são caetano, goya, nigagori, melãozinho ou boizinho: o legume, consumido em todo o mundo e muito apreciado pelos japoneses, é comum no interior Brasil, em cercas ou no meio do mato. Se no Japão é legume apreciado, inclusive em pratos típicos (como exemplo, o champuru), no Brasil é pouco comercializado e, em geral, deixado madurar na natureza, até que criança ou passarinho o encontre para apreciá-lo.
Qualquer pesquisa revela suas qualidades: cura ou melhora os sintomas de doenças de pele, diabetes, envelhecimento, tumores e câncer, hipoglicemia e hemorróidas (infusão dos frutos maduros): uma panaceia.
Na foto acima, o nigauri tirado do pé, verde. Repare nas verrugas desuniformes e na textura brilhante.
Corta-se no sentido longitudinal e, em seguida, retira-se a polpa que acondiciona as sementes, com uma colher.
Você pode fatiar bem fininho ou um pouco mais grosso. Gosto dele bem fininho, com molho de soja. Guardo em um pote, como conserva, e como um pouco todos os dias.
Também refogado, cortado um pouco mais grosso, e das folhas novas e tenras, refogadas ou picadinhas, com shoyo.
Para que perca o amargor - ou o sabor seja suavizado - basta fatiar e cobrir as fatias com sal. Se preferir pode, depois de cinco, dez minutos ou meia hora, espremê-lo. Já fiz isso e ele perdeu, com o amargo, a graça: ficou no sal por meia hora e depois espremi.
Outra opção é deixá-lo de molho na água, refogar ou cozinhar. Fica uma delícia com ovos, carne bovina, de porco, frango ou frutos do mar.
Como cada pessoa tem a sensibilidade para o amargo, o doce, o azedo e o picante mais ou menos desenvolvida - tanto para rejeitar como para apreciar alimentos - você aprenderá a deixar o legume no ponto certo para você.
Bom é saber dosar e você encontrará o ponto certo para o seu paladar.
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GRAMÁTICA E QUESTÕES VERNÁCULAS
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Um abraço e um lindo dia!
Maria da Glória Perez Delgado Sanches
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