GROTÃO – A Culinária Mineira
Vamos falar de nossas próprias origens?
Então, vamos falar da história da culinária mineira.
A descoberta de indícios d’ouro pelos índios, por volta de 1695 fez surgir os primeiros povoados que deram origem às cidades de Mariana e Ouro Preto. Apesar da perda de seu território para os invasores - os portugueses -, o povo indígena contribuiu em muito para a formação dos costumes culinários da sociedade que estava nascendo.
Os portugueses precisavam garantir um rígido controle na entrada e saída de mercadoria e para isso trouxeram inúmeros representantes da coroa para vigiarem a exploração.
Na busca desenfreada pela riqueza rápida e com a dificuldade de se “importar” alimentos das regiões já povoadas como Rio de Janeiro e Bahia, o povo mineiro descobriu um jeito fácil de comer através dos pratos provenientes dos fundos de quintais de casas – frango, porco, feijão, mandioca e verduras – e assim, o alimento consumido nas aldeias foi parar no prato de todos, desde o trabalhador escravo até os ricos exploradores das minas, tornando-se pratos universais da culinária mineira até os dias de hoje. E foi no fundo de quintal que nasceu de brincadeira, um cobiçado restaurante visitado por gente de todo o Brasil e alguns estrangeiros, registrados em seu “Livro de Visitas”, o “Restaurante Grotão”.
No roteiro da Estrada Real, na bucólica cidade de Prados, frente à Serra São José. Dª. Nejadir Resende (Dª Nini) e seus 5 filhos – bati um longo papo com a Marinéia - fazem da culinária mineira uma das mais fáceis de serem reconhecidas através do seu sabor e características peculiares. Lá você encontra o frango ao molho pardo (herança dos portugueses), frango com ora-pro-nóbis, frango com quiabo, o famoso feijão tropeiro, tutu a mineira, lingüiça mineira, carne de panela e outras iguarias.
É só largar o asfalto e descer 2,5 km. de terra pra encontrar este aprazível lugar. Quando descia pra conhecer, falei comigo mesmo: tem de ser uma comida muito gostosa, pra me tirar do asfalto. Pois não é mesmo? Dá vontade de ficar. Não há quem conheça e não jure voltar.
Assim é, de grotões em grotões, a inigualável culinária mineira.
O queijo-de-minas por exemplo, passa a ser o símbolo máximo da mineiridade sendo inconcebível imaginar um mineiro que dele não goste, bem como de suas iguarias, como o famoso pão-de-queijo, que deixou de ser mineiro para ser uma divindade universal.
Com tantos pratos deliciosos e com tanta diversidade não é difícil entender porque a cozinha representa tanto para os mineiros.
E como diria nosso poeta João Guimarães Rosa:
“Nosso não será o petróleo tanto assim. Nossos, bem nossos, são o doce de leite e o desfiado de carne-seca. Meu – perdoem-me – é aquele prato mineiro verdadeiramente principal. Guisado de frango com quiabos e abóbora-d’água (ad libitum o jiló) e angu, prato em aquarela, deslizando viscoso como a vida mesma, mas pingante de pimenta”. Sem esquecer os doces, “à frente os de calda, que não convém deixem de ser orgulho próprio e um dos pequenos substratos do bem-querer à pátria e do não desentender a nação”.
Tá certo Sô Rosa!!!
Vamos falar de nossas próprias origens?
Então, vamos falar da história da culinária mineira.
A descoberta de indícios d’ouro pelos índios, por volta de 1695 fez surgir os primeiros povoados que deram origem às cidades de Mariana e Ouro Preto. Apesar da perda de seu território para os invasores - os portugueses -, o povo indígena contribuiu em muito para a formação dos costumes culinários da sociedade que estava nascendo.
Os portugueses precisavam garantir um rígido controle na entrada e saída de mercadoria e para isso trouxeram inúmeros representantes da coroa para vigiarem a exploração.
Na busca desenfreada pela riqueza rápida e com a dificuldade de se “importar” alimentos das regiões já povoadas como Rio de Janeiro e Bahia, o povo mineiro descobriu um jeito fácil de comer através dos pratos provenientes dos fundos de quintais de casas – frango, porco, feijão, mandioca e verduras – e assim, o alimento consumido nas aldeias foi parar no prato de todos, desde o trabalhador escravo até os ricos exploradores das minas, tornando-se pratos universais da culinária mineira até os dias de hoje. E foi no fundo de quintal que nasceu de brincadeira, um cobiçado restaurante visitado por gente de todo o Brasil e alguns estrangeiros, registrados em seu “Livro de Visitas”, o “Restaurante Grotão”.
No roteiro da Estrada Real, na bucólica cidade de Prados, frente à Serra São José. Dª. Nejadir Resende (Dª Nini) e seus 5 filhos – bati um longo papo com a Marinéia - fazem da culinária mineira uma das mais fáceis de serem reconhecidas através do seu sabor e características peculiares. Lá você encontra o frango ao molho pardo (herança dos portugueses), frango com ora-pro-nóbis, frango com quiabo, o famoso feijão tropeiro, tutu a mineira, lingüiça mineira, carne de panela e outras iguarias.
É só largar o asfalto e descer 2,5 km. de terra pra encontrar este aprazível lugar. Quando descia pra conhecer, falei comigo mesmo: tem de ser uma comida muito gostosa, pra me tirar do asfalto. Pois não é mesmo? Dá vontade de ficar. Não há quem conheça e não jure voltar.
Assim é, de grotões em grotões, a inigualável culinária mineira.
O queijo-de-minas por exemplo, passa a ser o símbolo máximo da mineiridade sendo inconcebível imaginar um mineiro que dele não goste, bem como de suas iguarias, como o famoso pão-de-queijo, que deixou de ser mineiro para ser uma divindade universal.
Com tantos pratos deliciosos e com tanta diversidade não é difícil entender porque a cozinha representa tanto para os mineiros.
E como diria nosso poeta João Guimarães Rosa:
“Nosso não será o petróleo tanto assim. Nossos, bem nossos, são o doce de leite e o desfiado de carne-seca. Meu – perdoem-me – é aquele prato mineiro verdadeiramente principal. Guisado de frango com quiabos e abóbora-d’água (ad libitum o jiló) e angu, prato em aquarela, deslizando viscoso como a vida mesma, mas pingante de pimenta”. Sem esquecer os doces, “à frente os de calda, que não convém deixem de ser orgulho próprio e um dos pequenos substratos do bem-querer à pátria e do não desentender a nação”.
Tá certo Sô Rosa!!!